A juventude do Fluminense sobrou diante do desorganizado e envelhecido Vasco
Douglas ganha de Martín Silva no lance do primeiro gol do Flu |
O contraste entre juventude e experiência já era esperado no clássico de abertura do Campeonato Carioca. Os dois meios de campo deram a tônica: enquanto o setor vascaíno tinha média de idade de 34 anos, o tricolor era 12 anos mais novo. Os veteranos tentaram se impor no começo do jogo, mas logo a dinâmica movediça de Sornoza, Gustavo Scarpa e Wellington passou a dominar as ações.
Mal organizado, o Vasco mostrou a mesma vulnerabilidade defensiva apresentada na goleada sofrida para o Corinthians, no Torneio da Flórida. Com os setores espaçados e apresentando extrema dificuldade de recomposição, o time de Cristóvão Borges foi presa fácil, com seus zagueiros constantemente no mano a mano ou até em inferioridade numérica aos adversários nos contragolpes. Os dois primeiros gols do Flu vieram em sequência, aos 21 e 26 minutos, ambos em jogadas de Sornoza e Henrique Dourado.
No segundo tempo, Cristóvão tentou mexer rejuvenescendo as pontas. As saídas de Escudero e Éder Luís para entradas de Guilherme Costa e Éderson reequilibraram o jogo por darem mais ímpeto ao Vasco. A inconsistência tática, porém, seguia a mesma. Assim, coube ao Flu suportar a pressão dos 15 minutos iniciais para tentar matar o jogo no contra-ataque. Mesmo desperdiçando pelo menos três chances claras, o time de Abelão conseguiu o que queria aos 38, com Marcos Júnior, após jogada de Gustavo Scarpa - ambos tinham somente um zagueiro vascaíno pela frente. No fim, com mais duas oportunidades perdidas, o 3 a 0 ficou barato para os cruz-maltinos.
É cedo demais para elogiarmos este novo Fluminense (embora Sornoza e Orejuela pareçam de cara ótimos acréscimos), mas não para criticarmos o velho Vasco. Em decadência desde a metade da Série B do ano passado, o Gigante da Colina terá ainda muito trabalho pela frente se não quiser entrar mais uma vez como candidato ao rebaixamento. É preciso urgentemente uma renovação e uma oxigenação no time titular - a experiência ajudou em 2016, mas custará caro se houver insistência nela este ano.
Foto: Nelson Perez/Fluminense.
Comentários
já o vasco, coitado, dependendo de éder luiz e escudero, tá num mato sem cachorro.