Quem é quem no Brasileirão 2016 - Parte 4

INTERNACIONAL (7,4 - 6º)
Elenco: promete ser reforçado para o segundo semestre. Por enquanto, é seguramente o mais modesto grupo de jogadores do Colorado desde 2004. 6

Ataque: Vitinho é um trunfo importante. O problema é depender dele demais para fazer gols, como durante o returno de 2015. Mesmo assim, Argel descobriu boas soluções para o setor durante o Gauchão. 7

Defesa: desde que Argel assumiu, o Inter parou de tomar tantos gols. A defesa, porém, pode sentir a perda do selecionável goleiro Alisson. 8

Técnico: o desempenho de Argel Fucks no Beira-Rio está acima da qualidade de seu trabalho e do futebol apresentado por sua equipe na maior parte do tempo. O Brasileirão 2016 será o teste definitivo para que ele mostre evolução em sua ideia de conjunto. 6

Tradição: mesmo que não ganhe o Brasileiro há quase 40 anos, o Inter é uma das maiores forças históricas do torneio, com três títulos, cinco vices e várias campanhas de alto nível no período. 9

Últimos Brasileiros: o Internacional só perde para São Paulo e Cruzeiro no somatório de pontos desde 2003, mas há tempos não disputa de fato um título. Os últimos dois anos, porém, foram bem melhores que os imediatamente anteriores. 7

Início de ano: só perdeu um dos 22 jogos que fez em 2016, foi semifinalista da Primeira Liga e hexacampeão gaúcho. Mesmo assim, houve problemas: a equipe começou jogando um futebol muito pobre, mas se recuperou de um mês para cá. 7

Momento do clube: depois de gastar demais em 2015, o Inter pisa no freio este ano. A fase de vacas gordas e grandes títulos da última década passou, e a hora é de buscar forças para voltar a brigar lá em cima. 6

Fator local: com Argel, o Inter voltou a fazer do Beira-Rio um território hostil aos adversários. Neste ano, porém, andou tropeçando além do previsto em casa. 9

Foco no campeonato: o Brasileiro é a principal competição do calendário neste ano. O discurso de brigar pelo título, porém, foi deixado de lado, um sinal claro das limitações orçamentárias do clube atualmente. 9


PALMEIRAS (7,1 - 7º)
Elenco: apesar de grande, tem problemas. Há poucos jogadores que realmente façam a diferença no grupo palmeirense, e em algumas posições não existem sequer titulares confiáveis. Ainda assim, em geral, os substitutos costumam manter o nível da equipe constante, o que é uma grande vantagem num campeonato longo. 8

Ataque: antigo problema, a falta de centroavantes foi suprida ao longo de 2015. Ainda assim, ninguém ainda deu resposta realmente confiável. Há bons jogadores, porém, inclusive no banco. 7

Defesa: o fato de Fernando Prass ser um constante destaque da equipe depõe contra a zaga palmeirense, que é repleta de atletas medianos protegidos por volantes de desempenho igualmente irregular. 6

Técnico: Cuca costuma levar um tempo até acertar a mão do trabalho, mas o excepcional trabalho no Atlético-MG o firmou como um dos principais treinadores da atualidade no futebol brasileiro. 8

Tradição: tetracampeão do Brasileirão, bi do Robertão e bi da Taça Brasil, o Palmeiras tem currículo invejável no cenário nacional. 9

Últimos Brasileiros: o último campeonato razoável do Verdão foi em 2009. A última ida à Libertadores via G-4, em 2008. De lá para cá, obteve três campanhas medíocres, um rebaixamento e uma queda salva na última rodada. 5

Início de ano: caiu na primeira fase da Libertadores e nas semifinais do Paulista. Neste meio tempo, ainda trocou de técnico. Cinco meses bem complicados. 5

Momento do clube: em meio à euforia com o novo estádio e ao crescimento de seu poder de investimento, o Palmeiras aos poucos volta ao protagonismo que sempre teve. Um bom Brasileirão é essencial para confirmar se vive de fato uma retomada. 6

Fator local: o Palmeiras lota o Allianz Parque quase sempre. O desempenho na casa nova é bom, mas nada de excepcional. 8

Foco no campeonato: fora da Libertadores na etapa de grupos, o Palmeiras respira o começo de Brasileirão ansiosamente há algumas semanas. 9


PONTE PRETA (5,9 - 19º)
Elenco: formado por vários jogadores médios de bons desempenhos em campeonatos passados, o grupo da Ponte não está entre os piores do Brasileirão. 6

Ataque: no Paulistão, foi de razoável para bom. Felipe Menezes, Felipe Azevedo, Rhayner, Roger e Wellington Paulista são opções bastante decentes. 6

Defesa: principal problema da equipe no estadual, aos poucos vem se reforçando para dar conta do recado em nível nacional. 5

Técnico: em Campinas, Eduardo Baptista terá desafio semelhante ao enfrentado no Sport - o de levar um time médio a realizar boa campanha. Ele conhece bem esse caminho, mas terá de superar a má impressão deixada no Fluminense. 7

Tradição: a Ponte já participou várias vezes da Série A e teve algumas campanhas boas nos anos 80 e 90. 4

Últimos Brasileiros: começa aos poucos a se estabelecer como time de participação constante na elite. Subiu em 2011, caiu em 2013 e já subiu em seguida novamente. A ordem é evitar o efeito ioiô. 5

Início de ano: fez um Paulistão abaixo das expectativas, sem conseguir chegar entre os oito finalistas. 4

Momento do clube: após a boa campanha no Brasileiro de 2015, conseguiu recursos para formar um elenco médio dentro da elite, uma pequena façanha para um clube de interior. 6

Fator local: enfrentar a Ponte no acanhado Moisés Lucarelli nunca foi um cenário dos mais convidativos da primeira divisão brasileira. 7

Foco no campeonato: as competições paralelas são um atalho para quem tem elenco mais modesto, mas a Ponte sabe que uma boa campanha na Série A é sua tarefa mais importante para este ano. 8


SANTA CRUZ (6,7 - 12º)
Elenco: na ascensão dos últimos anos, um dos segredos do Santa foi mudar sua base pouco a pouco, mantendo uma boa noção de conjunto. Para 2016, o grupo foi bastante alterado e reforçado para dar conta da maior exigência. Pelo primeiro semestre, deu ótima resposta. 5

Ataque: o veterano Grafite, que jogou a Copa do Mundo de 2010, é a referência. Apesar disso, o ataque não foi o ponto forte na conquista do Campeonato Pernambucano. Na primeira fase, foram apenas nove gols marcados em dez jogos. 6

Defesa: comandada pelo goleiro Tiago Cardoso, mostrou segurança quando foi mais exigida, nas finais do estadual e nos mata-matas da Copa do Nordeste. 7

Técnico: uma das boas novidades do mercado brasileiro de treinadores, Milton Mendes vai repetindo no Arruda o bom trabalho apresentado no Atlético-PR em 2015. 6

Tradição: muito forte nos anos 70, o Santa Cruz há décadas não apresenta um time realmente forte em termos nacionais. Sua melhor participação foi um 4º lugar no longínquo 1975. 4

Últimos Brasileiros: depois do inferno de cair da Série A para a D em três anos, o Santa Cruz vive sua redenção, acumulando acessos e grandes campanhas nas divisões inferiores do Brasileiro. Dez anos depois, chegou o tão esperado momento de voltar à elite. 4

Início de ano: depois do começo muito ruim, o elenco novo se acertou e conquistou o título estadual e nordestino, mostrando sua capacidade. 10

Momento do clube: vive uma lua-de-mel com os torcedores por conta das várias grandes campanhas recentes. As duas taças conquistadas nas últimas semanas só reforçam o momento espetacular do Tricolor. 9

Fator local: quando o Santa vive grande fase, é duro segurá-lo no Arruda lotado - e ele raras vezes não recebe grande público. 8

Foco no campeonato: disputar a primeira divisão é algo esperado pelo clube há uma década. A hora agora é de fazer de tudo para se manter mais um ano entre os grandes. 8

Amanhã: Santos, São Paulo, Sport e Vitória.

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