Marcelo Oliveira e Atlético: um casamento que tem ótimas chances de dar certo

Marcelo, habilidoso meia do Galo nos anos 70 e 80
A recente passagem de Marcelo Oliveira como técnico do Cruzeiro fez os atleticanos torcerem o nariz para o treinador. O sentimento não é à toa: ídolo da torcida do Galo, jogou no clube por sete temporadas como profissional, com grande identificação com a parte alvinegra de Belo Horizonte. O histórico de títulos pelo rival como técnico e a passagem frustrante como comandante no ano do centenário do Atlético corroboram o sentimento de rejeição.

A novidade anunciada pela diretoria atleticana na tarde de ontem, claro, sacudiu o futebol de Minas Gerais justamente por mexer na rivalidade. Mas não foi por isso, nem pelo só pelo passado no clube que o Atlético contratou Marcelo Oliveira. Foi por seu histórico vitorioso na última década, que dois títulos estaduais e dois vices na Copa do Brasil pelo Coritiba, um título de Copa do Brasil pelo Palmeiras e, principalmente, o bicampeonato nacional pelo Cruzeiro.

É principalmente por conta do ótimo trabalho na Raposa que o casamento entre Marcelo e o Atlético Mineiro tem grandes chances de dar certo. No maior rival atleticano, o treinador formou times leves, velozes e de alta qualidade técnica, com elencos fortíssimos e equilibrados, que voaram nos Campeonatos Brasileiros de 2013 e 2014. O Galo de agora vem numa crise de confiança, fracassou mais do que o previsto no primeiro semestre, mas tem o grupo de jogadores mais forte do futebol nacional (ao menos enquanto Lucas Pratto permanecer). Como aquele Cruzeiro.

Além do mais, o estilo herdado desde os tempos de Cuca se encaixa na proposta que Marcelo Oliveira executa. A identificação com a cidade e o clube também ajuda. A contratação era óbvia, cirúrgica. As chances de funcionar são realmente boas. Diego Aguirre e Paulo Autuori, os dois técnicos que fracassaram no Atlético Mineiro de 2012 para cá, não duraram muito também porque tentaram implantar estilos de jogo mais cadenciados, menos intensos do que aquele que caracterizou o time vitorioso das últimas temporadas. O Galo Doido ainda é o Galo que manda no Horto.

Chance de disparar
Depois da ótima estreia diante do Atlético Paranaense, o Palmeiras de Cuca tem um compromisso fora de casa. A Ponte Preta, embora seja sempre uma parada dura dentro do Moisés Lucarelli, também não chega a assustar. Para quem coloca o título Brasileiro como obsessão, vencer em Campinas é fundamental. Em Belo Horizonte, o destaque é a estreia de Paulo Bento pelo instável Cruzeiro diante do Figueirense.

Dragão lidera Série B
Muito bom (e até surpreendente) o começo do Atlético Goianiense na Série B. Depois de estrear batendo o Oeste em Itápolis, o Dragão fez 1 a 0 no Brasil e agora tem 6 pontos. Deve hoje ver o Vasco encostar na liderança - os cariocas recebem o Tupi, em São Januário.

Aperitivos para a Champions
O penúltimo sábado de futebol da temporada europeia é o das tradicionais finais de Copas nacionais. Hoje tem Milan x Juventus na Itália, Bayern x Dortmund na Alemanha e Manchester United x Crystal Palace na Inglaterra, apenas para pegar as mais tradicionais. Todas um aperitivo para o clássico madrilenho que decidirá a Liga dos Campeões na semana que vem.

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