Os 11 dias mais longos do ano vermelho

Ariel perdeu gol feito: lance fez falta para o Inter em Recife
O Inter chegou a Recife falando que o empate era para ser comemorado, mas o 1 a 1 com o Sport (12º, 27) foi altamente frustrante pelas circunstâncias. Como diante do São Paulo, o time gaúcho foi brindado com um pênalti duvidoso a seu favor. Desta vez o aproveitou com Seijas, e ficou com o jogo à feição. Defendeu-se com competência na maior parte do tempo, fez de tudo para segurar o resultado, mas cedeu o gol de empate aos 44 do segundo tempo. O gol da Chapecoense e o erro de Valdívia no pênalti da rodada passada também ocorreram na fase terminal do jogo.

Resultado muito frustrante pelas circunstâncias, mas é bom lembrar que o Internacional (17º, 24) não tem jogado o suficiente para não ser um dos quatro piores times do campeonato. Ao contrário: rodada após rodada o Colorado tem caído na tabela, a ponto de hoje, finalmente, ter entrado na zona de rebaixamento - algo que até surpreende pela demora, para quem não vence há tanto tempo. Ainda assim, a má fase tem se revelado tão devastadora quanto o mau futebol: nos últimos três jogos, a equipe gaúcha deixou escapar nada menos que cinco pontos nos minutos finais. Isso faz uma enorme diferença: tivesse 29 pontos e o time de Celso Roth seria o 11º colocado. Com 24, está em 17º.

O Colorado já chega a mais de 70% de um turno sem vencer. São 14 jogos, igualando um recorde negativo do Grêmio em 1997. A última vitória ocorreu a nada menos que 73 dias. Ou seja, quando entrar em campo diante do Santos, daqui a 11 dias, o Inter estará a 84 dias sem vencer pelo Brasileirão. Serão quase três meses sem ganhar três pontos.

A situação já é dramática, apesar do equilíbrio na ponta de baixo: caso empate o seu jogo atrasado diante do Fluminense, o Figueirense colocará o time gaúcho em 18º lugar, à frente apenas de Santa Cruz e América-MG. Após o Santos, o Colorado terá pela frente o Atlético-PR, na pedreira da Arena da Baixada, e o Vitória, em casa, confronto direto entre dois ameaçados. Antes do Peixe, há o Fortaleza pela Copa do Brasil na quarta-feira, jogo que vale menos pela Copa do Brasil e mais pelo motivacional: encerrar a interminável série sem vitórias é obrigação. É ganhando este jogo que o Inter começará a superar o time da Vila Belmiro.

Brasília: grande vitória do líder Palmeiras (1º, 43), brecando a reação do Fluminense (8º, 31). O 2 a 0, gols de Dudu e Jean, deixa a equipe com um pouco mais de folga na ponta. Foram 12 mil torcedores apenas no Mané Garrincha, o que sugere um erro dos cariocas: em Mesquita, o Tricolor teria fator local e apenas 3 ou 4 mil torcedores a menos.

Chapecó: ótima vitória do Flamengo (2º, 40), que de fato ganha corpo com a entrada de Diego. Ele fez o primeiro, e Damião e Mancuello completaram os 3 a 1 sobre a Chapecoense, que descontou com Kempes. 12 mil na Arena Condá.

Santos: despedida amarga para Gabriel. Jogando na Vila (11 mil), o Santos (5º, 36) perdeu pontos preciosos, levando 1 a 0 do Figueirense (18º, 24), gol de Rafael Moura, de pênalti. O resultado tira o Peixe da briga pela liderança, ao menos por algumas rodadas, e dá um respiro aos catarinenses, que, é bom lembrar, têm um jogo a menos.

São Paulo: mantendo sua fase horrorosa, o São Paulo (11º, 28) jogou um futebol fraco e não saiu do 0 a 0 com o Coritiba (16º, 26). Apenas 8 mil viram o jogo no Morumbi.

Belo Horizonte: diante de 49 mil torcedores na manhã do Mineirão, o Cruzeiro (14º, 26) fez 2 a 0 no Santa Cruz (19º, 19), gols de Robinho e Ábila, e deixou o Z-4 para trás de vez.

Salvador: o Vitória (15º, 26) sofreu, mas bateu o lanterna América-MG (20º, 13) por 2 a 1 e saiu da zona de rebaixamento, abrindo dois pontos do Inter. 8 mil foram ao Barradão ver os gols de Marcelo e David, com Danilo descontando.

Foto: Internacional/Divulgação.

Comentários

Chico disse…
Qual é a pior dupla: Brito e Saraiva ou Brito e Reche?