Acabou a brincadeira (se é que ela um dia começou)

Ramiro se antecipa ao goleiro mexicano e faz o gol da vitória
A partir de agora, tudo é mata-mata na vida do Grêmio, seja na Libertadores ou no Campeonato Gaúcho. Acabou a brincadeira, embora, ao menos na Copa, nem dá para dizer que ela começou. O Tricolor, como em 2014, enfrentou o grupo mais complicado da primeira etapa do torneio e, novamente, se classificou nele por antecipação. Terá pela frente provavelmente um argentino, como dois anos atrás - o Rosario Central é o mais cotado inimigo. Tudo deve começar semana que vem, na Arena, após dois jogos decisivos com o Juventude nos próximos quatro dias, e, se vencida a disputa, uma final de estadual (possivelmente contra o maior rival) logo adiante. Haja fôlego.

O Toluca mandou time misto a Porto Alegre, compreensível medida para quem já era campeão da chave e teria de cruzar mais de 8 mil quilômetros para a partida. Ainda assim, foi possível ver o quanto evoluiu o time de Roger Machado do confronto inicial desta etapa, ocorrido dois meses atrás, para agora: em casa, o Grêmio ignorou o fato de os mexicanos serem os líderes do Grupo 6. Pressionou com força no começo, fez 1 a 0 cedo (como tem sido praxe há seis partidas) num raro gol de cabeça do baixinho de Ramiro e controlou o restante da noite - mesmo que tenha tirado o pé em boa parte do segundo tempo, já pensando no Alfredo Jaconi.

As próprias substituições de Roger já indicavam a projeção da partida de amanhã, em Caxias do Sul. Com dores, Geromel deu lugar a Bressan, que deve começar o jogo na Serra. Os experientes Douglas e Bobô também eram dois dos favoritos a deixar o time antes do apito final, para as entradas de Lincoln e Henrique Almeida. Estes três devem jogar a partida de ida da semifinal do estadual. As entradas de Pedro Rocha (saindo Giuliano ou Luan), Edinho (na vaga de Walace ou Maicon), Marcelo Hermes (no posto de Marcelo Oliveira) e Wallace Oliveira (para a retirada de Ramiro) também devem ocorrer, ou no Jaconi, ou na Arena, domingo. É preciso revezar, não há jeito. Até porque, após o Juventude, podem vir Rosario Central e Internacional intercalados, é bom lembrar.

Acabou a brincadeira, de fato. Mas o Grêmio, que não perde há 13 jogos e parece ter realmente recuperado a mecânica de alto rendimento vista em 2015, está preparado para superá-la. Com o ingresso iminente de Miller Bolaños, deve, inclusive, subir de patamar, por mais alto que ele já esteja hoje.

Combinações
Boca Juniors, Corinthians e River Plate só tendem a ser adversários gremistas se tropeçarem em casa diante dos já eliminados Deportivo Cali, Cobresal e Trujillanos, respectivamente. Não é provável. Racing e São Paulo poderão enfrentar os gaúchos caso saiam campeões de seus grupos (precisam vencer em La Paz e torcer por derrotas de Boca e River para os eliminados, combinação ainda mais improvável). Tudo aponta para o complicadíssimo Rosario Central, que, embora não tenha mostrado todo seu potencial na etapa de grupos, foi líder de uma chave complicada. Com a vitória de ontem, o Grêmio evitou Toluca e Atlético Nacional e não tem quase chances de viajar ao México para jogar na altitude contra o Pumas. Mesmo assim, como se vê, não há muito para onde correr.

Com confiança
A derrota por 1 a 0 em Aracaju para o Confiança foi a que abriu o forte período de instabilidade vivido pelo Flamengo no mês de março. Agora, a equipe receberá os sergipanos em alta, como naquele dia, aliás. Porém, jogando em casa (desta vez em Volta Redonda), o time de Muricy Ramalho tem tudo para vencer e seguir adiante na Copa do Brasil. A quarta-feira também marcará a estreia do tetracampeão Cruzeiro na competição, em um jogo que promete ser ótimo: diante do Campinense, finalista da Copa do Nordeste, em Campina Grande, na Paraíba.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio.

Comentários

Chico disse…
O Tricolor resolveu o jogo em 15 minutos.
Ramiro voltou muito bem.
Mais um passe de Luan
Agora é só pedreira.