A volta de Alex é providencial para Argel montar o Inter

Alex jogará domingo, recuperado de dores na panturrilha

Um dos principais problemas do Internacional em 2015 foi a articulação. No primeiro semestre, o time de Diego Aguirre marcava gols basicamente através de roubadas de bola no campo ofensivo, mas sofria quando precisava criar jogadas. Na Era Argel, os lances trabalhados ficaram ainda mais raros, e e chutadores como Valdívia e Vitinho é que salvaram a pátria. Muito deste problema se deve à má temporada de D'Alessandro e ao ano ainda pior de Alex, seu reserva imediato.

Falo tudo isso para saudar a volta de Alex à equipe neste domingo, contra o Cruzeiro. Não, não é ironia: se as coisas estão ultimamente ruins com D'Ale ou Alex, ficam muito piores sem nenhum dos dois. Nem Valdívia. Nem Eduardo Sasha. Ou nem ao menos o menino Alisson Farias.

O fato é que os desfalques são tantos que, caso Alex não se recuperasse de sua lesão na panturrilha, Argel teria de usar uma das três soluções emergenciais que o elenco ainda oferece: escalar o jovem Andrigo ao lado de Anderson; recuar Vitinho e colocar Bruno Baio ao Lisandro López; ou, pior ainda, colocar um terceiro volante (Silva ou Bertotto) no time e liberar Anderson para ser o único meia criativo. Num jogo difícil, de necessidade vital de vitória, qualquer destas possibilidades seria um enorme risco de não dar certo. Tudo pelo cartão infantil de D'Alessandro no Maracanã.

No treino de ontem, Argel recebeu quatro retornos importantes do departamento médico. William, Paulão e Lisandro voltaram aos treinos e vão jogar contra a Raposa. Mas nenhuma volta é mais importante que a de Alex neste momento. Menos pelo futebol que ele vem apresentando, muito mais pela falta de opções para um setor tão importante para a equipe.

Em tempo:
- Diante de um elenco variado e um time cujo estilo de jogo é normalmente bastante intenso, Diego Aguirre tem boas chances de dar certo no Atlético-MG. Basta que a direção lhe dê confiança e a torcida tenha paciência.

- Exclusão do Real Madrid da Copa do Rei por inscrição irregular é candidata ao Fiasco do Ano no Carta na Mesa.

- Belgrano recusa R$ 11 milhões oferecidos pelo Grêmio por Zelarayán. Está certo: pela qualidade do meia, dá para tirar mais dinheiro. Quanto ao clube gaúcho, investir mais que isso já beiraria a irresponsabilidade, embora o meia seja de alto nível e tenha poder de revenda considerável.

Foto: Ricardo Duarte/Internacional.