Quem é quem no Brasileirão 2016 - Parte 3

FIGUEIRENSE (5,0 - 20º)
Elenco: após a perda de titulares importantes, como o atacante Clayton, o Figueira reforçou o grupo à base de vários empréstimos. Ainda assim, o mau desempenho no estadual sugere evidentes fragilidades. 4

Ataque: ficou devendo no Campeonato Catarinense. O veterano Rafael Moura jogou apenas cinco vezes, mas marcou três gols. É ele a esperança do Figueira de viver dias melhores lá na frente. 5

Defesa: recebeu reforços importantes para esta temporada, como o goleiro Gatito Fernández e o lateral Ayrton. Saiu-se relativamente bem no estadual. 6

Técnico: Vinícius Eutrópio já trabalhou no Orlando Scarpelli e vem de um período bem razoável na Chapecoense em 2015. 5

Tradição: é o clube catarinense com mais participações na Série A nos últimos 15 anos, embora nunca tenha ido além da 7ª colocação. 4

Últimos Brasileiros: tem alternado entre a primeira e a segunda divisão há oito anos. Nas duas últimas temporadas, escapou por pouco de cair. 4

Início de ano: fez um Primeira Liga razoável, mas não passou de fase. No Catarinense, sequer ameaçou ganhar algum dos dois turnos. Está devendo. 4

Momento do clube: há mais de uma década o Figueirense vem sendo presença constante na Série A. A ordem agora é emendar uma sequência de vários anos na primeira divisão, como foi entre 2002 e 2008. 4

Fator local: mesmo recebendo frequentemente bom público, o Orlando Scarpelli nunca foi um caldeirão. 6

Foco no campeonato: mesmo que as competições de mata-mata possam ser atraentes, o maior objetivo do Figueira em 2016 é se manter na elite do futebol nacional. 8


FLAMENGO (6,9 - 10º)
Elenco: o Flamengo formou um grupo de bom nível para 2016. A única questão é a alta média de idade. Para um time que vai viajar bastante, pode pesar em termos físicos. 7

Ataque: o grupo flamenguista conta com ótimas peças do meio pra frente. Ao mesmo tempo, a equipe chegou a ficar seis partidas sem fazer gols durante o mês de março. 7

Defesa: a saída de César Martins foi o começo de uma reestruturação no sistema defensivo do Flamengo, que não é ruim, mas deixou a desejar neste começo de ano. 6

Técnico: Muricy Ramalho há algum tempo não conquista um grande título, mas é o treinador com mais títulos na era dos pontos corridos. O Fla tem uma grande grife no seu banco de reservas. 9

Tradição: o Flamengo é, ao lado de São Paulo e Corinthians, o clube que mais vezes conquistou o Campeonato Brasileiro. 10

Últimos Brasileiros: a última vez do Fla no G-4 foi em 2011. De lá para cá, acumula quatro campanhas medíocres. 6

Início de ano: alternou bastante os bons e maus momentos. O saldo, porém, foi negativo, com novas derrotas em clássicos para o Vasco e uma eliminação dura de engolir, em casa, na semifinal da Primeira Liga. 5

Momento do clube: depois de anos de pé no freio, Eduardo Bandeira de Mello começa a sinalizar investimentos mais fortes no futebol. Passada a fase de compreensão com o projeto austero, a torcida já cobra há algum tempo resultados melhores dentro de campo. 6

Fator local: torcida o Flamengo terá sempre, seja em Volta Redonda, Brasília, Juiz de Fora ou qualquer outro lugar. O difícil será o time chamar um campo de seu em 2016. As viagens frequentes cortam a identificação da equipe com qualquer estádio, ao menos até outubro. 5

Foco no campeonato: o projeto flamenguista para 2016 é voltar à Libertadores. O elenco foi montado para ir bem no Brasileirão, prioridade máxima do clube para este ano. 8


FLUMINENSE (6,8 - 11º)
Elenco: em 2015, os problemas financeiros forçaram o Flu a buscar na base soluções para seus problemas. Hoje, meninos como Gérson, Marcos Júnior e Gustavo Scarpa estão afirmados como opções válidas para o time. Ainda assim, a qualidade deveria ser maior se o pensamento é buscar voos mais altos. 6

Ataque: com ou sem Fred, o Fluminense manteve uma boa média de gols marcados ao longo deste primeiro semestre. 7

Defesa: começou o ano como a maior dor de cabeça tricolor. A chegada de Levir Culpi reabilitou o experiente Gum, e a partir daí a sangria diminuiu. 7

Técnico: o experiente e inteligente Levir Culpi vem de um ótimo trabalho no Atlético-MG, e começou bem sua trajetória nas Laranjeiras. 8

Tradição: apesar dos rebaixamentos nos anos 90, a história do tricampeão Fluminense no Brasileirão é muito mais cheia de bons que de maus momentos. 8

Últimos Brasileiros: o Flu temível não dá as caras há algum tempo. Depois de uma grande fase entre 2010 e 2012, escapou de cair no tapetão em 2013, fez uma campanha razoável em 2014 e no ano passado ficou bem longe de brigar por G-4. 7

Início de ano: com Eduardo Baptista, o Fluminense sofreu para passar da primeira fase do Carioca. Após a chegada de Levir, fez uma boa Taça Guanabara e conquistou a Primeira Liga. 7

Momento do clube: o Flu ainda vive fase de reestruturação após o fim da longa parceria com a Unimed. Tem algumas políticas bem definidas, que podem render frutos, mas daqui a alguns anos. 6

Fator local: sem o Maracanã, deve mandar seus jogos em Volta Redonda, onde costuma contar com públicos bastante modestos. 4

Foco no campeonato: como todo clube grande, o Fluminense olha a Copa do Brasil como uma chance de título. Mas o Brasileirão ainda é a principal competição a ser disputada em 2016. 8


GRÊMIO (7,5 - 3º)
Elenco: depois de um 2015 de contenções, o Grêmio reforçou o grupo para este ano. Ainda assim, o elenco é desequilibrado: há posições muito bem servidas de bons jogadores, e outras onde até mesmo titulares são bastante contestáveis. 7

Ataque: depois de passar dificuldades ofensivas no fim do ano passado, Roger Machado melhorou a produção do ataque de sua equipe. O Grêmio segue sendo o clube brasileiro que mais marcou gols em 2016, e conta com cinco ou seis atacantes para brigar em nível de titularidade. 9

Defesa: antigo ponto forte gremista, a zaga é a grande dor de cabeça destes primeiros meses de ano. A saída de Erazo não foi reposta à altura, o que levou o time a sofrer muito no jogo aéreo. Ainda assim, tem em Marcelo Grohe e Geromel dois dos melhores do país em suas respectivas posições. 7

Técnico: embora tenha cometido erros recentemente, Roger é um dos treinadores mais promissores da nova safra brasileira. 8

Tradição: bicampeão brasileiro e três vezes vice, o Grêmio só não chegou mais vezes entre os três primeiros do país que Corinthians, São Paulo e Internacional. 8

Últimos Brasileiros: o jejum gremista no torneio é de 20 anos. Neste período, porém, acumula uma série de boas campanhas, incluindo três campanhas entre os três melhores nos últimos quatro anos. Nos últimos dez anos, só o São Paulo chegou mais vezes no G-4 que o Tricolor Gaúcho. 8

Início de ano: decepcionante, apesar de alguns bons momentos. Para um time que prometeu demais, o Grêmio acabou caindo cedo na Primeira Liga, no Gauchão e na Libertadores. 5

Momento do clube: ao passar 2015 pagando contas, o Grêmio aos poucos começa a investir mais forte em futebol de novo, apostando num modelo financeiramente sustentável. A seca de títulos, porém, coloca enorme pressão da torcida no trabalho de jogadores e direção. 6

Fator local: plenamente familiarizado com a Arena, o Grêmio teve campanha muito forte em sua casa em 2015, e começou o ano com retrospecto respeitável novamente. 8

Foco no campeonato: a queda na Libertadores faz o Tricolor se voltar com tudo para tentar o título brasileiro e encerrar o jejum de taças que tanto incomoda seus torcedores. 9

Amanhã: Internacional, Palmeiras, Ponte Preta e Santa Cruz.

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