Consciente, objetivo e frio, Grêmio vence de novo e começa a embalar na temporada
Na última década normalmente tem sido a partir de maio que o Grêmio começa a realmente embalar nas temporadas, e em 2017 a história parece se repetir. Pela primeira vez neste ano, a equipe de Renato Portaluppi consegue uma sequência de três atuações em alto nível. Depois das ótimas vitórias sobre Botafogo e Fluminense, o 2 a 0 sobre o Atlético-PR, em plena Arena da Baixada, foi para não deixar dúvidas - principalmente pelo fato de a equipe ter mantido, fora de casa, um desempenho tão bom quanto o que vinha apresentando em Porto Alegre.
O jogo prometia ser bom por conta dos resultados da última semana - o Atlético-PR também chegou animado, devido à épica classificação na Libertadores. Mas a etapa inicial frustrou as expectativas de um jogo empolgante: foi intenso, muito disputado, mas de pouco espaço de lado a lado. Não foi mau jogado, mas de vantagem das defesas sobre os ataques. Os donos da casa com mais posse de bola, mas totalmente estéril, sem qualquer objetividade; os gaúchos um pouco mais perigosos, mas sem a intensidade necessária para chegar ao gol.
A mudança de panorama foi completa após o intervalo. A parada fez mal ao Atlético-PR, que voltou a campo sem a mesma concentração do primeiro tempo. O Grêmio, ao contrário, retornou com tudo: com menos de um minuto já abria o placar, em belo gol de Luan. O Furacão, então, obrigou-se a ir para o ataque, cedendo espaços que antes não concedia aos visitantes. Foi aí que o Tricolor matou o jogo: com a ótima movimentação de Luan, a impetuosidade de Ramiro na direita e o oportunismo de Barrios, ampliou o placar. E dominou tanto o jogo até os 20 minutos que esteve bem perto de fazer o terceiro.
Paulo Autuori acrescentou qualidade e abriu o time com Douglas Coutinho, Grafite e Guilherme em campo. No entanto, a enorme organização gremista não dava chances ao time paranaense. Os poucos espaços que surgiram vieram apenas após a infantil expulsão de Marcelo Grohe, que tomou raros dois amarelos por cera. Com um a menos, o Grêmio perdeu a chance de chegar ao terceiro gol, em nome da garantia do placar que tinha em mãos. Foram 20 minutos de resguardo defensivo, alguma pressão, mas nada que realmente pusesse em risco o resultado conquistado.
A derrota em casa põe um freio na empolgação que sobreveio após a classificação no Chile e obriga o Atlético-PR a refletir. Há muito o que melhorar: é verdade que o principal objetivo deste semestre, que era chegar às oitavas da Libertadores, foi alcançado. No entanto, é consenso que a equipe joga mal na maioria das vezes. O desempenho até agora acabou sendo suficiente, no limite, para conseguir a meta inicial proposta. Mas, se não melhorar, vai cobrar seu preço logo, logo.
No caso do Grêmio, a situação é bem mais tranquila. Há algum tempo sem três titulares importantes (Edílson, Maicon e Miller Bolaños), o time de Renato dá resposta mais que positiva. Luan voltou a atuar muito bem, Arthur é uma afirmação, Cortez dá conta de substituir Marcelo Oliveira, a dupla de zaga segue praticamente perfeita e Barrios vive fase iluminada. O principal, porém, nem é o bom momento individual de quase todo mundo, mas a consistência apresentada nos últimos jogos: diante de adversários complicados, o Tricolor sobrou, impondo-se taticamente dentro e fora de casa com a mesma personalidade que apresentou na sua campanha do penta da Copa do Brasil. Por sinal, é o melhor momento da equipe gaúcha desde que o jejum de títulos foi encerrado, cinco meses atrás.
Em tempo:
- Com duas vitórias em dois jogos, o Grêmio tem seu melhor começo de campeonato na era dos pontos corridos. Há 21 anos o time não estreava com seis pontos em seis disputados. A última vez foi em 1996, ano do segundo título brasileiro - aquela campanha começou com vitórias sobre Criciúma e Bragantino.
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Campeonato Brasileiro 2017 - 2ª rodada
21/maio/2017
ATLÉTICO-PR 0 x GRÊMIO 2
Local: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP)
Público: 19.483
Renda: R$ 381.490,00
Gols: Luan 50 segundos e Barrios 13 do 2º
Cartão amarelo: Thiago Heleno, Wéverton, Barrios, Ramiro e Arthur
Expulsão: Marcelo Grohe 29 do 2º
ATLÉTICO-PR: Wéverton (5,5), Jonathan (5,5), Paulo André (5,5), Thiago Heleno (4,5) e Sidcley (5); Otávio (5,5), Rossetto (5,5) e Carlos Alberto (4,5) (Guilherme, 19 do 2º - 5); Nikão (5,5), Eduardo da Silva (4,5) (Grafite, 18 do 2º - 5,5) e Pablo (4,5) (Douglas Coutinho, 10 do 2º - 5). Técnico: Paulo Autuori
GRÊMIO: Marcelo Grohe (4,5), Léo Moura (6), Geromel (6,5), Kannemann (7) e Cortez (6); Michel (5,5), Arthur (6,5) (Rafael Thyere, 42 do 2º - sem nota), Ramiro (7), Luan (7) e Pedro Rocha (5,5) (Jaílson, 35 do 2º - sem nota); Barrios (6,5) (Léo, 31 do 2º - 6). Técnico: Renato Portaluppi
Foto: Marco Oliveira/Atlético-PR.
O jogo prometia ser bom por conta dos resultados da última semana - o Atlético-PR também chegou animado, devido à épica classificação na Libertadores. Mas a etapa inicial frustrou as expectativas de um jogo empolgante: foi intenso, muito disputado, mas de pouco espaço de lado a lado. Não foi mau jogado, mas de vantagem das defesas sobre os ataques. Os donos da casa com mais posse de bola, mas totalmente estéril, sem qualquer objetividade; os gaúchos um pouco mais perigosos, mas sem a intensidade necessária para chegar ao gol.
A mudança de panorama foi completa após o intervalo. A parada fez mal ao Atlético-PR, que voltou a campo sem a mesma concentração do primeiro tempo. O Grêmio, ao contrário, retornou com tudo: com menos de um minuto já abria o placar, em belo gol de Luan. O Furacão, então, obrigou-se a ir para o ataque, cedendo espaços que antes não concedia aos visitantes. Foi aí que o Tricolor matou o jogo: com a ótima movimentação de Luan, a impetuosidade de Ramiro na direita e o oportunismo de Barrios, ampliou o placar. E dominou tanto o jogo até os 20 minutos que esteve bem perto de fazer o terceiro.
Paulo Autuori acrescentou qualidade e abriu o time com Douglas Coutinho, Grafite e Guilherme em campo. No entanto, a enorme organização gremista não dava chances ao time paranaense. Os poucos espaços que surgiram vieram apenas após a infantil expulsão de Marcelo Grohe, que tomou raros dois amarelos por cera. Com um a menos, o Grêmio perdeu a chance de chegar ao terceiro gol, em nome da garantia do placar que tinha em mãos. Foram 20 minutos de resguardo defensivo, alguma pressão, mas nada que realmente pusesse em risco o resultado conquistado.
A derrota em casa põe um freio na empolgação que sobreveio após a classificação no Chile e obriga o Atlético-PR a refletir. Há muito o que melhorar: é verdade que o principal objetivo deste semestre, que era chegar às oitavas da Libertadores, foi alcançado. No entanto, é consenso que a equipe joga mal na maioria das vezes. O desempenho até agora acabou sendo suficiente, no limite, para conseguir a meta inicial proposta. Mas, se não melhorar, vai cobrar seu preço logo, logo.
No caso do Grêmio, a situação é bem mais tranquila. Há algum tempo sem três titulares importantes (Edílson, Maicon e Miller Bolaños), o time de Renato dá resposta mais que positiva. Luan voltou a atuar muito bem, Arthur é uma afirmação, Cortez dá conta de substituir Marcelo Oliveira, a dupla de zaga segue praticamente perfeita e Barrios vive fase iluminada. O principal, porém, nem é o bom momento individual de quase todo mundo, mas a consistência apresentada nos últimos jogos: diante de adversários complicados, o Tricolor sobrou, impondo-se taticamente dentro e fora de casa com a mesma personalidade que apresentou na sua campanha do penta da Copa do Brasil. Por sinal, é o melhor momento da equipe gaúcha desde que o jejum de títulos foi encerrado, cinco meses atrás.
Em tempo:
- Com duas vitórias em dois jogos, o Grêmio tem seu melhor começo de campeonato na era dos pontos corridos. Há 21 anos o time não estreava com seis pontos em seis disputados. A última vez foi em 1996, ano do segundo título brasileiro - aquela campanha começou com vitórias sobre Criciúma e Bragantino.
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Campeonato Brasileiro 2017 - 2ª rodada
21/maio/2017
ATLÉTICO-PR 0 x GRÊMIO 2
Local: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP)
Público: 19.483
Renda: R$ 381.490,00
Gols: Luan 50 segundos e Barrios 13 do 2º
Cartão amarelo: Thiago Heleno, Wéverton, Barrios, Ramiro e Arthur
Expulsão: Marcelo Grohe 29 do 2º
ATLÉTICO-PR: Wéverton (5,5), Jonathan (5,5), Paulo André (5,5), Thiago Heleno (4,5) e Sidcley (5); Otávio (5,5), Rossetto (5,5) e Carlos Alberto (4,5) (Guilherme, 19 do 2º - 5); Nikão (5,5), Eduardo da Silva (4,5) (Grafite, 18 do 2º - 5,5) e Pablo (4,5) (Douglas Coutinho, 10 do 2º - 5). Técnico: Paulo Autuori
GRÊMIO: Marcelo Grohe (4,5), Léo Moura (6), Geromel (6,5), Kannemann (7) e Cortez (6); Michel (5,5), Arthur (6,5) (Rafael Thyere, 42 do 2º - sem nota), Ramiro (7), Luan (7) e Pedro Rocha (5,5) (Jaílson, 35 do 2º - sem nota); Barrios (6,5) (Léo, 31 do 2º - 6). Técnico: Renato Portaluppi
Foto: Marco Oliveira/Atlético-PR.
Comentários
O que falar do trio Luan, Ramiro e Barrios?
Mais uma vitória contra o patético. Assim, o Tricolor vai virar sócio.
Tube bem que o Marcelo errou, mas as críticas após o jogo mais uma vez foram exageradas. Quantas vezes ele salvou o Tricolor?
Se Portaluppi usa-se terno e fala-se um monte de termos enfeitados, como a grande mídia o trataria?