Sem três titulares importantes, o Grêmio funcionou muito bem. Mas e com eles, como será?
Mesmo sem ter Edílson, Maicon e Miller Bolaños em campo diante do Botafogo, o Grêmio sobrou na estreia do Campeonato Brasileiro. A vitória por 2 a 0 pode até ter tido um gol irregular, mas, como bem sinalizou o próprio técnico dos cariocas, Jair Ventura, foi justíssima - e poderia ter sido por diferença de gols bem maior, não fosse o grande desperdício ofensivo da equipe de Renato Portaluppi. Uma prova de que o elenco gremista é bom - convenhamos, ter Léo Moura, Arthur e Barrios para substituir os desfalques não é nada mau. Mas e quando os titulares voltarem?
A pergunta vem permeando todo o começo de ano do Tricolor. Até aqui, as lesões têm escalado o time - e assim será na maioria das vezes, ainda mais num campeonato tão longo. Depois de um início de temporada travado, Renato parece ter encontrado na formação com Léo Moura na meia um time que funcionou bem por algum tempo. No entanto, a queda de desempenho recente do veterano ajudou o time a não repetir os bons jogos que fez no começo de abril. Para completar, a fase goleadora de Barrios colabora para a mudança de formação.
Diante do Botafogo, as soluções encontradas foram antigas: Ramiro voltou à sua e foi o destaque da partida, marcando os dois gols da vitória e perdendo outro embaixo da trave. Léo Moura, por sua vez, teve sua melhor atuação em algum tempo, voltando à lateral direita. Contra o Fluminense, quarta, a situação já poderá ser revista: Edílson não jogou ontem por suspensão, mas está à disposição para o duelo que inicia a luta gremista pelo hexa da Copa do Brasil. Esta já é a primeira questão para Renato: recuar Ramiro para onde ele não foi tão bem assim apenas para acomodar a qualidade técnica de Léo Moura é um investimento que vale à pena? Ou será que Edílson corre o risco de perder a posição?
Em relação a Maicon, não há esta dúvida: sua volta ao time é certa. Mas quem sai? A tendência indica Arthur, mas as ótimas atuações do jovem segundo volante colocam uma dúvida na cabeça de todos quanto à possibilidade de ele seguir no time. Já há quem fale nele ao lado de Maicon. Não parece o mais indicado, ao menos até que haja um teste: ambos são muito parecidos, distribuem bem o jogo, mas a falta de um jogador mais postado pode cobrar seu preço. É verdade que Walace saía muito em 2016, mas seu porte físico e poder de marcação compensavam. Arthur, segundo Renato, ainda não tem a condição física ideal. E Michel, mesmo que não seja brilhante, vem cumprindo bem suas funções - ontem foi um dos melhores em campo.
No ataque, porém, é que reside a grande questão. Melhor jogador do Grêmio em 2017, Miller Bolaños é titularíssimo. Joga atrás do centroavante, seja ele quem for. Como Barrios tem se escalado pelos gols, tem boas chances de permanecer por ali. Mas e Luan? Ficando no clube, deve ser titular, e se for titular não pode ser deslocado para uma ponta, onde sempre rendeu bem menos. Acomodar os três não será fácil: talvez obrigue Renato a rever o esquema, retirando Pedro Rocha e abolindo o esquema com as beiradas - o que é improvável, já que esta foi a base tática do título da Copa do Brasil, principalmente porque permite a Ramiro dar uma consistência enorme tanto na frente quanto atrás.
Todos estes são problemas bons: ter ótimas opções (e isso que não citamos Douglas, lesionado até o segundo semestre) fazem do Grêmio um dos grupos mais fortes do Brasil atualmente. Mas, mesmo bom, ainda assim é um problema: errando a mão na hora de acomodar os bons valores que tem, Renato corre o risco de desandar uma engrenagem montada e que, apesar da irregularidade, vai muito bem desde que ele chegou à Arena.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio.
A pergunta vem permeando todo o começo de ano do Tricolor. Até aqui, as lesões têm escalado o time - e assim será na maioria das vezes, ainda mais num campeonato tão longo. Depois de um início de temporada travado, Renato parece ter encontrado na formação com Léo Moura na meia um time que funcionou bem por algum tempo. No entanto, a queda de desempenho recente do veterano ajudou o time a não repetir os bons jogos que fez no começo de abril. Para completar, a fase goleadora de Barrios colabora para a mudança de formação.
Diante do Botafogo, as soluções encontradas foram antigas: Ramiro voltou à sua e foi o destaque da partida, marcando os dois gols da vitória e perdendo outro embaixo da trave. Léo Moura, por sua vez, teve sua melhor atuação em algum tempo, voltando à lateral direita. Contra o Fluminense, quarta, a situação já poderá ser revista: Edílson não jogou ontem por suspensão, mas está à disposição para o duelo que inicia a luta gremista pelo hexa da Copa do Brasil. Esta já é a primeira questão para Renato: recuar Ramiro para onde ele não foi tão bem assim apenas para acomodar a qualidade técnica de Léo Moura é um investimento que vale à pena? Ou será que Edílson corre o risco de perder a posição?
Em relação a Maicon, não há esta dúvida: sua volta ao time é certa. Mas quem sai? A tendência indica Arthur, mas as ótimas atuações do jovem segundo volante colocam uma dúvida na cabeça de todos quanto à possibilidade de ele seguir no time. Já há quem fale nele ao lado de Maicon. Não parece o mais indicado, ao menos até que haja um teste: ambos são muito parecidos, distribuem bem o jogo, mas a falta de um jogador mais postado pode cobrar seu preço. É verdade que Walace saía muito em 2016, mas seu porte físico e poder de marcação compensavam. Arthur, segundo Renato, ainda não tem a condição física ideal. E Michel, mesmo que não seja brilhante, vem cumprindo bem suas funções - ontem foi um dos melhores em campo.
No ataque, porém, é que reside a grande questão. Melhor jogador do Grêmio em 2017, Miller Bolaños é titularíssimo. Joga atrás do centroavante, seja ele quem for. Como Barrios tem se escalado pelos gols, tem boas chances de permanecer por ali. Mas e Luan? Ficando no clube, deve ser titular, e se for titular não pode ser deslocado para uma ponta, onde sempre rendeu bem menos. Acomodar os três não será fácil: talvez obrigue Renato a rever o esquema, retirando Pedro Rocha e abolindo o esquema com as beiradas - o que é improvável, já que esta foi a base tática do título da Copa do Brasil, principalmente porque permite a Ramiro dar uma consistência enorme tanto na frente quanto atrás.
Todos estes são problemas bons: ter ótimas opções (e isso que não citamos Douglas, lesionado até o segundo semestre) fazem do Grêmio um dos grupos mais fortes do Brasil atualmente. Mas, mesmo bom, ainda assim é um problema: errando a mão na hora de acomodar os bons valores que tem, Renato corre o risco de desandar uma engrenagem montada e que, apesar da irregularidade, vai muito bem desde que ele chegou à Arena.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio.
Comentários
La mano de Luan. E ainda tem gente que fala mal dele.
Excelente início. E podia ter sido mais