O Esporte Interativo está firme na briga pelo Brasileirão. E as promessas são ótimas
O comunicado divulgado horas atrás pelo Esporte Interativo apresenta um posicionamento firme e, ao que parece, irreversível em sua intenção de passar a transmitir o Campeonato Brasileiro na TV fechada a partir de 2019. Levando em conta que vários dos principais clubes do país já se mostraram interessados em fechar com o canal da Turner, é bem possível que estejamos prestes a entrar numa nova era dentro do nosso principal certame.
Não é exagero. E não é "só" pelos valores nove vezes maiores que os que a Globo, através das transmissões do Sportv, paga aos clubes. A grande sacada do EI em sua investida tem sido a de atender a uma série de reivindicações de torcedores, alguns dirigentes e boa parte da imprensa especializada. Aproveitando o clima de insatisfação cada vez maior em relação à atual detentora dos direitos (escancarada nas faixas apresentadas por torcedores do Corinthians no clássico de ontem, contra o São Paulo) e a tudo que ronda o futebol brasileiro, a nova concorrente tem mostrado uma enorme habilidade de angariar a simpatia não só dos clubes, oferecendo um contrato bem melhor, mas de outros diversos setores relacionados ao esporte.
Oferecer um montante nove vezes maior aos clubes deve, obviamente, melhorar a qualidade do campeonato, pois aumentará a capacidade de investimento de todos os participantes. Só isso já faria brilhar os olhos dos torcedores. Mas chamar as novas arenas por seus nomes verdadeiros, e não escondê-los (como faz a Globo, notadamente em relação ao Allianz Parque), é uma medida que gera um impacto econômico (quem quer colocar o nome num estádio se a transmissão não o cita?) mas, principalmente, de identificação junto aos torcedores. Transmitir jogos de clubes de todos os estados, e não priorizar basicamente os paulistas e cariocas, também é uma medida importantíssima nesse sentido, pois ajuda a difundir ainda mais o canal de forma nacional - no Nordeste ele já é forte, com a transmissão da "Lampions League".
Do ponto de vista competitivo, ainda mais importante que o simples aumento da cota dos clubes é sua melhor distribuição. Em vez do modelo injusto que configurou a partir da dissolução do Clube dos 13, a proposta é idêntica à do Campeonato Inglês, sendo parte da grana fixa e parte variável, contando não apenas o tamanho da torcida, mas também o desempenho dentro de campo. O Flamengo, que é beneficiado pelo modelo atual, já se posicionou a favor da mudança, graças à diretoria esclarecida que tem.
É claro que nada disso é por simples bondade, é evidente que os interesses econômicos estão como sempre por trás de tudo. Mas a questão não é essa: o fato é que o Esporte Interativo faz uma abordagem agressiva e, ao mesmo tempo, extremamente inteligente ao negociar os direitos do Brasileirão. As mudanças propostas são, todas, positivas para o futebol brasileiro, reivindicações há muito tempo reclamadas. No momento de fragilidade que vive a CBF, não existiria mesmo melhor hora para dar o bote. Ainda bem.
Não é exagero. E não é "só" pelos valores nove vezes maiores que os que a Globo, através das transmissões do Sportv, paga aos clubes. A grande sacada do EI em sua investida tem sido a de atender a uma série de reivindicações de torcedores, alguns dirigentes e boa parte da imprensa especializada. Aproveitando o clima de insatisfação cada vez maior em relação à atual detentora dos direitos (escancarada nas faixas apresentadas por torcedores do Corinthians no clássico de ontem, contra o São Paulo) e a tudo que ronda o futebol brasileiro, a nova concorrente tem mostrado uma enorme habilidade de angariar a simpatia não só dos clubes, oferecendo um contrato bem melhor, mas de outros diversos setores relacionados ao esporte.
Oferecer um montante nove vezes maior aos clubes deve, obviamente, melhorar a qualidade do campeonato, pois aumentará a capacidade de investimento de todos os participantes. Só isso já faria brilhar os olhos dos torcedores. Mas chamar as novas arenas por seus nomes verdadeiros, e não escondê-los (como faz a Globo, notadamente em relação ao Allianz Parque), é uma medida que gera um impacto econômico (quem quer colocar o nome num estádio se a transmissão não o cita?) mas, principalmente, de identificação junto aos torcedores. Transmitir jogos de clubes de todos os estados, e não priorizar basicamente os paulistas e cariocas, também é uma medida importantíssima nesse sentido, pois ajuda a difundir ainda mais o canal de forma nacional - no Nordeste ele já é forte, com a transmissão da "Lampions League".
Do ponto de vista competitivo, ainda mais importante que o simples aumento da cota dos clubes é sua melhor distribuição. Em vez do modelo injusto que configurou a partir da dissolução do Clube dos 13, a proposta é idêntica à do Campeonato Inglês, sendo parte da grana fixa e parte variável, contando não apenas o tamanho da torcida, mas também o desempenho dentro de campo. O Flamengo, que é beneficiado pelo modelo atual, já se posicionou a favor da mudança, graças à diretoria esclarecida que tem.
É claro que nada disso é por simples bondade, é evidente que os interesses econômicos estão como sempre por trás de tudo. Mas a questão não é essa: o fato é que o Esporte Interativo faz uma abordagem agressiva e, ao mesmo tempo, extremamente inteligente ao negociar os direitos do Brasileirão. As mudanças propostas são, todas, positivas para o futebol brasileiro, reivindicações há muito tempo reclamadas. No momento de fragilidade que vive a CBF, não existiria mesmo melhor hora para dar o bote. Ainda bem.
Comentários