Calleri precisou de apenas 8 minutos para mostrar suas credenciais à torcida do São Paulo

Calleri (esq.) estreou com um golaço pelo São Paulo em Trujillo
Disputado a tapa por três clubes brasileiros que estão na Libertadores, Jonathan Calleri não precisou de muito tempo para mostrar ao São Paulo que o esforço em trazê-lo não foi em vão. Mais precisamente, oito minutos: ele entrou aos 12 do segundo tempo de um jogo fácil que se tornou difícil, e aos 20 já marcava o gol que deu ao Tricolor um empate importante em Trujillo, diante do César Vallejo, pela fase preliminar da Libertadores.

No excelente Boca Juniors campeão de tudo na Argentina no ano passado, o atacante de 22 anos foi sempre a peça menos conhecida do ataque. No primeiro semestre, atuava ao lado do poderoso italiano Pablo Osvaldo; no segundo, seu companheiro de ataque era simplesmente Carlitos Tevez. Mas isso pela imagem e fama, não pelo futebol. Calleri formou, ao lado do excelente Marco Rubén, do Rosario Central, a melhor dupla de ataque do futebol platino em 2015, tendo desempenho superior até aos seus colegas mais famosos. Não tem porte de centroavante (1,79 m, 75 kg), mas sabe jogar como tal, de costas, protegendo a bola entre os zagueiros. Ao mesmo tempo, tem velocidade, sabe atuar pelos lados e tabelar com quem vem de trás ou ao seu lado. E a frieza na hora de concluir...

O César Vallejo viu de cara. Oportunista, Calleri aproveitou o vacilo do zagueirão peruano em um lançamento longo para aproveitar a sobra e encobrir o goleiro Libman com rara categoria. Foi sua estreia no São Paulo. Um jogo que parecia fácil, mas se complicou devido aos vários gols perdidos pelo Tricolor no começo do jogo e um chute absurdo de Hohberg, aos 18 minutos, que pôs o time da casa à frente no placar quando o gol paulista parecia questão de tempo. Gol não dado de Alan Kardec à parte, o time de Edgardo Bauza precisava sim de mais precisão nas conclusões. E isso Calleri tem de sobra. O 1 a 1 deixa o São Paulo a um empate sem gols da fase de grupos, em jogo que será disputado quarta que vem, no Pacaembu.

Diante da irregularidade de Centurión e da possibilidade de contar com o novo contratado em mais de uma função no ataque, vai ser difícil Bauza não escalá-lo como titular do ataque, ao lado de Alan Kardec. E é bom aproveitar logo, pois o contrato de empréstimo é curto, de apenas seis meses. Talvez sabendo disso é que Calleri tenha levado tão pouco tempo para marcar seu primeiro gol pelo São Paulo. Ele sabe que o relógio vai correr rápido em sua passagem pelo Morumbi.

Foto: Rubens Chiri/São Paulo.

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