Em uma semana, o Fluminense virou do avesso
Derrota para o Botafogo derrubou técnico e dirigente no Flu |
A demissão do treinador, como na maioria dos casos, ocorre no momento errado. Eduardo Baptista não fez um grande trabalho, longe disso: conseguiu estancar de forma relativa uma crise forte em 2015, a qual levava o Flu para as últimas posições da tabela do Brasileirão. Ele evitou o risco de queda e conseguiu levar o time à semifinal da Copa do Brasil. Mesmo assim, os números do ano passado foram negativos. Somados aos de 2016, contam apenas oito vitórias e 13 derrotas em 26 jogos, um pífio aproveitamento de 37%. É muito pouco.
Neste ano, além dos clássicos perdidos, o Fluminense desandou a levar gol. Tomou três de Volta Redonda, Madureira e Cruzeiro, somando 16 em dez partidas disputadas, boa parte delas contra equipes pequenas. O desempenho é realmente assustador. Mas o momento de demitir o treinador, se fosse o caso, não teria sido em dezembro, após o Campeonato Brasileiro? Iniciar a temporada apostando num nome que deu resposta só razoável não pode mais ocorrer por falta de opção ou preguiça de procurar alguém melhor, mas sim por absoluta convicção da direção. Que é tudo o que falta ao Flu.
A reza dos tricolores, agora, é para que Fred ao menos permaneça nas Laranjeiras. Não será fácil, não tanto pela crise (ele sempre enfrentou as anteriores com a liderança que tão bem exerce), mas pelos R$ 2 milhões mensais que estaria lhe oferecendo o voraz mercado chinês. Quanto a Eduardo Baptista, embora não demonstre arrependimento, talvez ter permanecido à frente do Sport no ano passado fosse uma melhor escolha.
Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo.
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