O Vasco passou longe de ficar, mas a briga entre Avaí e Figueirense ferveu na última rodada

Com Jorginho, Vasco foi o 8º melhor time do returno. Mesmo assim, não deu
Falávamos que na briga pelo G-4 a lógica prevaleceu. Contra a queda, também: em nenhum momento da tarde de ontem o Vasco ficou fora da zona de rebaixamento. Na verdade, desde a 4ª rodada a equipe carioca ocupa esta posição infame. Sua queda não se deu ontem: se confirmou ontem, apenas. Ela ocorreu, talvez, na derrota para o Coritiba no primeiro turno, no Maracanã, no último minuto do jogo, em um lance bobo. Ali, o Vasco fechava o turno com 13 pontos. Mais que dobrou o índice no returno. Mesmo assim, insuficiente.

O choro de Jorginho ao final do jogo é legítimo: é a emoção de alguém que fez de tudo para o Vasco sair desta situação e, infelizmente, não conseguiu. O terceiro rebaixamento em oito anos é um exagero para um gigante do futebol brasileiro. Porém, a impressão inicial é de que, em 2016, a equipe carioca terá o apoio da torcida.

Nem sempre essa lógica se confirma: em 2014, em sua segunda passagem pela Série B, o Vasco foi mais cobrado que apoiado. A campanha apenas regular (3º lugar) não foi comemorada por quase ninguém, mesmo com o acesso. Agora, por mais que muita gente deva ir embora, há a impressão de que ao menos uma estrutura existe para começar, especialmente se Jorginho permanecer no cargo. Não é comum treinadores rebaixados com um grande clube continuarem (Gílson Kleina, no Palmeiras, foi um dos únicos), mas é inegável que seu trabalho em 2015 foi bom. E há o reconhecimento dos torcedores de que o time que caiu foi o Vasco de maio a agosto, não este dos últimos três meses.

A equipe da cruz de malta deve fazer um bate-volta pela Série B de novo. O perigoso é isso se tornar uma rotina, o que está cada vez mais perto de ser mesmo uma realidade.

Rivalidade à flor da pele em Floripa
O alívio do Figueira: permanência na Série A e rival rebaixado
A grande briga da última rodada lá embaixo foi entre os eternos rivais Figueirense e Avaí. O time da ilha tinha um ponto de vantagem, mas enfrentava o Corinthians em Itaquera, enquanto o rival recebia o desinteressado Fluminense. O gol do Figueira no começo da etapa final selava a queda do Vasco e parecia selar a avaiana também, mas o inesperado gol de Claudinei jogava o Figueirense de volta para a Série B. Ninguém esperava uma vitória do Avaí sobre o campeão brasileiro fora de casa.

E ela não veio, mesmo: Vágner Love empatou, rebaixou o time da Ressacada e provocou a festa dupla no Orlando Scarpelli: o Figueirense escapou e, de quebra, com isso viu seu maior rival cair. O Avaí foi valente: seu empate em São Paulo talvez tenha sido o único resultado ilógico do domingo. Sinal de que a equipe se esforçou demais, mas não o suficiente para evitar o rebaixamento.

Série A 2016
América-MG
Atlético-MG
Atlético-PR
Botafogo
Chapecoense
Corinthians
Cruzeiro
Figueirense
Flamengo
Fluminense
Grêmio
Internacional
Palmeiras
Ponte Preta
Santa Cruz
Santos
São Paulo
Sport
Vitória
Curiosidades: Santa Catarina perde a condição de segundo estado mais representando, caindo de quatro para dois clubes na Série A. Agora, fora São Paulo (cinco clubes), quem tem mais são Minas Gerais e Rio de Janeiro (ambos com três).

Série B 2016
Atlético-GO
Avaí
Bahia
Bragantino
Brasil
Ceará
CRB
Criciúma
Goiás
Joinville
Londrina
Luverdense
Náutico
Oeste
Paraná
Paysandu
Sampaio Corrêa
Tupi
Vasco
Vila Nova
Curiosidades: com a queda do Goiás e a subida do Vila Nova, a Série B terá três goianos em 2016. Santa Catarina também terá três clubes.

Série C 2016
ABC
América-RN
ASA
Boa Esporte
Botafogo-PB
Botafogo-SP
Confiança
Cuiabá
Fortaleza
Guarani
Guaratinguetá
Juventude
Macaé
Mogi Mirim
Portuguesa
Remo
Ríver
Salgueiro
Tombense
Ypiranga
Curiosidades: o Piauí volta a estar representado. Destaque também para o clássico de Natal, entre América-RN x ABC, que volta à Série C em 2016.

Fotos: Vasco/Divulgação e Figueirense/Divulgação.

Comentários