Ao parar o ataque do Grêmio, Corinthians mostra que está pronto para tudo no Brasileirão
Poucas coisas (talvez nenhuma) são mais difíceis atualmente no futebol brasileiro que segurar o ataque do Grêmio. Se o jogo é em Porto Alegre, onde a equipe estava há 18 jogos sem perder, a tarefa é ainda mais complicada. Pois o Corinthians conseguiu: marcando com dedicação impressionante e mostrando toda a organização elaborada pelo técnico Fábio Carille, o Timão foi à Arena e venceu no novo estádio tricolor pela primeira vez. A vitória por 1 a 0 teve a marca da eficiência na hora de concluir do time paulista e, também, do brilho decisivo de Cássio, que salvou a bola do jogo ao pegar pênalti de Luan nos minutos finais da partida.
Como se esperava, a capital gaúcha viu um verdadeiro jogaço neste domingo. Público de final de campeonato (54.022, o maior do Grêmio em Brasileiros desde a final de 1996, contra a Portuguesa), clima de decisão e dois times que sabem tratar bem a bola. A partida teve uma tônica a tarde toda: o Grêmio com a bola, tentando se infiltrar na sólida defesa corintiana. Os gaúchos concluíram 14 vezes e criaram oito chances de gol - algo difícil contra o Timão. E os paulistas terem cedido ao Tricolor apenas oito oportunidades também é um feito. Era o jogo do melhor ataque contra a melhor defesa, afinal de contas.
O Corinthians, por sua vez, criou só três chances, mas foi letal. Paulo Roberto, autor da jogada do gol, já havia tido a melhor chance corintiana da etapa inicial ao entrar cara a cara e obrigar Marcelo Grohe a grande defesa. O goleiro gremista falharia no chute de Jadson - ao contrário de Cássio, que além do pênalti defendido fez ao menos outras três grandes intervenções, uma delas na pequena área, também com Luan, aos 20 da etapa final.
O feito corintiano é imenso. Não apenas por bater o time que joga o melhor futebol do país em sua casa, mas por ter feito o produtivo ataque gremista ficar no zero pela primeira vez em três meses. A última vez que os titulares do Grêmio não haviam marcado gol havia 33 jogos (0 a 0 contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil do ano passado). Neste período todo, o time titular de Renato Portaluppi só havia perdido duas vezes, para Caxias e Iquique. Superar uma equipe com este retrospecto não é algo simples.
No âmbito do campeonato, o resultado também é fundamental. Claro, o próprio Carille reconheceu após o jogo que estamos recém na 10ª rodada, e que muita coisa ainda vai acontecer. Mas, ao ganhar, o Corinthians abre vantagem para seu único concorrente realmente próximo na tabela. E mais: enquanto o Grêmio se dividirá em três competições, o Timão tem apenas o Brasileiro e a Sul-Americana pela frente. O tamanho do jogo de ontem foi esse: um triunfo daria vantagem ao Grêmio e traria dúvidas na cabeça do Corinthians. Como ele não veio, o time paulista se fortalece ainda mais. Vai ser duro tirá-lo da liderança.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio.
Como se esperava, a capital gaúcha viu um verdadeiro jogaço neste domingo. Público de final de campeonato (54.022, o maior do Grêmio em Brasileiros desde a final de 1996, contra a Portuguesa), clima de decisão e dois times que sabem tratar bem a bola. A partida teve uma tônica a tarde toda: o Grêmio com a bola, tentando se infiltrar na sólida defesa corintiana. Os gaúchos concluíram 14 vezes e criaram oito chances de gol - algo difícil contra o Timão. E os paulistas terem cedido ao Tricolor apenas oito oportunidades também é um feito. Era o jogo do melhor ataque contra a melhor defesa, afinal de contas.
O Corinthians, por sua vez, criou só três chances, mas foi letal. Paulo Roberto, autor da jogada do gol, já havia tido a melhor chance corintiana da etapa inicial ao entrar cara a cara e obrigar Marcelo Grohe a grande defesa. O goleiro gremista falharia no chute de Jadson - ao contrário de Cássio, que além do pênalti defendido fez ao menos outras três grandes intervenções, uma delas na pequena área, também com Luan, aos 20 da etapa final.
O feito corintiano é imenso. Não apenas por bater o time que joga o melhor futebol do país em sua casa, mas por ter feito o produtivo ataque gremista ficar no zero pela primeira vez em três meses. A última vez que os titulares do Grêmio não haviam marcado gol havia 33 jogos (0 a 0 contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil do ano passado). Neste período todo, o time titular de Renato Portaluppi só havia perdido duas vezes, para Caxias e Iquique. Superar uma equipe com este retrospecto não é algo simples.
No âmbito do campeonato, o resultado também é fundamental. Claro, o próprio Carille reconheceu após o jogo que estamos recém na 10ª rodada, e que muita coisa ainda vai acontecer. Mas, ao ganhar, o Corinthians abre vantagem para seu único concorrente realmente próximo na tabela. E mais: enquanto o Grêmio se dividirá em três competições, o Timão tem apenas o Brasileiro e a Sul-Americana pela frente. O tamanho do jogo de ontem foi esse: um triunfo daria vantagem ao Grêmio e traria dúvidas na cabeça do Corinthians. Como ele não veio, o time paulista se fortalece ainda mais. Vai ser duro tirá-lo da liderança.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio.
Comentários
Perdemos jogando bem, dentro do nosso estilo - que é mais imprevisível e aberto que o do Corinthians. No duelo de estilos, às vezes um favorece, sem necessariamente ser melhor em termos absolutos.
A derrota é pior para o campeonato em si do que para o Grêmio: o problema não são os 4 pontos para o Grêmio, mas os DEZ para o terceiro colocado.
Pra piorar, como o título brasileiro é muito mais valioso que o da Sul-Americana, Corinthians tranquilamente priorizará o certame nacional. Estará correto em escalar apenas reservas na Sula.
Pessoalmente, sempre achei que, dos três campeonatos em questão, o Brasileiro era o mais difícil. Não digo que devamos abrir mão - acho que devemos seguir dando o máximo, pelo menos tendo como projeto REALISTA uma vaga direta à Libertadores, mas acho que é o Brasileiro que deve ser sacrificado perante as outras competições.
De resto, foi uma derrota DENTRO DA NORMALIDADE. Uma coisa é perder jogando mal para um time sem nenhuma qualidade. Outra é o que foi ontem. Essas coisas acontecem. Daqui a pouco esse Corinthians também vai perder em casa para um Palmeiras.
O Brasileirão realmente é complicado. Palmeiras e Flamengo, por exemplo, começam a chegar. A vantagem de Corinthians e Grêmio é boa, mas em 28 rodadas é possível tirar - especialmente no caso dos cariocas, que já estão fora da Libertadores.
Espero que o resultado de ontem não traga instabilidade ao Grêmio. E digo espero não apenas no sentido de torcida, mas no de expectativa mesmo. Mais uma vez, o time sofreu o gol, não se abalou, foi para cima e poderia perfeitamente ter empatado o jogo. É um time bastante maduro. Só o cansaço acumulado é que preocupa para esta quarta (na minha opinião, um jogo mais importante que o de ontem).