Vacilos custam caro a Palmeiras e Grêmio

Botafogo comemora, Palmeiras tropeça: 3 a 1 no Rio de Janeiro
Todos os principais times do Campeonato Brasileiro enfrentaram adversários fracos ou em crise na rodada deste final de semana. Dos seis clubes, quatro aproveitaram a situação: Corinthians, Santos, Flamengo e Atlético-MG. Palmeiras e Grêmio tropeçaram. Por isso, acabaram ficando para trás.

O equilíbrio é intenso: a briga, que já era boa com os três paulistas e o Tricolor Gaúcho, ganhou ainda o Atlético-MG e o Flamengo. Os seis primeiros colocados estão separados por apenas quatro pontos. E o Atlético-PR (7º, 27), outro que tropeçou ao levar 2 a 0 do Sport, vem logo atrás, perto do G-4 também.

Rio de Janeiro: com bela atuação de Neílton, autor de dois gols, o Botafogo (14º, 20) obteve um ótimo resultado na Ilha do Governador. A vitória por 3 a 1 tira o time carioca das proximidades do descenso e faz o Palmeiras cair da liderança para o 3º lugar, estacionado nos 32 pontos há duas rodadas. Camilo e Erik completaram o placar, para pouco mais de 8 mil torcedores no Luso-Brasileiro.

Santos: na reestreia de Mano Menezes, o Cruzeiro (19º, 15) segurou o Santos (2º, 32) por pouco mais de 60 minutos, mas depois caiu novamente, com direito a gol contra do lateral Lucas, após Vítor Bueno abrir o placar. A situação da Raposa é dramática: quatro pontos atrás do 16º colocado, deverá terminar o turno na zona de rebaixamento. Já o Peixe pula dois postos e cola na liderança, para alegria dos quase 14 mil torcedores que lotaram a Vila Belmiro.

Belo Horizonte: depois de vencer o São Paulo com autoridade na semana passada, o Grêmio (4º, 31) voltou a decepcionar fora de casa. Ficou no 0 a 0 com o lanterninha América-MG (20º, 9), que não pontuava há seis rodadas e levou goleada do Fortaleza (que joga a Série C), quinta, pela Copa do Brasil. O 0 a 0, diga-se, até poderia ter sido uma derrota, dado o mau futebol do time gaúcho, que perdeu a chance de dividir a liderança com o Corinthians. Menos de 2 mil pessoas viram o fraquíssimo jogo no Independência.

Curitiba: o Flamengo (5º, 30) confirmou a boa fase e chega a 10 pontos somados dos últimos 12 que disputou. A vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba (17º, 18) veio com autoridade, gols de Guerrero e Marcelo Cirino, e colou os cariocas no G-4, a três pontos da primeira posição. Já o Coxa volta para a zona de rebaixamento. 18 mil pessoas no Couto Pereira.

Mesquita: depois de patrolar o Figueirense pela Copa do Brasil, a Ponte Preta (8º, 24) decepcionou e foi amplamente dominada pelo Fluminense (9º, 24), que chegou aos 3 a 0 com facilidade. Cícero (2) e Wellington marcaram os gols. Quase 10 mil pessoas foram ao Giulite Coutinho.

São Paulo: diante de 55 mil torcedores no Morumbi, maior público do campeonato, o São Paulo (10º, 23) decepcionou no outro jogo do domingo pela manhã. Em 11 minutos, já tomava 2 a 0 da Chapecoense (11º, 23), gols de Kempes e Thiego. Na estreia do argentino Chávez, porém, quem brilhou foi o peruano Cueva, que evitou o pior e fez os dois gols tricolores no empate em 2 a 2.

Turbinada pela multidão do Morumbi, a rodada deste final de semana teve média de 18.443 torcedores por partida, a segunda melhor do ano até agora.

Juventude no G-4, Caxias eliminado
Com uma boa vitória de 4 a 0 sobre o lanterna Guaratinguetá, o Juventude entrou no G-4 de seu grupo na Série C, com 18 pontos, dois a mais que Tombense e Mogi Mirim, seus perseguidores mais próximos. Já o Ypiranga perdeu para o Botafogo-SP por 1 a 0 e segue em 7º, com 14. A liderança é folgada do Guarani, que tem 24. Na Série D, o Caxias ficou no 0 a 0 com o Inter de Lages, fora de casa, e está eliminado. Era o único gaúcho ainda vivo na competição.

Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo.

Comentários

Anônimo disse…
Queria saber de tática para entender como o time vai de 13 chances a gol contra o São Paulo pra aquilo que foi ontem com um semana inteira para treinar. E os próprios jogadores reconheceram os pontos perdidos nas entrevistas pós-jogo. Não acho que tenha faltado vontade, mas foi uma falta de criatividade absurda.

Vicente Fonseca disse…
Não consegui assistir direito ao jogo, estava em trânsito no aeroporto. Mas, pelo que já li e pude ver após a partida, me parece que rolou algo do tipo "o gol vai sair naturalmente, é só jogar", e sabemos que não é assim. É desta forma que se perde um campeonato, por sinal.
Sobre jogar mal de vez em quando fora, eu entendo. Corinthians era assim fora de casa ano passado. Ia mal frequentemente, mas conseguia um gol, levava os 3 pontos e se mantinha na liderança.

A questão é que a postura do time fora é a mesma sempre, e nunca te dá esperanças de que a bola vai entrar, o que faz todo mundo perceber que a atitude em casa é uma e fora é outra, independentemente contra quem estamos jogando.

No ano, tirando o Gauchão, que não é parâmetro pra nada, acho que só em 3 jogos o Grêmio foi bem atuando como visitante: LDU, Corinthians e Atlético-MG. É pouco para quem quer estabelecer um padrão de jogo vistoso, de toques rápidos e criando chances de gol a rodo.

É preciso ver isso caso se queira tornar reais as chances de título.
Vicente Fonseca disse…
Na verdade, acho que falta é equilíbrio. Discordo da ideia de que o Grêmio sempre se acovarda fora de casa. Não é verdade: o time marcou dois ou três gols longe da Arena contra Atlético-MG, Palmeiras, Chapecoense e Sport. O problema é que, tirando o jogo com o Galo, só ganhou um desses quatro confrontos. Ou toma e faz gols demais, ou não toma e não faz. O que eu concordo, claro, é que precisa melhorar esse aproveitamento fora para ser campeão. Os 37% atuais são pouco, dariam 21 pontos apenas. Precisaria de uns 50 em Porto Alegre, pelo menos, para configurar campanha de título.
Nesse jogos que tu citou, sempre que o time buscou a vantagem perdeu na sequência, rapidamente, com uma saraivada de gols tomados. Contra o Palmeiras, foi de um 2x1 pra um 3x4. Contra a Chapecoense, foi de um 2x1 pra um 3x3. Contra o Sport, foi de um 0x2 pra 2x2 e na sequencia pra 2x4.

Some isso aos desempenhos fracos como o de ontem ou contra o Atlético-PR, e a pressão tomada no segundo tempo do Gre-Nal.

Se isso não for falta de atenção e instabilidade longe da Arena, não sei o que é.
Vicente Fonseca disse…
Isso com certeza, falta de atenção e instabilidade. É isso que eu chamo de desequilíbrio. Só não acho que seja covardia, como alguns andam dizendo. O que vejo é cobertor curto - quando ataca, fica vulnerável atrás e toma essa saraivada de gols aí que tu citou, aí no outro jogo só sai na boa, mesmo que diante do lanterna da competição, aí no seguinte se atira de novo e toma gols atrás, e assim por diante, num círculo vicioso.

Não vejo o Grêmio num 2009/2, mas o desempenho é insuficiente para título longe da Arena. Por sorte, a maioria dos desempenhos de visitantes, mesmo o dos melhores times do campeonato, tem sido ruim também. O Flamengo é que me parece o mais consistente fora de casa, mas em compensação, como mandante (não tem casa em 2016), tem falhado além do que deve. Campeonato muito em aberto.
Chico disse…
Uma semana inteira para jogar um futebol ridículo! E, assim, não vamos ganhar nada mais uma vez.

A contratação de Ceará pelo cúlorado é "uma ilusão de 10 segundos".