O costumeiro massacre ilusório

A Espanha começou como sempre: goleou a Rússia mostrando um grande futebol, de muita habilidade e, principalmente, velocidade nos contra-ataques. David Villa roubou a cena marcando três golos. Resta saber se o restante da história, que tem sido de eliminações decepcionantes após o começo maravilhoso, será cumprido.

O 4 a 1, entretanto, foi um pouco injusto com os russos. A seleção mostrou um toque de bola qualificado e veloz, especialmente no primeiro tempo, mas pecou pela desorganização defensiva para brecar os contra-golpes espanhóis. Por momentos, quando o placar estava em branco, o time russo chegou a empolgar pela objetividade e rapidez em chegar ao golo adversário. Mas os golos sofridos desmontaram a equipe de Guus Hiddink, que, mesmo com este revés, mostrou que tem condições de passar de fase. A incompetência ofensiva pesou muito na hora de concluir.

A outra partida foi equilibrada e estudada. A Grécia é o único time a atuar com três zagueiros, num 3-6-1 que vira 3-4-3 quando a equipe ataca. Mesmo com a base da equipe campeã em 2004, os suecos fizeram valer a qualidade de Ibrahimovic, que marcou um golaço, abrindo o caminho para a vitória. O segundo foi até curioso, com o zagueiro Hansson disputando com dois zagueiros gregos mais o goleiro Nikopolidis, e empurrando a bola para dentro num bate-rebate dentro da pequena área. Como no caso russo, faltou à Grécia eficiência nas conclusões. Igualmente, é um time que não está morto, e ainda pode dar trabalho.

Resumo da 1ª rodada
Terminada a primeira rodada da Euro, tivemos apenas 16 golos marcados em oito jogos, média de 2 por jogo. Villa, da Espanha, é o artilheiro, com 3 golos, seguido pelo alemão Podolski, com 2. Os confrontos das quartas seriam:

Portugal x Croácia
Alemanha x República Tcheca
Holanda x Suécia
Espanha x França/Romênia

Foto: EFE