Facilidade apenas na aparência

Jaílson, Fabiano, Edu Dracena, Thiago Martins, Egídio, Thiago Santos, Gabriel, Cleiton Xavier, Allione, Gabriel Jesus e Rafael Marques formam um dos melhores times mistos que este país já viu nos últimos tempos. Cuca levará a campo poucos titulares para a decisão de hoje contra o Grêmio, mas, com estes nomes em cancha, certamente manterá o nível técnico. A questão é saber como se comportará o coletivo: o Palmeiras 2016 é menos badalado que o do ano passado em termos de titularidade, mas vai bem melhor o que da última temporada justamente pela consistência tática apresentada. E times reservas não costumam apresentar esta consistência tão importante.

Não será uma equipe tão veloz pelas ausências de nomes como Tchê Tchê, Roger Guedes e Dudu, que dão agilidade à equipe. Haverá, sim, maior robustez física com Rafael Marques, por exemplo. Mas nada sugere facilidades ao Grêmio, e isso é o que mais importa na análise pré-jogo: a vantagem gaúcha existe, mas não é grande. E o Allianz Parque é onde o time paulista costuma reverter quadros negativos, como na final da Copa do Brasil do ano passado, por exemplo.

A maior vantagem tricolor, aliás, diz justamente respeito a isso. Em 2015, o Palmeiras não era o melhor time da Copa do Brasil, mas era o mais a fim de ganhá-la. Mais ou menos como o Grêmio agora: sedento por um título, o time gaúcho é o único que chegou a pôr reservas no Brasileiro por priorizar o mata-mata. Chega muito disposto a eliminar o Palmeiras, e a partida de ida, quando foi extremamente dedicado e bem superior em campo, mostrou bem isso.

Em relação ao jogo de 20 dias atrás, a mudança é a entrada de Maicon no lugar de Jaílson. Entra uma característica de mais qualidade no toque e armação, mas se perde um pouco de vitalidade na chegada à frente, o que pode ser importante para quem jogará especulando. Mas ter um nome experimentado ao invés de um jovem também tem enormes vantagens. Porque a noite não será fácil, venha o Palmeiras com quem vier.

Em casa, mas ainda mais difícil
O Internacional jogará em casa, e contra um adversário não tão poderoso como o líder do Brasileirão. Mas, mesmo assim, enfrentará os titulares do Santos. Dorival Júnior cogitou uma escalação mista, mas recuou: vai com o que tem de melhor. E o Colorado, por sua vez, não terá nomes como Ceará, Paulão, Rodrigo Dourado, Seijas, Valdívia e, principalmente, Vitinho, que sozinho é quase meio time atualmente.

A classificação para as semifinais, com tudo isso e mais esta chuva incessante de Porto Alegre, é improvável. E não há como condenar o Inter: a prioridade tem de ser mesmo escapar do rebaixamento. Se der para passar na Copa do Brasil, melhor. Mas, em situação dificílima na principal competição e tendo um Gre-Nal pela frente no domingo, poupar forças é algo natural.

Nos demais jogos, todo mundo com força máxima. Longe do título, o Atlético-MG visita o Juventude vendo na Copa do Brasil sua única chance real de título na temporada. Já em Belo Horizonte, o Cruzeiro, um pouco mais tranquilo no Brasileiro, recebe o Corinthians, disposto a ganhar a Copa do Brasil por também não ter possibilidades de conquista nos pontos corridos.

Comentários

Chico disse…
Guerra esta noite.