Futebol de (quase) eliminado

Ganso fez gol, mas errou pênalti que poderia ter dado a vitória ao São Paulo
O modo de convulsão política e instabilidade técnica com o qual o São Paulo terminou 2015 nos obrigava a projetar uma Libertadores complicada neste ano. No entanto, apesar de todas as desconfianças, o Tricolor consegue decepcionar mesmo os mais pessimistas. O empate em 1 a 1 com o Trujillanos é trágico para as pretensões de classificação que a equipe de Edgardo Bauza tem - ou tinha, porque, na prática, elas estão cada vez menores. E a atuação, apesar de ter até tido pênalti perdido por Ganso, foi novamente bem desanimadora.

Com apenas 2 pontos, o São Paulo fecha a metade da fase de grupos três pontos atrás do River e a cinco do líder Strongest. A vantagem é que os argentinos ainda virão ao Morumbi. Porém, mesmo que chegue à última rodada empatado em pontos com o atual campeão da América, o Tricolor fechará a etapa de grupos na altitude de La Paz, enquanto o time de Gallardo receberá o fraquíssimo Trujillanos. A situação é tão grave que somente três vitórias garantem a classificação independente de outras combinações.

E poderia ser pior. O River Plate vencia o Strongest até os 44 da etapa final em La Paz, situação que deixava o São Paulo a quatro pontos da vice-liderança da chave. Neste caso, até mesmo três vitórias poderiam ser insuficientes para a classificação. Porém, depender só de si não é garantia alguma de solução, ao contrário: o Tricolor não consegue fazer a sua parte quase nunca. Em cinco jogos na Libertadores, venceu só o medíocre César Vallejo, por um esquálido e sofrido 1 a 0. Fez apenas quatro gols, menos de um por jogo. Precisará melhorar muito para ao menos fazer cócegas a River e Strongest na luta pelas oitavas de final.

Foto: Rubens Chiri/São Paulo.

Comentários

Vine disse…
A única coisa boa no São Paulo é que o Ganso tá interessado em jogar de novo. Parece ser um dos únicos que se salva no plantel...