Mais que sal grosso, Inter teve atitude para vencer os seus problemas (e o Oeste)
Eduardo Sasha marcou seu primeiro gol em 2017: de cabeça, abriu o caminho para a vitória de 2 a 0 |
A apatia verificada nos duelos contra CRB e Vila Nova jamais apareceu. A falta de confiança demonstrada em quase todas as partidas em casa (especialmente as últimas), também não. A presença de Eduardo Sasha foi importante: além do gol e da boa atuação, sobrou transpiração ao camisa 9. Isso foi o que mais o Inter teve: suor, dedicação, imposição. Se não na base da qualidade, na raça mesmo.
Pela primeira vez nesta Série B, o Internacional entrou em campo aparentemente consciente de suas limitações. Portou-se como uma equipe que, agora, parece saber que não ganhará nenhum jogo de maneira natural. Um time que precisa mostrar imposição também anímica caso queira vitórias consistentes e uma campanha menos dramática. Com o apoio de 21 mil torcedores, conseguiu sua primeira vitória realmente consistente dentro de casa na competição.
A entrada no G-4 pode ser provisória: 4º colocado, com 27 pontos, o Colorado ainda pode ser ultrapassado por CRB, Vila Nova e Londrina nesta rodada. Mas a vitória era importante mais pelo estancamento da crise que por uma entrada momentânea na zona de acesso. Guto Ferreira ganha uma sobrevida porque o resultado veio da forma como era obrigatório vir: firme, sem sustos. Às vezes faltou futebol, porque as limitações existem, mas jamais faltou atitude. Já é algo a se comemorar.
Em tempo:
- Derrota lamentável do Brasil de Pelotas (15º, 20) em Natal. O 1 a 0 dá ao ABC (19º, 15) um respiro: a equipe potiguar vinha de incríveis oito derrotas seguidas. O Xavante ainda não terminará esta rodada na zona de rebaixamento, mas a campanha e este fracasso sugerem que talvez esta situação não esteja tão longe de sua realidade.
- Classificação emocionante da Chapecoense na Copa Sul-Americana. A vitória nos pênaltis sobre o Defensa y Justicia, após o 1 a 0 do tempo normal, leva o time à terceira fase do torneio continental. Muito choro na Arena Condá: as lembranças do heroísmo do time de 2016, e a saudade dele, bateram forte ontem à noite, como não poderia deixar de ser.
Foto: Internacional/Divulgação.
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