A falta de verticalidade não impediu a nona vitória seguida dos titulares do Grêmio
Em casa ou fora, com centroavante ou sem, com mais ou menos desfalques, não importa: o Grêmio parece se sentir à vontade em qualquer lugar ou circunstância. A afinação coletiva da equipe de Renato Portaluppi é ímpar, algo raras vezes não apenas num cenário nacional de constantes mudanças de formação dos principais times, mas na própria história do Tricolor. Ontem, ainda que com algumas limitações esperadas, o time gaúcho venceu o Fluminense pela terceira vez em 30 dias, e com enorme naturalidade. Apresentou, mais uma vez, várias de suas principais qualidades no Maracanã.
A formação com Michel, Maicon, Ramiro e Arthur, em tese quatro volantes, não é a ideal. Como diante do Bahia, sobrou posse de bola e faltou verticalidade e infiltração. O Grêmio concluiu 12 vezes a gol e, como no jogo de segunda-feira, precisou da bola parada para fazer os gols. Só que isso tudo são enormes indicativos de força da equipe: mostra que o time tem alternativas para resolver os jogos (não fazia dois gols de falta - e com jogadores diferentes - desde os 5 a 1 sobre o Ceará, em novembro de 2010, com o próprio Renato na casamata), que sabe se adaptar aos desfalques e consegue envolver adversários de respeito, mesmo longe de Porto Alegre, e mesmo com problemas de escalação graves na parte ofensiva, como as ausências de Miller Bolaños e Lucas Barrios. O próprio técnico Abel Braga, em sua coletiva, disse não saber qual dos quatro volantes gremistas sabia jogar mais. Todos tratam bem a bola, e esse é um dos segredos do sucesso tricolor.
A equipe de Renato sabe o que quer em campo como nenhuma outra no país. Entrou ciente da pressão inicial do Fluminense, segurou-se atrás, suportou os difíceis 20 minutos iniciais com a meta incólume e ainda conseguiu sair à frente, num pombo sem asa do lateral Edílson. Bastou o Flu diminuir o ritmo (natural, pois a correria não poderia se manter por tanto tempo) para os gaúchos imporem seu toque de bola qualificado, cheio de triangulações e aproximações envolventes. Faltava, porém, mais ingressos na área do goleiro Júlio César.
No segundo tempo, a pressão carioca durou apenas 10 minutos. Aos 17, Renato retirou Maicon e colocou Everton, dando mais velocidade ao ataque e retomando o esquema normal da equipe. Novamente, como diante do Bahia, a equipe melhorou bastante: se soltou, envolveu ainda mais o Fluminense, passou a ganhar quase todos os rebotes. Fez 2 a 0, em nova falta, desta vez de Luan, e poderia ter chegado à goleada se caprichasse um pouquinho mais nas conclusões.
Um novo 2 a 0, sem fazer grande força. O Grêmio chega à incrível marca de nove vitórias consecutivas com seu time titular - uma sequência interrompida somente com a derrota dos reservas para o Sport, na 3ª rodada, resultado que impede o time de ser o líder do campeonato. A campanha é espetacular, e o momento é ótimo em todas as três frentes que a equipe disputa. E as próximas semanas serão absolutamente decisivas, pois englobam partidas fundamentais em todas elas.
O Tricolor vai a Belo Horizonte na segunda-feira para o difícil compromisso contra o Cruzeiro com o mesmo elenco que foi ao Rio de Janeiro ganhar do Flu. A seguir, três confrontos importantíssimos, mas na Arena: primeiro, pelo Brasileiro, Coritiba e Corinthians, seus dois concorrentes diretos de tabela, dias 22 e 25. No dia 28, o Atlético Paranaense, pela Copa do Brasil. Mais tarde, dia 1º de julho, o Palmeiras, pelo Brasileirão, em São Paulo. No meio da semana seguinte, o Godoy Cruz, em Mendoza, pela Libertadores. Série duríssima e que certamente obrigará Renato a administrar o grupo. Mas, com as voltas de Barrios, Miller Bolaños, Léo Moura, Marcelo Oliveira e até a inusitada reserva de Maicon, há condições de manter o nível. O Maracanã viu isso de forma bem clara ontem à noite.
Foto: Rudy Trindade/Ag. Press Digital/Grêmio.
A formação com Michel, Maicon, Ramiro e Arthur, em tese quatro volantes, não é a ideal. Como diante do Bahia, sobrou posse de bola e faltou verticalidade e infiltração. O Grêmio concluiu 12 vezes a gol e, como no jogo de segunda-feira, precisou da bola parada para fazer os gols. Só que isso tudo são enormes indicativos de força da equipe: mostra que o time tem alternativas para resolver os jogos (não fazia dois gols de falta - e com jogadores diferentes - desde os 5 a 1 sobre o Ceará, em novembro de 2010, com o próprio Renato na casamata), que sabe se adaptar aos desfalques e consegue envolver adversários de respeito, mesmo longe de Porto Alegre, e mesmo com problemas de escalação graves na parte ofensiva, como as ausências de Miller Bolaños e Lucas Barrios. O próprio técnico Abel Braga, em sua coletiva, disse não saber qual dos quatro volantes gremistas sabia jogar mais. Todos tratam bem a bola, e esse é um dos segredos do sucesso tricolor.
A equipe de Renato sabe o que quer em campo como nenhuma outra no país. Entrou ciente da pressão inicial do Fluminense, segurou-se atrás, suportou os difíceis 20 minutos iniciais com a meta incólume e ainda conseguiu sair à frente, num pombo sem asa do lateral Edílson. Bastou o Flu diminuir o ritmo (natural, pois a correria não poderia se manter por tanto tempo) para os gaúchos imporem seu toque de bola qualificado, cheio de triangulações e aproximações envolventes. Faltava, porém, mais ingressos na área do goleiro Júlio César.
No segundo tempo, a pressão carioca durou apenas 10 minutos. Aos 17, Renato retirou Maicon e colocou Everton, dando mais velocidade ao ataque e retomando o esquema normal da equipe. Novamente, como diante do Bahia, a equipe melhorou bastante: se soltou, envolveu ainda mais o Fluminense, passou a ganhar quase todos os rebotes. Fez 2 a 0, em nova falta, desta vez de Luan, e poderia ter chegado à goleada se caprichasse um pouquinho mais nas conclusões.
Um novo 2 a 0, sem fazer grande força. O Grêmio chega à incrível marca de nove vitórias consecutivas com seu time titular - uma sequência interrompida somente com a derrota dos reservas para o Sport, na 3ª rodada, resultado que impede o time de ser o líder do campeonato. A campanha é espetacular, e o momento é ótimo em todas as três frentes que a equipe disputa. E as próximas semanas serão absolutamente decisivas, pois englobam partidas fundamentais em todas elas.
O Tricolor vai a Belo Horizonte na segunda-feira para o difícil compromisso contra o Cruzeiro com o mesmo elenco que foi ao Rio de Janeiro ganhar do Flu. A seguir, três confrontos importantíssimos, mas na Arena: primeiro, pelo Brasileiro, Coritiba e Corinthians, seus dois concorrentes diretos de tabela, dias 22 e 25. No dia 28, o Atlético Paranaense, pela Copa do Brasil. Mais tarde, dia 1º de julho, o Palmeiras, pelo Brasileirão, em São Paulo. No meio da semana seguinte, o Godoy Cruz, em Mendoza, pela Libertadores. Série duríssima e que certamente obrigará Renato a administrar o grupo. Mas, com as voltas de Barrios, Miller Bolaños, Léo Moura, Marcelo Oliveira e até a inusitada reserva de Maicon, há condições de manter o nível. O Maracanã viu isso de forma bem clara ontem à noite.
Foto: Rudy Trindade/Ag. Press Digital/Grêmio.
Comentários
Por isso que o flôrminense diz que o Imortal bate. Em menos de um mês apanhou três vezes do Tricolor Celeste.
Maracanã: segunda casa do Imortal.
Luan, o Rei do Rio. Tem alguém jogando mais que o Grilo no país?
Única ressalva: Maicon estava perdido no meio ontem. Quando o Cebolinha entrou no jogo, nós tomamos conta da partida.
Que patazo do Edílson maloqueiro
Quando vi a escalação do flôrminenses vi que iriamos vencer, pois iria atacar e dar espaço pro nosso mortal contra-ataque