A necessidade de encostar

Não interessa que o jogo seja fora de casa e que o Grêmio não terá Marcelo Grohe, Geromel e Miller Bolaños, todos convocados por suas respectivas seleções. A necessidade de vencer o Botafogo na Ilha do Governador é imperiosa para o Tricolor Gaúcho se o objetivo for de fato o de ser campeão brasileiro. Um empate deixará o time de Roger Machado no G-4, mas ninguém no Humaitá aguenta mais esse discurso de se contentar com vaga na Libertadores. O importante é conquistar uma taça, encerrar o longo jejum de títulos, e aí só a vitória, que aproximaria o time da vice-liderança, é que interessa.

O esquema proposto deve ser o mesmo das últimas duas partidas, nas quais o time teve bom rendimento: o 4-3-1-2, com um volante preso, dois apoiadores, Douglas entre a linha de meio e ataque, com Luan e mais um homem à frente. Henrique Almeida, porém, não é Bolaños: não sabe voltar para armar jogo, é basicamente um chuta-chuta. Possivelmente aí esteja um problema. Se não jogar coletivamente, e raramente fez isso desde que chegou, atrasará as ações ofensivas do time.

O Botafogo é um time bem arrumado, mas fraco, e vem pressionado. Levar 5 a 2 em casa do Cruzeiro pela Copa do Brasil é um duro golpe, e o Tricolor precisa saber aproveitá-lo, jogando com imposição, levando o time carioca a cometer erros e, principalmente, matando o jogo quando tiver a chance. O grande problema gremista de 2016 tem sido converter as inúmeras oportunidades criadas em gols marcados. No primeiro semestre, o time gaúcho chegou a ter, por alguns meses, o melhor ataque do futebol brasileiro. Hoje, dos seis primeiros, só tem mais gols feitos que Flamengo e Corinthians, e está bem atrás de Palmeiras, Atlético-MG e Santos.

É preciso, portanto, mais eficiência. O Grêmio foi muito bem diante de Atlético-PR e Atlético-MG com esta formação, mas o tropeço diante do Galo, no fim do jogo, tornou obrigatórios os seis pontos diante de Botafogo e Coritiba, ambos fora de casa, se a pretensão é realmente de título, mesmo que três selecionáveis não estejam presentes. É o preço que se paga não por não ter vencido o Galo, mas também, e principalmente, por conta de pontos infames ocorridos no meio do caminho, como diante de Vitória, América-MG e Santa Cruz, por exemplo.

O Vasco já está em crise
Cinco jogos sem vencer na Série B configura uma crise. O favorito e ainda líder Vasco precisa se cuidar: levou 1 a 0 do Bahia (7º, 35) na Fonte Nova e segue com seus 41 pontos. Se na próxima rodada der tudo errado, o time já poderá inclusive sair do G-4. Hoje será preciso secar o Ceará (5º, 37) diante do Avaí (14º, 29) no Castelão, tarefa ingrata.

Em tempo:
- Decepcionante partida do Juventude (6º, 24). Fora de casa, levou 3 a 0 da Tombense (4º, 26) e viu minguarem bastante suas chances de chegar ao mata-mata na Série C. Hoje, o Ypiranga (3º, 26) tem duelo decisivo com o Mogi Mirim (7º, 21), no Colosso da Lagoa. Já a Portuguesa (9º, 11) precisa vencer o Boa Esporte (5º, 26) para fugir da zona de rebaixamento para a quarta divisão.

- O Volta Redonda é o primeiro time promovido à Série C. Fez 2 a 1 no Fluminense-BA e carimbou sua vaga. Hoje se definem os outros três classificados para a terceira divisão. Atlético-AC, CSA e São Bento estão em vantagem contra Moto Club, Ituano e Itabaiana.

- Começam hoje as eliminatórias europeias para 2018. Destaque para Noruega x Alemanha e Eslováquia x Inglaterra.

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