15 anos depois, Inter reencontra o Paysandu em Belém num jogo cheio de simbolismo

O dia 17 de novembro de 2002 ficou marcado como um dos mais dramáticos da história do Internacional. A equipe chegou a Belém praticamente rebaixada: precisava vencer aquele que é considerado por muitos o melhor Paysandu de todos os tempos, no Mangueirão com 40 mil pessoas apoiando, e torcer por fracassos de pelo menos dois adversários em jogos paralelos para escapar do seu primeiro rebaixamento à Série B. Teve concentração antecipada, briga no vestiário, mas tudo deu certo.

A vitória por 2 a 0 foi comemorada como título. Evitar a inédita queda à segunda divisão eternizou o logo depois falecido Mahicon Librelato, autor do primeiro gol, na história do clube. E iniciou o período mais fértil de títulos que o Inter já viveu: nomes como Clemer, líder daquele grupo (e de todos os elencos daquela década), e do então presidente Fernando Carvalho começaram a entrar para a história colorada a partir daquele jogo.

A contratação do técnico Muricy Ramalho foi a primeira medida tomada em 2003. Apostar na base foi a segunda. Os frutos vieram logo: a vitória de virada num Gre-Nal pelo Gauchão, três meses depois, encerraria um jejum de 13 clássicos sem vencer o Grêmio e iniciaria de vez um período extremamente vitorioso, a ponto de Carvalho lançar um livro chamado "De Belém a Yokohama", contando desde a saída do inferno diante do Paysandu à glória de bater o Barcelona no Mundial Interclubes em um período de quatro anos.

O que poucos imaginavam é que, dez anos mais tarde, seriam os próprios Fernando Carvalho e Vitório Piffero, desta vez em posições invertidas às de 2006 no futebol do clube, que comandariam o Internacional no pior ano de sua história. O rebaixamento que não veio 15 anos atrás chegou a ameaçar o clube em 2013, e veio para ficar em 2016. E logo no terceiro jogo da longa caminhada que terá na Série B deste ano, o Inter reencontra o Paysandu, no mesmo Mangueirão de novembro de 2002. Um jogo cheio de simbolismo, portanto. E que não tende a ser fácil: o Papão, em dois jogos, tem os mesmos 4 pontos do Colorado.

A fase atual, claro, não é das melhores. Com uma vitória nos últimos sete jogos, o Inter precisa da vitória. Antônio Carlos precisa mais que qualquer um: um resultado ruim talvez o deixe em situação de ameaça no cargo. Criar não será fácil: outrora cheio de articuladores, o Inter recentemente liberou Valdívia para o Atlético Mineiro e terá de preservar D'Alessandro para tê-lo quarta, contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil. Por isso mesmo, aposto em Roberson, mais meia que Marcelo Cirino, como titular ao lado de Nico López e William Pottker no setor ofensivo.

Sábado de clássicos na Série A
Dois clássicos movimentam o sábado de Campeonato Brasileiro. Às 16h, Vasco e Fluminense se enfrentam em São Januário. Às 19h, é a vez de São Paulo x Palmeiras, no Morumbi. A rodada de sábado tem ainda Vitória x Coritiba, às 21h, na Fonte Nova.

Copas nacionais europeias definem campeões
Se o fim de semana foi decisivo nos campeonatos nacionais da Europa, neste é a vez de as copas nacionais serem decididas. Angers e PSG decidem na França, Barcelona e Alavés na Espanha, Eintracht Frankfurt e Borussia Dortmund na Alemanha, Benfica e Vitória de Guimarães em Portugal. O destaque maior, porém, é Arsenal x Chelsea, às 13h30, em Wembley. Por aqui, Racing x San Lorenzo, às 21h15, é o grande destaque, pelo Campeonato Argentino.

Comentários

CHICO disse…
DE YOKOHAMA A BELÉM

SERÁ QUE VAI TER MALA PRETA DE NOVO?