Jeitão de Gre-Nal

O primeiro tempo teve leve superioridade do Flamengo. Joel Santana é conhecido por começar bem em seus clubes, por ser motivador, e depois sofrer uma queda até ser demitido. Mas é inegável que vem dando cara e consistência ao Flamengo. Hoje, o que se viu foi um time organizado, com começo, meio e fim: defesa segura, meio vibrante e ataque enjoado.
Se Ibson, Juan e Roger eram os toques criativos da equipe da Gávea, o argentino Máxi Biancucchi, aquele mesmo, o primo de Messi, era liso, porém pouco efetivo. Se desentendeu com Luiz Alberto algumas vezes, por seu estilo abusado e catimbeiro, com a marca dos atacantes platinos.
Quando o Fluminense passou a ter mais posse de bola, o Flamengo marcou: num contra-ataque bem puxado por Juan, que deu lindo passe a Maxi, que tocou com categoria. O lance capital da partida mostra bem a tônica do Fla-Flu: um tricolor sem objetividade contra um rubro-negro mais eficiente.
O segundo tempo foi ataque contra defesa. O Fluminense amassou o Flamengo desde o início, e o time de Joel só escapava de vez em quando num contra-ataque. Mas a boa marcação dos rubro-negros impedia o tricolor de conseguir chegar à área. Bruno fez grandes defesas, sempre em faltas ou chutes de longa distância.
Aí, vieram as expulsões, para deixar tudo ainda mais dramático. Curiosamente, de dois destaques até então do Mengão. Primeiro Juan, que recebeu segundo amarelo em um puxão desnecessário. Mas pior foi Roger: primeiro, recebeu uma falta e peitou o árbitro pedindo amarelo ao atleta adversário. Óbvio, quem levou cartão foi o próprio Roger. Depois, fez falta totalmente sem sentido, por trás, na panturrilha de Soares. Expulsão por outro amarelo, infantil. Roger continua sendo o mesmo guri mimado de sempre. Tem muita qualidade, mas nenhum sentido coletivo ou comeptitivo. Saiu ovacionado pela torcida flamenguista, o que só deve deixá-lo orgulhoso de mais uma bobagem.
Com 9 contra 11, o Flamengo seguiu segurando bem o Fluminense, que até teve algumas chances de empatar, mas sua incompetência ofensiva, aliada à uma raça impressionante dos flamenguistas, impediu o alcance do objetivo. Maxi ainda foi empurrado por adversários na hora de sua substituição, e o clima fechou dentro de campo. Apesar de tudo, o árbitro Evandro Roman só deu 3 minutos de acréscimo. Único reparo em sua atuação, que gerou protestos do Flu.
Ao final, festa no Maracanã com uma bela vitória do Flamengo. Três pontos suados e saborosos, sobre um grande rival, com dois a menos. E boas chances de sair da zona perigosa quando o time realizar, enfim, seus jogos atrasados.
Em tempo:
- Belíssimas as camisetas, de ambos os times.
Campeonato Brasileiro 2007 - 11ª rodada (jogo atrasado)
16/agosto/2007
FLUMINENSE 0 x FLAMENGO 1
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR)
Público: 59.276
Golo: Maxi Biancucchi 41 do 1º
Cartão amarelo: Luiz Alberto, Arouca, Leonardo Moura, Juan, Roger, Maxi Biancucchi e Obina
Expulsão: Juan 14 e Roger 29 do 2º
FLUMINENSE: Ricardo Berna (5,5), David (4,5), Luiz Alberto (5), Thiago Silva (5) e Júnior César (5); Romeu (5) (Cícero, 16 do 2º - 5), Maurício (4,5) (Léo, 23 do 2º - 5), Arouca (4,5) e Thiago Neves (5); Soares (5) e Somália (5). Treinador: Renato Portaluppi (5)
FLAMENGO: Bruno (8), Leonardo Moura (5), Fábio Luciano (6,5), Ronaldo Angelim (6) e Juan (5,5); Rômulo (5,5), Cristian (6), Ibson (6,5) (Jaílton, 48 do 2º - sem nota) e Roger (5); Maxi Biancucchi (7) (Obina, 18 do 2º - 5,5) e Paulo Sérgio (4,5) (Egídio, 18 do 2º - 5). Treinador: Joel Santana (7)
Foto: FOTOCOM.NET/Divulgação
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