Bem xeneize
O jogo de hoje entre Cruzeiro e Boca Juniors põe um ponto de interrogação do tamanho da América do Sul sobre os participantes da Libertadores: como eliminar os xeneizes da competição? A pergunta se torna cabível na medida em que o Cruzeiro é um ótimo time, jogou com um Mineirão lotado a seu favor, marcou o golo qualificado na Bombonera e fez um bom jogo. E, mesmo com todas estas credenciais, deu Boca.
O time argentino usou a fórmula que, repetida à exaustão nesta década, o deu quatro Libertadores. Com um toque de bola de qualidade, muita paciência e amorcegamento das ações, o Boca Juniors se fechou atrás e esperou o contra-ataque. Plano nada mirabolante. O Cruzeiro pressionou e tinha conclusões perigosas, mas levou azar. Não chegou a ser incompetência. Um lance resume bem isso: Wagner levantou com categoria e Marcelo Moreno pegou um sem-pulo maravilhoso, sem chances para Caranta. E a bola raspou a trave.
Depois de ficar encaixotado nos primeiros minutos, o time de Buenos Aires começou a achar a saída para contra-golpear. O primeiro aviso aos mineiros começou numa saída de Caranta após escanteio, na qual o goleiro tirou de soco e deu a Riquelme, que num toque deixou Palacio livre. O atacante perdeu. Mas cresceu a partir daí: sua velocidade era uma complicação extra. Foi com ela, aos 36, que o Boca saiu à frente: Maidana repetiu o que fizera Caranta minutos antes, saindo de trás e servindo Palacio. O careca de trancinhas acertou um chute fantástico, no ângulo de Fábio.
O Boca, então, se adonou do jogo. É um time tão objetivo e frio que, nestes dez minutos de domínio, ainda fez outro: cruzamento da esquerda que Palermo aproveitou de cabeça, livre. O primeiro tempo acabava com o Cruzeiro precisando de quatro golos. Filme que se viu em Porto Alegre há cerca de 11 meses.
O Cruzeiro voltou com ímpeto, atacando e jogando com raça, mas não foi suficiente. Wagner fez um golaço de voleio aos 11, relativamente cedo, mas o bloqueio do Boca era cada vez mais intransponível. Quando o time da casa conseguia furá-lo, ou a trave ou a falta de sorte nas conclusões impediam um melhor resultado. Quando Wagner cruzou e Moreno acertou a trave em cabeceio, ficava claro que o Boca passaria. A torcida, que vaiou na saída para o intervalo, gritou olé em favor de seu time no final, como reconhecimento pela bela campanha e boa partida que o Cruzeiro realizou.
O Boca segue cada vez mais firme e forte na luta pelo hepta. E vai ser cada vez mais difícil pará-lo. Riquelme segue indesarmável, Battaglia segue sendo o leão da meia-cancha, Palermo segue matador. E assim, numa grande vitória com toda a pinta de campeão, o Boca segue sendo o maior favorito à conquista da Libertadores.
Em tempo:
- Grande goleada do Real Madrid para cima do Barcelona, 4 a 1. E o Barça perde o vice do Espanhol para o Villarreal.
- Atualizações sobre o que não vou ver de Internacional x Sport amanhã pela manhã. Sobre São Paulo x Nacional, por volta do meio-dia. Expediente de hoje encerrado.
Copa Libertadores da América 2008 - Oitavas-de-final - Jogo de volta
7/maio/2008
CRUZEIRO 1 x BOCA JUNIORS 2
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Carlos Chandía (CHI)
Público: 61.471
Renda: R$ 987.415,00
Golos: Palacio 36 e Palermo 43 do 1º; Wagner 11 do 2º
Cartão amarelo: Ramires, Marcinho, Andrey, Thiago Martinelli, Maidana, Vargas, Monzón, Morel Rodríguez e Caranta
Expulsão: Ramires 37 do 2º
CRUZEIRO: Fábio (5), Jonathan (4,5) (Apodi, 15 do 2º - 5,5), Thiago Heleno (5), Espinoza (5,5) e Marquinhos Paraná (5); Fabrício (5,5), Charles (5,5) (Henrique, 25 do 2º - 5), Ramires (5) e Wagner (7); Guilherme (4) (Marcinho, intervalo - 5) e Marcelo Moreno (6). Treinador: Adílson Batista (5)
BOCA JUNIORS: Caranta (7), Cáceres (5,5), Maidana (6,5), Morel Rodríguez (6) e Monzón (6); Battaglia (7), Vargas (5) (Ledesma, 25 do 2º - 5), Dátolo (5,5) (González, 41 do 2º - sem nota) e Riquelme (7); Palacio (7) e Palermo (6,5) (Boselli, 38 do 2º - sem nota). Treinador: Carlos Ischia (6,5)
O time argentino usou a fórmula que, repetida à exaustão nesta década, o deu quatro Libertadores. Com um toque de bola de qualidade, muita paciência e amorcegamento das ações, o Boca Juniors se fechou atrás e esperou o contra-ataque. Plano nada mirabolante. O Cruzeiro pressionou e tinha conclusões perigosas, mas levou azar. Não chegou a ser incompetência. Um lance resume bem isso: Wagner levantou com categoria e Marcelo Moreno pegou um sem-pulo maravilhoso, sem chances para Caranta. E a bola raspou a trave.
Depois de ficar encaixotado nos primeiros minutos, o time de Buenos Aires começou a achar a saída para contra-golpear. O primeiro aviso aos mineiros começou numa saída de Caranta após escanteio, na qual o goleiro tirou de soco e deu a Riquelme, que num toque deixou Palacio livre. O atacante perdeu. Mas cresceu a partir daí: sua velocidade era uma complicação extra. Foi com ela, aos 36, que o Boca saiu à frente: Maidana repetiu o que fizera Caranta minutos antes, saindo de trás e servindo Palacio. O careca de trancinhas acertou um chute fantástico, no ângulo de Fábio.
O Boca, então, se adonou do jogo. É um time tão objetivo e frio que, nestes dez minutos de domínio, ainda fez outro: cruzamento da esquerda que Palermo aproveitou de cabeça, livre. O primeiro tempo acabava com o Cruzeiro precisando de quatro golos. Filme que se viu em Porto Alegre há cerca de 11 meses.
O Cruzeiro voltou com ímpeto, atacando e jogando com raça, mas não foi suficiente. Wagner fez um golaço de voleio aos 11, relativamente cedo, mas o bloqueio do Boca era cada vez mais intransponível. Quando o time da casa conseguia furá-lo, ou a trave ou a falta de sorte nas conclusões impediam um melhor resultado. Quando Wagner cruzou e Moreno acertou a trave em cabeceio, ficava claro que o Boca passaria. A torcida, que vaiou na saída para o intervalo, gritou olé em favor de seu time no final, como reconhecimento pela bela campanha e boa partida que o Cruzeiro realizou.
O Boca segue cada vez mais firme e forte na luta pelo hepta. E vai ser cada vez mais difícil pará-lo. Riquelme segue indesarmável, Battaglia segue sendo o leão da meia-cancha, Palermo segue matador. E assim, numa grande vitória com toda a pinta de campeão, o Boca segue sendo o maior favorito à conquista da Libertadores.
Em tempo:
- Grande goleada do Real Madrid para cima do Barcelona, 4 a 1. E o Barça perde o vice do Espanhol para o Villarreal.
- Atualizações sobre o que não vou ver de Internacional x Sport amanhã pela manhã. Sobre São Paulo x Nacional, por volta do meio-dia. Expediente de hoje encerrado.
Copa Libertadores da América 2008 - Oitavas-de-final - Jogo de volta
7/maio/2008
CRUZEIRO 1 x BOCA JUNIORS 2
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Carlos Chandía (CHI)
Público: 61.471
Renda: R$ 987.415,00
Golos: Palacio 36 e Palermo 43 do 1º; Wagner 11 do 2º
Cartão amarelo: Ramires, Marcinho, Andrey, Thiago Martinelli, Maidana, Vargas, Monzón, Morel Rodríguez e Caranta
Expulsão: Ramires 37 do 2º
CRUZEIRO: Fábio (5), Jonathan (4,5) (Apodi, 15 do 2º - 5,5), Thiago Heleno (5), Espinoza (5,5) e Marquinhos Paraná (5); Fabrício (5,5), Charles (5,5) (Henrique, 25 do 2º - 5), Ramires (5) e Wagner (7); Guilherme (4) (Marcinho, intervalo - 5) e Marcelo Moreno (6). Treinador: Adílson Batista (5)
BOCA JUNIORS: Caranta (7), Cáceres (5,5), Maidana (6,5), Morel Rodríguez (6) e Monzón (6); Battaglia (7), Vargas (5) (Ledesma, 25 do 2º - 5), Dátolo (5,5) (González, 41 do 2º - sem nota) e Riquelme (7); Palacio (7) e Palermo (6,5) (Boselli, 38 do 2º - sem nota). Treinador: Carlos Ischia (6,5)
Foto: AFP
Comentários
o once caldas que o diga.
nem o roth faria um trabalho desses...
Quanto ao Inter, fiquei meio com o coração na mão. Agora na Ilha o time tem que mandar a bola pro mar em todas as oportunidades. Ao menos será sem Romerito contra.
- Impressionante essa aura que envolve o Boca. Graças a Alá que não nasci na Argentina e não sou torcedor do River Plate. Sofreria pra caralho.
- Pelo que ouvi do jogo do Inter ontem, o Sport ficou na retranca. Vi alguns melhores momentos agora de manhã, e a impressão que deu foi de um jogo equilibrado, levemente pendendo pro colorado. Decisão em aberto.
- Eliminação do Flamengo tem que render um post em particular! Por favor!
Vocês viram as placas que o Joel recebeu antes do jogo? Camisa de número 1000? Toda aquela lenga-lenga? Tudo pra um golaço ao velho estilo Cabañas (alto e de fora da área) e outro maracanazo. Como diria um cronista esportivo, "um time que prioriza um estadual nunca vai ganhar uma Libertadores".
Ele lembra quando o América quase arrancou a classificação do Santos ano passado pras semifinais da Liber em plena Vila Belmiro e com time RESERVA? Lembra quando o Arsenal de Sarandí quase perdeu a Sula em casa para esse mesmo América? Lembra que esse América foi pro Mundial há dois anos atrás? Não, né? Então vá lamber sabão, ô ingrato!
não, EU NUNCA VOU ME CONFORMAR...
aheuhaeuhaeu...
sendo assim, CHUPA, RIJKAARD!