Novos horários e promessa de equilíbrio: hoje começa mais um Campeonato Brasileiro
Os problemas de sempre estão aí, e sempre convém enumerá-los, por mais repetitivo que seja: o Brasileirão tem duração curta demais (38 rodadas em seis meses e meio), não para nas Datas FIFA, seguirá sendo disputado durante a Copa América e os Jogos Olímpicos (!), as cotas de TV são desiguais, os ingressos são caros... Ainda assim, o dia em que ele começa é sempre especial. É a competição que baliza o ano do futebol nacional, onde vemos quem (em geral) realmente se preparou melhor. E é a competição que começa quando terminam os estaduais, o que é sempre um alívio nas atuais circunstâncias.
Para este ano, a maior novidade da largada são os horários alargados pelas rodadas. A volta dos jogos das 16h de sábado deve ser saudada: embora pudesse ter partidas transmitidas pela TV aberta ou cabo (e não apenas pay per view), é um horário ótimo para ir ao estádio, e que há anos estava fora do calendário da primeira divisão. Haverá partidas também às 18h30 e às 21h de sábado, além das 11h, 16h e 18h30 do domingo. A partir da 12ª rodada, deve entrar em vigor o jogo de segunda às 20h - um dia morto para o futebol, que ganha um horário ótimo para se ir em meio de semana ao estádio nas principais capitais. São sete horários de partida - até 2012, eram apenas três. Teremos a chance de acompanhar mais e melhor o nosso campeonato.
Campeonato que, aliás, promete ser equilibradíssimo. Posso falar com tranquilidade, pois quem acompanha este espaço sabe que nunca comprei a ideia de que o Brasileirão é nivelado por baixo: neste ano, sim, a diferença entre os times bons e os médios é pequena. Tirando o Atlético Mineiro, que parece realmente ter um grupo em um patamar superior (embora não tanto) aos demais, ninguém realmente se destaca. Há seis ou sete times logo abaixo do Galo em termos de elenco, e outros cinco ou seis um degrauzinho a menos. A disputa promete ser bem mais intensa que a chatice que foi o returno de 2015, quando os três primeiros dispararam e fizeram um campeonato à parte.
No ano passado, pouco se esperava do Brasileirão, ainda naquele clima baixo astral de 7 a 1. O certame surpreendeu pelo primeiro turno repleto de ótimos jogos, bons times e excelentes novidades nas casamatas. Neste ano, um início bom será surpresa, pois ninguém ainda convenceu de fato dentro de campo, nem mesmo que está vivo na Libertadores. A tendência, seguindo como está sendo o ano até agora, é que tenhamos um campeonato que começa devagar, cresce e chega ao returno fervendo pelo equilíbrio técnico dos participantes. Normalmente é assim que acontece: em 2015 é que vimos o contrário. Por sinal, há quatro anos o campeão é conhecido bem antes da rodada final. Agora, dada a paridade, parece que temos a melhor chance de uma disputa mais acirrada pela ponta desde a insanamente equilibrada edição de 2011.
O sábado já reserva bons jogos: Flamengo e Sport fazem o duelo da eterna rivalidade de 1987, abrindo o horário das 16h com o duelo entre o Palmeiras de Cuca e o campeão paranaense Atlético. Mais tarde, o Galo reserva recebe o Santos, e à noite tem Coritiba x Cruzeiro. Domingo, o destaque é Corinthians x Grêmio, que fizeram um dos melhores jogos do país no ano passado, mas começam o Brasileiro agora em baixo astral, lambendo as feridas das decepções do primeiro semestre. Mesmo com todos os problemas, as rodadas são quase sempre assim: cheias de destaques. Por isso é tão bom de acompanhar. Nosso mapa temático abaixo dá um empurrãozinho.
Goianos invictos
Os três times de Goiânia começaram a Série B sem conhecer derrota. O Vila Nova fez 3 a 1 no Bragantino e o Atlético ganhou do Oeste, fora, por 1 a 0. Em Juiz de Fora, o Goiás ficou no zero com o Tupi. Para hoje, os destaques são Criciúma x Náutico e Bahia x Avaí. O favorito Vasco estreia em São Luís contra o Sampaio Corrêa, e o Brasil recebe o Paraná, no Bento Freitas.
Espanhol
Hoje inevitavelmente sai o campeão do nacional mais empolgante da temporada europeia. Ao Barcelona, basta vencer o modesto Granada fora de casa. O Real Madrid precisa ganhar fora do La Coruña e secar os catalães. A definição sai ao meio dia.
Carta na Mesa
A edição de hoje vai ao ar às 13h30, pela Rádio Estação Web. Entre os assuntos debatidos por mim, Igor Natusch, Lourenço Fonseca e Paula Cardoso, as quartas de final da Libertadores e as perspectivas para o Brasileirão, entre outros destaques.
Para este ano, a maior novidade da largada são os horários alargados pelas rodadas. A volta dos jogos das 16h de sábado deve ser saudada: embora pudesse ter partidas transmitidas pela TV aberta ou cabo (e não apenas pay per view), é um horário ótimo para ir ao estádio, e que há anos estava fora do calendário da primeira divisão. Haverá partidas também às 18h30 e às 21h de sábado, além das 11h, 16h e 18h30 do domingo. A partir da 12ª rodada, deve entrar em vigor o jogo de segunda às 20h - um dia morto para o futebol, que ganha um horário ótimo para se ir em meio de semana ao estádio nas principais capitais. São sete horários de partida - até 2012, eram apenas três. Teremos a chance de acompanhar mais e melhor o nosso campeonato.
Campeonato que, aliás, promete ser equilibradíssimo. Posso falar com tranquilidade, pois quem acompanha este espaço sabe que nunca comprei a ideia de que o Brasileirão é nivelado por baixo: neste ano, sim, a diferença entre os times bons e os médios é pequena. Tirando o Atlético Mineiro, que parece realmente ter um grupo em um patamar superior (embora não tanto) aos demais, ninguém realmente se destaca. Há seis ou sete times logo abaixo do Galo em termos de elenco, e outros cinco ou seis um degrauzinho a menos. A disputa promete ser bem mais intensa que a chatice que foi o returno de 2015, quando os três primeiros dispararam e fizeram um campeonato à parte.
No ano passado, pouco se esperava do Brasileirão, ainda naquele clima baixo astral de 7 a 1. O certame surpreendeu pelo primeiro turno repleto de ótimos jogos, bons times e excelentes novidades nas casamatas. Neste ano, um início bom será surpresa, pois ninguém ainda convenceu de fato dentro de campo, nem mesmo que está vivo na Libertadores. A tendência, seguindo como está sendo o ano até agora, é que tenhamos um campeonato que começa devagar, cresce e chega ao returno fervendo pelo equilíbrio técnico dos participantes. Normalmente é assim que acontece: em 2015 é que vimos o contrário. Por sinal, há quatro anos o campeão é conhecido bem antes da rodada final. Agora, dada a paridade, parece que temos a melhor chance de uma disputa mais acirrada pela ponta desde a insanamente equilibrada edição de 2011.
O sábado já reserva bons jogos: Flamengo e Sport fazem o duelo da eterna rivalidade de 1987, abrindo o horário das 16h com o duelo entre o Palmeiras de Cuca e o campeão paranaense Atlético. Mais tarde, o Galo reserva recebe o Santos, e à noite tem Coritiba x Cruzeiro. Domingo, o destaque é Corinthians x Grêmio, que fizeram um dos melhores jogos do país no ano passado, mas começam o Brasileiro agora em baixo astral, lambendo as feridas das decepções do primeiro semestre. Mesmo com todos os problemas, as rodadas são quase sempre assim: cheias de destaques. Por isso é tão bom de acompanhar. Nosso mapa temático abaixo dá um empurrãozinho.
Goianos invictos
Os três times de Goiânia começaram a Série B sem conhecer derrota. O Vila Nova fez 3 a 1 no Bragantino e o Atlético ganhou do Oeste, fora, por 1 a 0. Em Juiz de Fora, o Goiás ficou no zero com o Tupi. Para hoje, os destaques são Criciúma x Náutico e Bahia x Avaí. O favorito Vasco estreia em São Luís contra o Sampaio Corrêa, e o Brasil recebe o Paraná, no Bento Freitas.
Espanhol
Hoje inevitavelmente sai o campeão do nacional mais empolgante da temporada europeia. Ao Barcelona, basta vencer o modesto Granada fora de casa. O Real Madrid precisa ganhar fora do La Coruña e secar os catalães. A definição sai ao meio dia.
Carta na Mesa
A edição de hoje vai ao ar às 13h30, pela Rádio Estação Web. Entre os assuntos debatidos por mim, Igor Natusch, Lourenço Fonseca e Paula Cardoso, as quartas de final da Libertadores e as perspectivas para o Brasileirão, entre outros destaques.
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