Aposta de Rogério, esquema com três zagueiros do São Paulo fracassa em Itaquera
Em grande fase, o Corinthians não precisou de mais do que seis minutos para vencer o 3-5-2 de Rogério Ceni: Marquinhos Gabriel pegou a todos de surpresa ao lançar Ángel Romero por trás da zaga, e o paraguaio abriu o placar. Vale lembrar que o São Paulo entrou, na verdade, com quatro zagueiros em campo, já que Militão atuou como volante ao lado de Jucilei. As dificuldades foram claras: nos primeiros 15 minutos, o Timão teve 70% de posse de bola e poderia ter aberto diferença ainda maior.
O empate, portanto, veio na melhor hora possível: aos 17, Gilberto deixou tudo igual, de cabeça, após belo levantamento de Júnior Tavares. O gol equilibrou as ações e passou a fazer do São Paulo até mesmo protagonista das ações em determinados instantes. Mas o equilíbrio se esvaiu em mais um erro defensivo: Maicon errou passe de forma bisonha, perdeu para Jô na velocidade do contra-ataque e Gabriel pôs o Corinthians em vantagem novamente, aos 40 da etapa inicial.
Algo semelhante ocorreu no segundo tempo: já sem o 3-5-2, o São Paulo adotou postura propositiva, mais agressiva, mas foi surpreendido por um novo vacilo defensivo - um pênalti de Douglas em Jô, resultado de um lance no qual a defesa ficou olhando uma linda tabela do centroavante corintiano com Romero, os dois melhores em campo. Jadson converteu e definiu a parada. Wellington Nem chegou a descontar no fim, mas já era tarde - nova assistência de Júnior Tavares, o melhor tricolor da tarde.
De atuação discreta, o argentino Lucas Pratto fez boa análise ao fim da partida: o São Paulo precisa melhorar se quiser brigar pelas primeiras posições, principalmente diminuir o alto número de erros individuais. No Timão, por sua vez, tudo parece dar certo: muito firme atrás, o Corinthians está cada vez mais entrosado no setor de frente. Mesmo sem grandes nomes, vem jogando por música. Ganhou a quinta seguida, mantém-se por mais uma rodada na liderança e segue levando multidões a Itaquera - ontem foram 42 mil pessoas. Mesmo que não haja grandes brilhos individuais, é uma força difícil de ser segurada.
Foto: Daniel Augusto Jr./Corinthians.
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