O Fla-Flu viu a volta de uma entidade que há tempos não dava as caras: o "morrinho artilheiro"
Quem viveu a árdua caminhada da Seleção Brasileira rumo ao tetracampeonato mundial certamente lembra da ajuda do "morrinho artilheiro" do Morumbi. Numa encardida partida contra o Equador, pelas eliminatórias, um chute rasteiro de Bebeto aos 33 minutos do primeiro tempo só entrou porque quicou a poucos metros do goleiro Jacinto Espinoza de maneira estranha, em uma irregularidade do gramado. Em jogos da elite nacional, a quase perfeição dos gramados nos últimos anos extinguiu esta verdadeira entidade do nosso convívio. Mas ela resolveu dar as caras de novo neste domingo, e justamente no Fla-Flu.
E justamente nos acréscimos, e decidindo o jogo. O peruano Trauco gosta de arriscar de fora da área - lembremos que fez golaço contra o San Lorenzo, pela Libertadores, naquela mesma goleira. Diante de um Fluminense que enfim parecia bem fechado, após sofrer gols em quase todos os jogos desta temporada, seu chute rasteiro, aos 49 minutos, possivelmente seria defendido pelo goleiro Júlio César, que estava na bola. Mas a redonda quicou num pequeno buraco na entrada da pequena área e o encobriu - o arqueiro estava rente ao chão, pronto para buscá-la no cantinho.
O gol valeu ao Fla o empate em 2 a 2. Pode ter valido, também, o emprego de Zé Ricardo. Ameaçado desde a derrota para o Sport, há duas semanas, o treinador rubro-negro ganhou um respiro com a vitória sobre a Ponte Preta, na última quarta. Um mau resultado no clássico, porém, poderia ser fatal. Seu time até não jogou mal: teve a maioria da posse de bola, pressionou bastante o rival, mas não teve tanto poder de fogo. Mesmo com Diego e Vinícius Júnior, faltou capacidade de armação. Os dois gols flamenguistas vieram na base do abafa, da insistência, do bate-rebate.
O Fluminense é menos time, também vive fase complicada, e por isso ficou na sua. A postura humilde quase lhe valeu a vitória. Sabedor das dificuldades defensivas de sua equipe, Abel Braga entrou com uma proposta retraída em campo. Jogou nos erros do Flamengo e apostou na qualidade de Gustavo Scarpa e na velocidade de seus atacantes. O camisa 10 fez duas assistências que resultaram nos gols da equipe tricolor - uma para o volante Wendel, o craque da tarde, marcar; a outra, deixando Richarlison livre para sofrer o pênalti convertido por Henrique Dourado, que quase valeu a vitória.
O empate tem sabor amargo para o Flu, que esteve duas vezes à frente e só cedeu o empate aos 49 minutos da etapa final. Mas o Flamengo, embora jamais tivesse estado à frente do placar, também sai do jogo com um gosto de que era possível obter mais do que o 2 a 2. Ao voltar do segundo tempo com Willian Arão e Berrío, a equipe de Zé Ricardo encaixotou o rival, chegou ao empate rapidamente e deu pinta de que poderia virar. No fim das contas, a igualdade representou bem o que foi o jogo. O que não se esperava era o inusitado protagonista rente ao solo.
Foto: Nelson Perez/Fluminense.
E justamente nos acréscimos, e decidindo o jogo. O peruano Trauco gosta de arriscar de fora da área - lembremos que fez golaço contra o San Lorenzo, pela Libertadores, naquela mesma goleira. Diante de um Fluminense que enfim parecia bem fechado, após sofrer gols em quase todos os jogos desta temporada, seu chute rasteiro, aos 49 minutos, possivelmente seria defendido pelo goleiro Júlio César, que estava na bola. Mas a redonda quicou num pequeno buraco na entrada da pequena área e o encobriu - o arqueiro estava rente ao chão, pronto para buscá-la no cantinho.
O gol valeu ao Fla o empate em 2 a 2. Pode ter valido, também, o emprego de Zé Ricardo. Ameaçado desde a derrota para o Sport, há duas semanas, o treinador rubro-negro ganhou um respiro com a vitória sobre a Ponte Preta, na última quarta. Um mau resultado no clássico, porém, poderia ser fatal. Seu time até não jogou mal: teve a maioria da posse de bola, pressionou bastante o rival, mas não teve tanto poder de fogo. Mesmo com Diego e Vinícius Júnior, faltou capacidade de armação. Os dois gols flamenguistas vieram na base do abafa, da insistência, do bate-rebate.
O Fluminense é menos time, também vive fase complicada, e por isso ficou na sua. A postura humilde quase lhe valeu a vitória. Sabedor das dificuldades defensivas de sua equipe, Abel Braga entrou com uma proposta retraída em campo. Jogou nos erros do Flamengo e apostou na qualidade de Gustavo Scarpa e na velocidade de seus atacantes. O camisa 10 fez duas assistências que resultaram nos gols da equipe tricolor - uma para o volante Wendel, o craque da tarde, marcar; a outra, deixando Richarlison livre para sofrer o pênalti convertido por Henrique Dourado, que quase valeu a vitória.
O empate tem sabor amargo para o Flu, que esteve duas vezes à frente e só cedeu o empate aos 49 minutos da etapa final. Mas o Flamengo, embora jamais tivesse estado à frente do placar, também sai do jogo com um gosto de que era possível obter mais do que o 2 a 2. Ao voltar do segundo tempo com Willian Arão e Berrío, a equipe de Zé Ricardo encaixotou o rival, chegou ao empate rapidamente e deu pinta de que poderia virar. No fim das contas, a igualdade representou bem o que foi o jogo. O que não se esperava era o inusitado protagonista rente ao solo.
Foto: Nelson Perez/Fluminense.
Comentários