Equilíbrio no primeiro tempo, massacre no segundo: o Real Madrid é bicampeão europeu

A Juventus é fortíssima, mas todos sabiam que o Real Madrid tinha valores individuais superiores. Tanto que sempre que alguém apostava nos italianos como campeões no jogo de ontem, citava a maior "fome" que o time de Turim teria na decisão em relação aos espanhóis. Somente com concentração máxima durante todo o jogo a Juve poderia trazer a taça de volta para a Itália. E não foi nada disso que aconteceu.

A rigor, a Juventus jogou mesmo durante 45 minutos. O primeiro tempo em Cardiff foi bastante equilibrado: a equipe italiana começou mais animada, mas sofreu um duro golpe ao sair perdendo logo aos 19 minutos, momento em que Cristiano Ronaldo se tornou o primeiro jogar na história a fazer gols em três finais de Liga dos Campeões diferentes. Mas nada que abalasse o time de Massimiliano Allegri: com personalidade, seguiu jogando normalmente e não demorou mais do que sete minutos para empatar, num gol antológico de Mandzukic.

O empate ocorrido de forma rápida e a personalidade com que a Juventus encarou o primeiro tempo sugeriam uma decisão dramática. Se havia o atual campeão mundial de um lado, de outro se via claramente a força do time que havia superado com folga Barcelona e Monaco nas fases anteriores. Mas a final acabou justamente ali: no intervalo. Porque, na volta do segundo tempo, o Real Madrid tomou conta do jogo. Fez três gols e desperdiçou outros tantos. A goleada poderia ter ido bem além do 4 a 1. Massacre cuja colaboração da apática atuação da Juventus teve participação decisiva.

Na etapa inicial, foram 8 arremates da Juve e cinco dos madrilenhos. No segundo tempo, deu Real Madrid de 14 a 1 neste fundamento. Nem precisaria dizer mais nada, mas é preciso ressaltar o modo como os espanhóis chegaram aos gols: por meio de um adiantamento da marcação, de uma maior agressividade na postura, encurralando os italianos contra seu próprio campo. A equipe de Zidane passou a ganhar todos os rebotes. Foi num deles que o brasileiro Casemiro, o craque da finalíssima, fez o segundo gol - um desvio injusto para Buffon, mas que fazia justiça ao jogo. O terceiro, três minutos depois, de Cristiano Ronaldo de novo, foi o que matou de vez a parada. Desatenção da normalmente impecável trinca Barzagli-Bonucci-Chiellini.

Dono absoluto da hegemonia europeia, o Real Madrid é o primeiro bicampeão continental desde o Milan de Van Basten, que ganhou em 1989 e 1990. Uma equipe que entra para a história como uma das melhores da história do clube. E Cristiano Ronaldo, bem... O que dizer de quem é artilheiro do maior torneio do continente pela quinta vez seguida? Parece que a Bola de Ouro 2017 já tem dono. Ronaldo empatará com Messi, cinco títulos de melhor do mundo para cada um. Está cada vez mais difícil dizer qual dos dois é melhor.

Dorival Júnior, a primeira ilustre vítima do Brasileirão
De bom trabalho no Santos há duas temporadas, Dorival Júnior não resistiu à derrota de 2 a 0 para o Corinthians. Dominado do início ao fim em Itaquera, o Peixe escapou de perder por diferença de gols ainda maior. O Timão termina o sábado na liderança do Brasileirão. E Dorival paga não apenas pelo mau início de Brasileirão, mas pelo ano irregular de seu time, que foi mal no estadual e não convence nas demais competições. Em 2015 e 2016, o bom futebol segurava muitas vezes a falta de conquistas maiores do Santos. Agora, nem ele tem aparecido.

A terceira frustração seguida
Deixar o Juventude empatar aos 39 do segundo tempo é uma tremenda frustração para a torcida colorada, mas a verdade é que a equipe poderia até ter tido sorte pior que o empate em 1 a 1 na estreia de Guto Ferreira. As vaias deixam claro que o Internacional não vem bem: eliminado da Copa do Brasil, deveria ao menos ter mantido o nível neste sábado. Já são três jogos seguidos sem vitórias na Série B, onde o Colorado ocupa o modesto 10º lugar. E enfrentar o Figueirense, terça, em Florianópolis, não é um dos cenários mais fáceis.

Foto: UEFA/Divulgação.

Comentários

Chico disse…
A conquista do Real Madrid tem nome: Cristiano Ronaldo. Na minha opinião foi a melhor temporada dele. Uma máquina de fazer gol.

Por que a Juventus, que jogou com o Cuadrado toda a Copa, na final jogou com tês zagueiros? Parece coisa de Roth.

Enquanto isso... na 2 divisão... o binter faz tanto fiasco que estou ficando sem piadas.