O encaixe colorado veio na hora decisiva
Autores dos dois primeiros gols, Paulão e Aylon comemoram |
Claro, dá para se falar da fragilidade dos adversários. O Novo Hamburgo é fraco, o Brasil nunca convenceu em 2016, o Glória caiu e o São Paulo de Rio Grande, rival de ontem, não vencia há sete jogos. Mas o comparativo com o que o próprio time vinha fazendo é importante: antes de cair para o Flu, o Inter havia empatado com o Lajeadense, que acabou sendo rebaixado, em uma atuação patética. Semanas antes, foi derrotado em casa pelo Veranópolis, que naquele momento era um dos lanternas da competição. Diante do mesmo São Paulo, em março, um preocupante empate em casa. Houve clara evolução.
Ontem, diante da equipe de Rio Grande, o domínio foi sempre claro. Postado num 4-4-2 com quatro volantes, o time de Hélio Vieira chegou raríssimas vezes à zona de conclusão no primeiro tempo. Marcou bem o Inter, mas não o suficiente para mantê-lo fora de sua área. Suportou 39 minutos, até tomar o 1 a 0 e desandar de vez. Não tem qualidade, e não tinha proposta de jogo para agredir o Colorado. O 2 a 0 logo na sequência, com Aylon, recém colocado por Argel em campo, mostra a boa fase da equipe vermelha e a estrela da mexida do seu treinador.
O duelo com o São José, na semifinal, promete dois bons encontros. Este sim será um teste definitivamente mais forte: trata-se do melhor time dentre os pequenos deste Gauchão, muito bem armado, e que decidirá a vaga para a decisão no gramado sintético do Passo d'Areia. Dependendo da forma como passar pelo Zequinha, o Colorado sinaliza que, numa possível final com o rival Grêmio, não entra tão com o papel de franco-atirador assim.
Direção do Flu deve fechar com Levir
Não se trata de entrar no mérito da discussão, embora, se entrarmos nele, a posição deve ser a mesma: na atual bronca de Fred com o técnico Levir Culpi, é obrigação da diretoria tricolor dar suporte ao treinador, e não ao centroavante. Questão de hierarquia: Fred não é maior que o clube e não pode estar acima do técnico, embora talvez pense as duas coisas. Caso Levir perca a queda de braço, quem aceitará trabalhar nas Laranjeiras sabendo que Fred é quem manda lá dentro?
A perigo novamente
Depois de escapar do rebaixamento na última rodada no Campeonato Catarinense do ano passado e de efetivamente cair no Brasileirão, o Avaí está em seu terceiro torneio seguido beirando a degola. Depois de um bom primeiro turno, o Leão acumula sete derrotas seguidas na segunda metade do campeonato, com só um gol marcado e 14 sofridos. Ao levar 1 a 0 do rival Figueirense, se aproximou da zona de descenso de vez, com 17 pontos no somatório geral. Guarani de Palhoça e Camboriú, os dois lanternas, acumulam 14. No próximo domingo, é obrigatório encerrar a série de tropeços, vencer o Guarani na Ressacada e escapar. Na rodada final, o duelo será em Lages, contra o Inter local.
A velha história de sempre
Perder para eliminar rival é mais velho que o próprio futebol. O Fortaleza não perdeu a chance: mandou um time que misturou reservas e juniores no Castelão, levou 1 a 0 do Guarani de Juazeiro e tirou da disputa o rival Ceará, que não tem do que reclamar, pois entrar precisando de resultados paralelos no estadual é atestado de mediocridade. O time da capital enfrentará o Guarany de Sobral na semifinal, enquanto Uniclinic e Guarani de Juazeiro disputam a outra vaga rumo à decisão.
Atropelamento
A reta final do Leicester foi bem representada pelo golaço de Jamie Vardy ontem em Sunderland: um atropelamento. Com cinco vitórias seguidas, o azarão está muito perto da taça. A vantagem se mantém em sete confortáveis pontos até o Tottenham, faltando apenas cinco jogos para o final.
Foto: Ricardo Duarte/Internacional.
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