Mesmo recuando demais no fim, Cruzeiro volta a mostrar mais organização que o Atlético
Exatos dois meses depois do clássico que abriu a temporada, Cruzeiro e Atlético Mineiro chegaram ao mesmo Mineirão do dia 1º de fevereiro mais encorpados. O time estrelado ainda não tinha estreado nomes como o meia Thiago Neves, sua principal contratação da temporada. Já o Galo atuara naquele clássico ainda mais desfigurado, sem Elias, Robinho e Fred, por exemplo. O time de Roger Machado encorpou neste período de 60 dias, chegou ao jogão de hoje com 100% de aproveitamento em nove jogos no Campeonato Mineiro, mas, na hora do duelo com o rival, acabou novamente sucumbindo à melhor mecânica dos comandados de Mano Menezes.
Depois de dominar o maior confronto de Minas Gerais entre 2013 e 2015, o Atlético vive uma seca que já é de incômodos sete jogos sem vencer seu rival. A boa fase do Cruzeiro é tanta no clássico que o de hoje já começou 1 a 0: Thiago Neves fez seu primeiro gol pela equipe azul, em lance que lembrou o que decidiu o jogo de dois meses atrás, com falha do goleiro Giovanni. Uma ótima jogada coletiva, com destaque para a excelente subida do lateral Diogo Barbosa. Para quem já não vem bem em clássicos, sair perdendo logo de cara é um baque.
Desta vez, ao contrário do primeiro confronto do ano, quando não criou praticamente nada de perigoso ao longo da partida, o Galo chegou com um poderio ofensivo de respeito, com 24 gols em nove jogos no estadual até então. Sabendo disso, Mano Menezes organizou o Cruzeiro de tal forma que os espaços simplesmente inexistiam. A vantagem no começo do jogo facilitou a tarefa de jogar especulando contra-ataques, e o Atlético aos poucos foi perdendo a paciência com a falta de espaços e alternativas. A expulsão de Fred aos 25, por soco em Manoel, simboliza isso, e, claro, piorou bastante as coisas.
Sempre mais perigoso quando tinha a bola nos pés, o Cruzeiro tomou conta do jogo, e perdeu ao menos três boas oportunidades de ampliar antes do intervalo. Roger não esperou o meio-tempo para colocar Luan no lugar de Cazares e recompor a meia-cancha atleticana, mas o máximo que o Galo conseguiu foi voltar para o segundo tempo em equilíbrio com o rival, nunca realmente perto de empatar. Para piorar, sofreu o 2 a 0, em mais um gol de Arrascaeta, o maior algoz do Atlético nos últimos dois anos em clássicos.
O único pecado do time de Mano Menezes foi baixar demais o ritmo nos minutos finais. Sentindo que a goleada era possível, a torcida estrelada pedia "mais um" gol para matar o jogo, mas a equipe resolveu trocar passes com calma e administrar a enorme vantagem em vez de seguir em tom acelerado. Isso permitiu ao Atlético, na base do tudo ou nada, vir para cima, diminuir com um gol de Elias, e, até mesmo, dar seus sustos nos acréscimos. A vitória, porém, foi mais que justa. Mais do que hegemônico na atualidade do clássico mineiro, o Cruzeiro foi, novamente, mais consistente que o Atlético na hora do confronto direto. A campanha invicta em 2017 é a prova disso.
Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro.
Depois de dominar o maior confronto de Minas Gerais entre 2013 e 2015, o Atlético vive uma seca que já é de incômodos sete jogos sem vencer seu rival. A boa fase do Cruzeiro é tanta no clássico que o de hoje já começou 1 a 0: Thiago Neves fez seu primeiro gol pela equipe azul, em lance que lembrou o que decidiu o jogo de dois meses atrás, com falha do goleiro Giovanni. Uma ótima jogada coletiva, com destaque para a excelente subida do lateral Diogo Barbosa. Para quem já não vem bem em clássicos, sair perdendo logo de cara é um baque.
Desta vez, ao contrário do primeiro confronto do ano, quando não criou praticamente nada de perigoso ao longo da partida, o Galo chegou com um poderio ofensivo de respeito, com 24 gols em nove jogos no estadual até então. Sabendo disso, Mano Menezes organizou o Cruzeiro de tal forma que os espaços simplesmente inexistiam. A vantagem no começo do jogo facilitou a tarefa de jogar especulando contra-ataques, e o Atlético aos poucos foi perdendo a paciência com a falta de espaços e alternativas. A expulsão de Fred aos 25, por soco em Manoel, simboliza isso, e, claro, piorou bastante as coisas.
Sempre mais perigoso quando tinha a bola nos pés, o Cruzeiro tomou conta do jogo, e perdeu ao menos três boas oportunidades de ampliar antes do intervalo. Roger não esperou o meio-tempo para colocar Luan no lugar de Cazares e recompor a meia-cancha atleticana, mas o máximo que o Galo conseguiu foi voltar para o segundo tempo em equilíbrio com o rival, nunca realmente perto de empatar. Para piorar, sofreu o 2 a 0, em mais um gol de Arrascaeta, o maior algoz do Atlético nos últimos dois anos em clássicos.
O único pecado do time de Mano Menezes foi baixar demais o ritmo nos minutos finais. Sentindo que a goleada era possível, a torcida estrelada pedia "mais um" gol para matar o jogo, mas a equipe resolveu trocar passes com calma e administrar a enorme vantagem em vez de seguir em tom acelerado. Isso permitiu ao Atlético, na base do tudo ou nada, vir para cima, diminuir com um gol de Elias, e, até mesmo, dar seus sustos nos acréscimos. A vitória, porém, foi mais que justa. Mais do que hegemônico na atualidade do clássico mineiro, o Cruzeiro foi, novamente, mais consistente que o Atlético na hora do confronto direto. A campanha invicta em 2017 é a prova disso.
Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro.
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