A sétima Copa do Mundo seguida do Inter

Não dá para dizer de novo que o Internacional inicia uma Copa do Mundo particular hoje. Na verdade, ela já está sendo disputada desde que o time perdeu em casa para o Vitória e adentrou a zona de rebaixamento para, até agora, não sair mais dela. Isso já faz um mês. Desde então, a sensação de inferno é permanente no Beira-Rio. Pelo sétimo jogo seguido será assim.

O confronto de hoje com o Flamengo marca um período tido, por todos que acompanham a vida vermelha no Brasileirão, como o mais crítico: cinco dos oito jogos são contra equipes fortes, e quatro deles fora de casa. O empate hoje no Beira-Rio poderia até ser um resultado razoável, mas a derrota para o Botafogo impede este raciocínio: o Inter já perdeu pontos demais, e deve permanecer no Z-4 se não ganhar hoje. Jogaria o Gre-Nal na Arena entre os quatro últimos, um cenário absolutamente terrível.

A tarde promete ser difícil. O Flamengo vem embaladíssimo e, mesmo diante de um Beira-Rio lotado, tem o favoritismo. Alguns podem comparar esta partida à de 1999, contra o Palmeiras, pela situação e disparidade de forças, mas é bem diferente: 17 anos atrás, o então campeão da América veio a Porto Alegre com pouca coisa a disputar no Brasileiro e de olho no Mundial contra o Manchester United. Agora, o Fla está numa disputa equilibradíssima de título com o Atlético e o próprio Palmeiras. Precisa dos três pontos no Beira-Rio, e tem qualidade e inteligência de sobra para consegui-los.

Nesta rodada, aliás, o Verdão viverá situação semelhante. Encara o ainda mais desesperado Figueirense, em Florianópolis. A pressão será menor que a que o Flamengo sofrerá no Beira-Rio, o que sugere uma chance de vitória ainda maior para os paulistas. Este é o tamanho da bomba que o Inter tem em mãos. Um resultado positivo, claro, pode mudar todo o astral e a lógica dos últimos quatro meses. Mas não é exatamente o resultado mais provável. Quem não aproveitou jogos mais fáceis acaba pagando um preço alto, mesmo.

Comentários