Apesar do ótimo jogo, Juventus e Torino têm motivos para deixarem o clássico frustrados
Juventus e Torino não têm muito do que reclamar na atual temporada. A Vecchia Signora lidera com folga o Campeonato Italiano e está à beira do inédito hexacampeonato nacional, além de ser quase finalista da Liga dos Campeões da Europa. Seu rival citadino faz uma boa e surpreendente temporada e tem no oportunista Belotti um dos artilheiros do Calcio, com 25 gols, e esperança de gols também para a seleção italiana para os próximos anos. Ambos fizeram um ótimo e disputadíssimo clássico ontem à noite, no Juventus Stadium. Mas tanto um como outro deixaram o dérbi frustrados.
A Juve sabia dos riscos que corria. De olho na semifinal europeia de terça, contra o Monaco, poupou Daniel Alves, Barzagli, Chiellini, Alex Sandro, Pjanic, Marchisio e Higuaín, mais de meio time que venceu os franceses por 2 a 0 na ida. Ainda assim, era uma equipe forte, com antigos titulares como o lateral Lichtsteiner, o volante Khedira e o meia Cuadrado a representá-la. A ideia era simples: vencer o Torino (algo que ocorrera em 11 dos 12 clássicos anteriores) e encaminhar de vez o título - talvez até conquistá-lo, dependendo de um tropeço da Roma para o Milan neste domingo.
Porém, mesmo dona de 33 vitórias consecutivas na Serie A em casa e 49 jogos de invencibilidade em seus domínios, a Juve sofreu para ingressar na área do Torino durante todo o primeiro tempo. Nunca foi um jogo como qualquer outro. No segundo, ainda saiu perdendo, num golaço de falta espetacular do meia Ljajic. Apesar da enorme vantagem no campeonato, via-se nos rostos dos torcedores da Juve o desespero - não pela perda do iminente título, mas por ver a série invicta e a incrível sequência de vitórias irem embora juntas, de uma vez, justamente para o arquirrival.
A expulsão do volante Acquah, aos 11 do segundo tempo, tendia a facilitar as coisas para a Juventus, mas a organização do Torino era implacável. Claro que a inferioridade numérica ajudou a equipe da casa a criar chances que no 11 contra 11 talvez não surgiriam, mas foi preciso que três titulares (Higuaín, Alex Sandro e Pjanic) entrassem em campo para que a pressão fosse realmente surtir efeito. O gol de empate só veio aos 46, num belo giro do centroavante argentino dentro da área. E ficou nisso.
Após o apito final do árbitro Paolo Valeri, os jogadores do Torino, em ato contínuo, caíram no chão, extenuados - e claramente frustrados com o empate cedido. A equipe não vencia a maior rival fora de casa desde 1995, nunca esteve tão perto de consegui-lo nestes 22 anos, e deixou escapar a possibilidade nos acréscimos. O resultado em nada muda sua vida no campeonato: 9º colocado, o Torino está longe das brigas por vagas continentais, e nunca esteve sequer perto de lutar para não cair. Já a Juventus, apesar do empate no fim, não comemorará o título hoje, e vê sua série de 33 vitórias seguidas em casa cair justamente no clássico. Ao menos segue há 50 jogos sem perder como mandante (a última derrota foi em agosto de 2015!), deve ser hexa semana que vem justamente contra a Roma e está à beira da final da Liga dos Campeões. Se reclamar, será de barriga mais que cheia.
Foto: Simone Ferraro/Torino.
A Juve sabia dos riscos que corria. De olho na semifinal europeia de terça, contra o Monaco, poupou Daniel Alves, Barzagli, Chiellini, Alex Sandro, Pjanic, Marchisio e Higuaín, mais de meio time que venceu os franceses por 2 a 0 na ida. Ainda assim, era uma equipe forte, com antigos titulares como o lateral Lichtsteiner, o volante Khedira e o meia Cuadrado a representá-la. A ideia era simples: vencer o Torino (algo que ocorrera em 11 dos 12 clássicos anteriores) e encaminhar de vez o título - talvez até conquistá-lo, dependendo de um tropeço da Roma para o Milan neste domingo.
Porém, mesmo dona de 33 vitórias consecutivas na Serie A em casa e 49 jogos de invencibilidade em seus domínios, a Juve sofreu para ingressar na área do Torino durante todo o primeiro tempo. Nunca foi um jogo como qualquer outro. No segundo, ainda saiu perdendo, num golaço de falta espetacular do meia Ljajic. Apesar da enorme vantagem no campeonato, via-se nos rostos dos torcedores da Juve o desespero - não pela perda do iminente título, mas por ver a série invicta e a incrível sequência de vitórias irem embora juntas, de uma vez, justamente para o arquirrival.
A expulsão do volante Acquah, aos 11 do segundo tempo, tendia a facilitar as coisas para a Juventus, mas a organização do Torino era implacável. Claro que a inferioridade numérica ajudou a equipe da casa a criar chances que no 11 contra 11 talvez não surgiriam, mas foi preciso que três titulares (Higuaín, Alex Sandro e Pjanic) entrassem em campo para que a pressão fosse realmente surtir efeito. O gol de empate só veio aos 46, num belo giro do centroavante argentino dentro da área. E ficou nisso.
Após o apito final do árbitro Paolo Valeri, os jogadores do Torino, em ato contínuo, caíram no chão, extenuados - e claramente frustrados com o empate cedido. A equipe não vencia a maior rival fora de casa desde 1995, nunca esteve tão perto de consegui-lo nestes 22 anos, e deixou escapar a possibilidade nos acréscimos. O resultado em nada muda sua vida no campeonato: 9º colocado, o Torino está longe das brigas por vagas continentais, e nunca esteve sequer perto de lutar para não cair. Já a Juventus, apesar do empate no fim, não comemorará o título hoje, e vê sua série de 33 vitórias seguidas em casa cair justamente no clássico. Ao menos segue há 50 jogos sem perder como mandante (a última derrota foi em agosto de 2015!), deve ser hexa semana que vem justamente contra a Roma e está à beira da final da Liga dos Campeões. Se reclamar, será de barriga mais que cheia.
Foto: Simone Ferraro/Torino.
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