Alemanha com reservas pode ser o golpe de misericórdia na Copa das Confederações
Começa hoje a 10ª edição da Copa das Confederações. Não sabia? Calma... provavelmente você não é um completo desinformado, mesmo que goste de futebol. A edição de 2017 tem recebido pouquíssimos holofotes, e não é só pelo fato se a primeira em 20 anos na qual o Brasil está ausente. Os motivos extrapolam a ausência da nossa Seleção e podem ser suficientes, inclusive, para que ela caia no ostracismo de vez, tendo sua trajetória definitivamente encerrada com o torneio russo deste ano, já que a FIFA pretende mudar bastante seu formato de torneios de seleções em breve.
Não é de hoje que a Copa das Confederações incomoda a Europa, continente mais poderoso do futebol mundial. De 1992 para cá, o Velho Continente ganhou apenas três edições da competição (Dinamarca, em 1995, e França, em 2001 e 2003). O Brasil, sozinho, tem mais títulos. Não se trata apenas de incompetência: é, também, uma postura muitas vezes de desprezo ao torneio, que interrompe as férias de alguns de seus melhores jogadores. Em ano de Copa do Mundo, o sacrifício é entendido; mas a Copa das Confederações não tem o mesmo poder de sedução. Longe disso.
Iniciada em 1992 como uma competição ainda não regulada pela FIFA, tinha a ideia de reunir, na Arábia Saudita, os campeões das copas continentais de seleções. Em 1995, passou a ser disputada de dois em dois anos, já sob a chancela da entidade máxima do futebol mundial. De 1999 para cá, a sede foi mudando. Diante de várias reclamações dos clubes do Velho Continente, virou quadrienal em 2005, na Alemanha, tendo como objetivo virar evento-teste para a Copa do Mundo do ano seguinte. Foi a forma de fixá-la no calendário e dar a ela um objetivo mais interessante.
As edições da Alemanha (2005), África do Sul (2009) e Brasil (2013) foram muito bem sucedidas. A disputada em nosso território, quatro anos atrás, chegou a reunir quatro campeões mundiais (Brasil, Espanha, Itália e Uruguai) entre seus oito participantes, tendo enorme sucesso de público. Agora, na Rússia, a situação é outra: somente a Alemanha tem este chamariz. E o pior: disputará a competição com uma equipe completamente reserva. Como Chile e Portugal, campeões sul-americanos e europeus, não têm a mesma atratividade histórica de seleções como Brasil, Argentina e Itália, a tendência é de um torneio de muito menor visibilidade e interesse do público, o que pode, sim, acarretar seu encerramento.
Neste caso, a Copa das Confederações 2017 será de muito mais interesse, de fato, para o país-sede. Enfrentando alguns problemas semelhantes aos do Brasil em termos de organização da Copa do Mundo, a Rússia testará seus acertos e erros nos próximos 15 dias de competições. Também será importante ver como a seleção nacional se portará em campo. Relativa potência nos tempos de União Soviética, a equipe russa, exceção ao time semifinalista da Euro 2008, nunca mais chegou longe em torneio algum. Teme-se por lá, inclusive, uma eliminação precoce, na primeira fase, no Mundial do ano que vem.
Por aqui, o torneio não vem recebendo tanta atenção, claro, pela ausência da Seleção. Maior campeão da história, com quatro conquistas, o Brasil não se enquadra em nenhum dos critérios de classificação: não é o país-sede da Copa do Mundo do ano que vem (Rússia), não é o atual campeão da Copa América (Chile) e nem o atual campeão mundial (Alemanha). Uma pena, pois poderia ser uma chance importante para Tite testar seu elenco, já classificado para a Rússia 2018, diante de seleções de outros continentes.
Foto: FIFA/Divulgação.
Não é de hoje que a Copa das Confederações incomoda a Europa, continente mais poderoso do futebol mundial. De 1992 para cá, o Velho Continente ganhou apenas três edições da competição (Dinamarca, em 1995, e França, em 2001 e 2003). O Brasil, sozinho, tem mais títulos. Não se trata apenas de incompetência: é, também, uma postura muitas vezes de desprezo ao torneio, que interrompe as férias de alguns de seus melhores jogadores. Em ano de Copa do Mundo, o sacrifício é entendido; mas a Copa das Confederações não tem o mesmo poder de sedução. Longe disso.
Iniciada em 1992 como uma competição ainda não regulada pela FIFA, tinha a ideia de reunir, na Arábia Saudita, os campeões das copas continentais de seleções. Em 1995, passou a ser disputada de dois em dois anos, já sob a chancela da entidade máxima do futebol mundial. De 1999 para cá, a sede foi mudando. Diante de várias reclamações dos clubes do Velho Continente, virou quadrienal em 2005, na Alemanha, tendo como objetivo virar evento-teste para a Copa do Mundo do ano seguinte. Foi a forma de fixá-la no calendário e dar a ela um objetivo mais interessante.
As edições da Alemanha (2005), África do Sul (2009) e Brasil (2013) foram muito bem sucedidas. A disputada em nosso território, quatro anos atrás, chegou a reunir quatro campeões mundiais (Brasil, Espanha, Itália e Uruguai) entre seus oito participantes, tendo enorme sucesso de público. Agora, na Rússia, a situação é outra: somente a Alemanha tem este chamariz. E o pior: disputará a competição com uma equipe completamente reserva. Como Chile e Portugal, campeões sul-americanos e europeus, não têm a mesma atratividade histórica de seleções como Brasil, Argentina e Itália, a tendência é de um torneio de muito menor visibilidade e interesse do público, o que pode, sim, acarretar seu encerramento.
Neste caso, a Copa das Confederações 2017 será de muito mais interesse, de fato, para o país-sede. Enfrentando alguns problemas semelhantes aos do Brasil em termos de organização da Copa do Mundo, a Rússia testará seus acertos e erros nos próximos 15 dias de competições. Também será importante ver como a seleção nacional se portará em campo. Relativa potência nos tempos de União Soviética, a equipe russa, exceção ao time semifinalista da Euro 2008, nunca mais chegou longe em torneio algum. Teme-se por lá, inclusive, uma eliminação precoce, na primeira fase, no Mundial do ano que vem.
Por aqui, o torneio não vem recebendo tanta atenção, claro, pela ausência da Seleção. Maior campeão da história, com quatro conquistas, o Brasil não se enquadra em nenhum dos critérios de classificação: não é o país-sede da Copa do Mundo do ano que vem (Rússia), não é o atual campeão da Copa América (Chile) e nem o atual campeão mundial (Alemanha). Uma pena, pois poderia ser uma chance importante para Tite testar seu elenco, já classificado para a Rússia 2018, diante de seleções de outros continentes.
Foto: FIFA/Divulgação.
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