Confrontos teoricamente desparelhos nas oitavas da Liga dos Campeões
PSG e Chelsea se encontrarão pela terceira vez seguida |
Paris Saint-Germain e Chelsea, aliás, se encontrarão pela terceira vez seguida na competição. Em 2014, nas quartas de final, os ingleses levaram a melhor no finzinho, pelo saldo qualificado; no ano seguinte, os franceses deram o troco na prorrogação, em pleno Stamford Bridge, com gols de David Luiz e Thiago Silva. Agora, o favoritismo é todo da equipe parisiense: praticamente tetracampeão francês com mais de um turno de antecedência, o PSG encara um rival que luta contra o rebaixamento na Inglaterra. O detalhe é que a decisão será em Londres, pois, mesmo muito mal na Premier League, o Chelsea liderou seu grupo na Champions, ao contrário do time de Ibrahimovic, que ficou atrás do Real Madrid na fase inicial.
Outro confronto que chama muito a atenção é o entre Juventus e Bayern München. A decisão é na Alemanha, e o time de Guardiola chega mais bem preparado, mas é importante notar a ascensão recente dos italianos, que começam a se afirmar na atual temporada. Outro jogo que promete é Barcelona x Arsenal. O favoritismo catalão é inegável, até porque ele se daria contra qualquer time do mundo, mas a equipe de Arsène Wenger vem em seu melhor ano recente e conseguiu classificação histórica na última rodada, em Pireu, contra o Olympiakos. Chega, portanto, fortalecida.
Dentre as partidas sem as equipes mais badaladas, o confronto entre os ótimos Atlético de Madrid e PSV é outro que promete boas emoções. O Real Madrid é favorito contra a Roma, e o Zenit contra o Benfica. O Manchester City deve ter trabalho com o Dinamo Kiev, e, no jogo dos "patinhos feios", o surpreendente Gent larga como franco-atirador diante do interessantíssimo Wolfsburg.
Que sejam grandes jogos. Afinal, nem só Bayern, Real e Barça deve viver o futebol europeu.
O Leicester veio para ficar
O Leicester é a grande surpresa da temporada europeia até agora. Lanterna em boa parte do campeonato passado, o time do histórico retranqueiro técnico italiano Claudio Ranieri mostrou que veio para brigar até o fim pelo título inglês de 2015/16. Ontem, bateu o Chelsea por 2 a 1 com merecimento e manteve a liderança. Aós 16 rodadas, tem 35 pontos, contra 33 do Arsenal e 32 do Manchester City. Nas próximas três rodadas, a prova de fogo: Everton e Liverpool, ambos fora de casa, e o City, em Manchester. Fechando 2015 (e o turno) na liderança, tem tudo para se manter na briga até o final.
E o Chelsea, veio para quê?
Nove derrotas em 16 jogos. Quase metade do Campeonato Inglês já se passou, e o Chelsea ainda não começou sua recuperação. Longe disso: com apenas 15 pontos e um ridículo aproveitamento de 31,3%, o time é candidato ao rebaixamento. Mesmo com a base campeã nacional de seis meses atrás, a equipe de José Mourinho ocupa o incômodo 15º lugar, um pontinho à frente da zona de descenso, atrás de adversários modestíssimos, como Stoke e Bournemouth. O consolo talvez possa ser o Borussia Dortmund da temporada passada, que virou o ano na lanterna do Campeonato Alemão, mas reagiu e acabou em 7º. Fora da Liga dos Campeões 2016/17 a equipe já está, na prática. Para a Liga Europa, já começa a ficar bem complicado. Muito pouco para quem gasta tanto.
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