Um Canário gigante no Serra Dourada

Jogadores do Ypiranga se ajoelham e comemoram o 2 a 0
Eliminar o Atlético Goianiense da Copa do Brasil estava longe de ser uma tarefa fácil para o Ypiranga. Não apenas por suas próprias limitações, mas pela própria campanha do Dragão em 2016: com 27 pontos em 13 jogos, o time rubro-negro só vem atrás do Goiás no seu campeonato estadual, e ainda assim seguindo-o de perto. Tendo a vantagem de jogar pelo empate após o 2 a 2 de Erechim, tinha tudo para seguir adiante. Não conseguiu.

A façanha do time do norte gaúcho teve a marca de João Paulo. O atacante marcou os dois gols da partida no Serra Dourada, que recebeu apenas 1.298 torcedores e uma renda tão modesta que não chegou aos 10 mil reais. O curioso é que o jogo não parecia favorável ao Canário. O primeiro tempo foi dominado pelo Atlético, que, mesmo em vantagem, tratou de ir para cima, tentando exercer seu favoritismo. Desperdiçou chances e foi para o intervalo no 0 a 0, mas ainda classificado.

Foi na etapa complementar que as coisas desandaram. O pênalti cometido por Marllon, logo a um minuto, desestabilizou completamente o time de Goiânia, que claramente não esperava passar pela situação de estar em desvantagem neste confronto. Tirando uma boa falta batida pelo lateral Ednei logo após o gol sofrido, o Dragão acabou dominado na maior parte do segundo tempo. Antes de ampliar o placar, aos 32 minutos, o Ypiranga já havia criado ao menos três boas chances.

O melhor de tudo é que a equipe de Erechim poderá prosseguir sua boa campanha na segunda fase, caso a tendência de eliminação precoce do Sport se confirme. No jogo de ida, o Leão levou 2 a 0 da Aparecidense (esta, ao contrário do Atlético, de campanha apenas média no Campeonato Goiano) fora de casa e agora só uma goleada na Ilha do Retiro o classificará. Caso isso se confirme, a chance de repetir o Novo Hamburgo de 2014 e chegar à terceira fase do torneio é bem razoável.

O quinto classificado
O empate em 2 a 2 com o River Plate uruguaio classifica o Nacional para as oitavas de final da Copa Libertadores. A grande campanha coloca o time de Montevidéu no privilegiado grupo dos garantidos por antecipação nas oitavas, ao lado de Atlético Nacional, Toluca, Pumas e Deportivo Táchira. Restam ainda 11 vagas, que estão sendo disputadas por 21 clubes. Seis já estão eliminados da briga.

Argentinos na frente
Em um espaço de apenas três quilômetros, dois jogaços de Libertadores reuniram cerca de 80 mil pessoas em um intervalo de pouco mais de duas horas na região metropolitana de Buenos Aires. Com autoridade, o Boca enfim ganhou a primeira: em grande noite de Tevez, fez 3 a 1 no Bolívar. Já o Racing enfiou 4 a 2 no Deportivo Cali e manteve a liderança. Hoje, os dois argentinos estariam passando de fase.

Sem problemas para comemorar
Jürgen Klopp, enfim, voltou a Dortmund. No confronto mais aguardado das quartas de final da Liga Europa, mesmo idolatrado pela torcida do Borussia, não teve constrangimento em vibrar bastante (embora não de forma performática) com o gol de Origi, que deu ao seu Liverpool um importante empate de 1 a 1 na Alemanha. Os ingleses saem em vantagem na luta por uma vaga na semifinal, bem como Sevilla, Shakhtar e Villarreal diante de Athletic Bilbao, Braga e Sparta Praga.

Foto: Atlético Goianiense/Divulgação.

Comentários

Franke disse…
River e Boca crescendo no final da primeira fase. Isso não costuma ser bom.
Pessoal de Goiânia não gosta de ir ao estádio!
Vicente Fonseca disse…
Vamos aguardar ainda, Franke. Bolivianos costumam ir mal fora de casa. Na próxima rodada, o River visita o São Paulo, e o Boca pega o Racing em Avellaneda. Aí sim teremos um termômetro melhor da condição de ambos.

Quanto ao baixo público em Goiânia, a violência entre organizadas anda complicada por lá. O próprio Goiás, que costumava levar sempre umas 10 mil pessoas por jogo no Serra Dourada anda levando de 5 mil para baixo - isso mesmo nos tempos de Walter, Enderson Moreira e Sasha, na grande campanha no Brasileirão de 2013.
Não sabia dessa violência em Goiânia. Que m..., não?
Vicente Fonseca disse…
No caso do Goiás, esse problema existe há algum tempo. Nos demais clubes, não sei. Mas acho que o público baixo deste jogo específico se deve ao fato de o Atlético Goianiense ter torcida pequena.