"Nana-neném" do segundo tempo quase estraga atuação perfeita e serve de alerta ao Grêmio
Três gols muito bem construídos, atuações individuais brilhantes, conjunto funcionando de forma exemplar e alta intensidade com e sem a bola nos pés. O primeiro tempo do Grêmio diante do Deportes Iquique foi algo realmente próximo da perfeição. Em 27 minutos o time de Renato Portaluppi fez 3 a 0 e matou o jogo. Tanto matou que, mesmo com a queda brusca nos 45 finais, fez o suficiente para ainda assim vencer e manter a liderança do Grupo 8 da Libertadores.
O jogo de ontem reuniu os dois Grêmios que vimos em 2017. O do primeiro tempo é o dos últimos quatro jogos. Nas últimas três partidas que fez na Arena, o Tricolor foi para o intervalo vencendo por 3 a 0. Renato não exagera quando diz que foi uma aula de futebol. A atuação foi realmente de encher os olhos, digna de quem parece habilitada a brigar pelo título da competição mais importante do continente. Marcando forte, o Grêmio jamais deu qualquer chance ao contra-ataque do habilidoso time chileno. Na frente, por sua vez, foi letal: abria espaços com suas rápidas trocas de passe, ao mesmo tempo que era vertical quando eles surgiam.
No segundo tempo, por outro lado, se viu o Grêmio no modo economia de energia que perdurou até meados de março. Foi algo bem semelhante ao que ocorreu no Gre-Nal de 40 dias atrás: a equipe voltou desconcentrada do intervalo, tomou dois gols e, ao acordar, foi para cima e conseguiu evitar o pior. É uma demonstração de qualidade importante: depois que sofreu o segundo gol, o Grêmio voltou para o jogo e não deixou os chilenos criarem mais nenhuma situação clara de marcar. O filme de terror que se instalou na Arena se devia bem mais à diferença mínima do placar que a uma suposta pressão do time visitante.
A questão é que, na Libertadores, este tipo de postura não será perdoada. Diante do Zamora, o Grêmio entrou desconcentrado, teve a sorte de não sair perdendo e, ao "entrar" no jogo, o definiu rapidamente. Ontem, o que tinha pinta de goleada histórica virou drama e entra para os anais como um resultado desnecessariamente apertado. Já contra o Guaraní, em Assunção, estes vacilos deverão custar uma derrota. É preciso atentar para isso antes que um mau resultado aconteça. A intensidade e a concentração são necessidades por 90 minutos.
É por isso que Renato tem toda razão ao cobrar dos seus jogadores o lapso que acometeu o Grêmio durante o segundo tempo. Ainda assim, o "nana-neném" serve também para desviar o foco das substituições que ele próprio fez e coincidiram com uma piora da equipe. Os dois gols sofridos pelo Tricolor ocorreram sem Léo Moura e com Michel - uma troca que ocorrerá várias vezes durante o ano. No entanto, cabe lembrar que o Iquique já estava gostando do jogo e ameaçando Marcelo Grohe antes mesmo desta mexida. A saída de Maicon para a entrada de Fernandinho, sim, é que piorou a mecânica do meio-campo. Não resultou em gol adversário porque o Grêmio já estava ligado de novo, mas ocorreu em um momento conturbado do jogo e foi um risco desnecessário.
Vale ressaltar: apesar de pequeno, o Iquique é um time técnico, que não lidera o Campeonato Chileno à toa. Marcou mal, mas tem suas qualidades também: mostra boas trocas de passes e raramente apela para chutões. Está muito mal por ter perdido em casa para o Guaraní, mas convém não descartá-lo da briga pela classificação. O Grêmio o visitará daqui três semanas, provavelmente com a classificação já encaminhada, no deserto do Atacama.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio.
O jogo de ontem reuniu os dois Grêmios que vimos em 2017. O do primeiro tempo é o dos últimos quatro jogos. Nas últimas três partidas que fez na Arena, o Tricolor foi para o intervalo vencendo por 3 a 0. Renato não exagera quando diz que foi uma aula de futebol. A atuação foi realmente de encher os olhos, digna de quem parece habilitada a brigar pelo título da competição mais importante do continente. Marcando forte, o Grêmio jamais deu qualquer chance ao contra-ataque do habilidoso time chileno. Na frente, por sua vez, foi letal: abria espaços com suas rápidas trocas de passe, ao mesmo tempo que era vertical quando eles surgiam.
No segundo tempo, por outro lado, se viu o Grêmio no modo economia de energia que perdurou até meados de março. Foi algo bem semelhante ao que ocorreu no Gre-Nal de 40 dias atrás: a equipe voltou desconcentrada do intervalo, tomou dois gols e, ao acordar, foi para cima e conseguiu evitar o pior. É uma demonstração de qualidade importante: depois que sofreu o segundo gol, o Grêmio voltou para o jogo e não deixou os chilenos criarem mais nenhuma situação clara de marcar. O filme de terror que se instalou na Arena se devia bem mais à diferença mínima do placar que a uma suposta pressão do time visitante.
A questão é que, na Libertadores, este tipo de postura não será perdoada. Diante do Zamora, o Grêmio entrou desconcentrado, teve a sorte de não sair perdendo e, ao "entrar" no jogo, o definiu rapidamente. Ontem, o que tinha pinta de goleada histórica virou drama e entra para os anais como um resultado desnecessariamente apertado. Já contra o Guaraní, em Assunção, estes vacilos deverão custar uma derrota. É preciso atentar para isso antes que um mau resultado aconteça. A intensidade e a concentração são necessidades por 90 minutos.
É por isso que Renato tem toda razão ao cobrar dos seus jogadores o lapso que acometeu o Grêmio durante o segundo tempo. Ainda assim, o "nana-neném" serve também para desviar o foco das substituições que ele próprio fez e coincidiram com uma piora da equipe. Os dois gols sofridos pelo Tricolor ocorreram sem Léo Moura e com Michel - uma troca que ocorrerá várias vezes durante o ano. No entanto, cabe lembrar que o Iquique já estava gostando do jogo e ameaçando Marcelo Grohe antes mesmo desta mexida. A saída de Maicon para a entrada de Fernandinho, sim, é que piorou a mecânica do meio-campo. Não resultou em gol adversário porque o Grêmio já estava ligado de novo, mas ocorreu em um momento conturbado do jogo e foi um risco desnecessário.
Vale ressaltar: apesar de pequeno, o Iquique é um time técnico, que não lidera o Campeonato Chileno à toa. Marcou mal, mas tem suas qualidades também: mostra boas trocas de passes e raramente apela para chutões. Está muito mal por ter perdido em casa para o Guaraní, mas convém não descartá-lo da briga pela classificação. O Grêmio o visitará daqui três semanas, provavelmente com a classificação já encaminhada, no deserto do Atacama.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio.
Comentários
Luan espetacular. Rocha continua perdendo golos