Escalação provável de Tata Martino indica uma Argentina respeitosa diante do Brasil
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Tata perdeu Messi, Tevez e Agüero para o clássico de hoje |
É que tudo parece jogar contra a Argentina neste momento. O início de sua campanha rumo à Rússia foi decepcionante e preocupante, com derrota ao natural em casa para o Equador e um empate em 0 a 0 com o modesto Paraguai em Assunção. A equipe chega para o superclássico desfalcada de seu principal artilheiro (Agüero), seu maior ídolo do futebol local (Tevez) e, claro, seu maior craque do último quarto de século (Messi). O Brasil, é verdade, está longe de viver um grande momento, mas tem Neymar numa fase mágica. Ele é, sem sombra de dúvida, o jogador com mais chances de desequilibrar o jogo desta noite.
Primeiro técnico de Neymar no Barcelona, quando ele ainda era um coadjuvante de Messi, Tata Martino sabe bem disso. Sua escalação provável é extremamente respeitosa: três volantes (Mascherano, Biglia e Banega), embora todos com boa saída de bola, e dois laterais que pouco apoiam (Roncaglia e Rojo). Di María, mantida a formação habitual, jogará na ponta esquerda. Porém, como não tem Messi e escalará dois homens de área (Lavezzi e Higuaín), é bem possível que Tata o escale como enganche. Daria articulação a um meio-campo bastante pesado.
Mas atenção: respeitar não é temer. Até por conta desse time mais robusto, o provável é que os argentinos exerçam uma forte pressão no início, para tentar abrir vantagem logo e, com o time mais corpulento que terá, tratar de administrar o resultado diante da leveza brasileira. Sair perdendo e abrir espaço para os contragolpes rivais (desta vez com Neymar, e não Hulk, como diante do Chile) seria trágico.
O Brasil, incrivelmente, está armado de forma mais ousada. Dunga irá de Neymar como falso nove e deve abrir Douglas Costa e Willian pelos lados, como eles tão bem andam desempenhando em seus clubes. Luiz Gustavo e Elias devem jogar mais presos, e Oscar centralizado. Melhor seria Elias e Oscar jogassem numa mesma linha, com tarefas defensivas e de chegada similares. É assim que o volante corintiano rende mais. Até porque depender só do meia do Chelsea na articulação é temerário, já que sua fase não é das melhores.
Seja como for, o empate é bom negócio para o Brasil. Numa eliminatória tão equilibrada, talvez menos que os habituais 30 pontos garantam o G-4. Neste caso, fazer o dever de casa sempre é 90% do caminho andado, e beliscar empates fora é valioso. Diante da Argentina, em Buenos Aires, venha ela do jeito que vier, é ainda mais importante.
La Paz: costumeiras azarãs, Bolívia e Venezuela já estão em situação delicada nas eliminatórias. Ambas perderam seus dois jogos iniciais. Na altitude, os bolivianos são favoritos hoje.
Quito: ao contrário de La Paz, a partida das 19h30 reúne duas equipes que estão com 100% de aproveitamento até agora. O embalado Equador, se vencer, consolida sua posição de sério postulante a uma vaga na Copa. Para o Uruguai, empatar em Quito será um imenso resultado. Não fosse Argentina x Brasil, seria o jogo mais chamativo da rodada.
Santiago: outro belo jogo, com favoritismo claro para o Chile, que começou vencendo seus dois jogos e é um dos favoritos a ir ao Mundial. Para a Colômbia, a má Copa América e a derrota pesada para o Uruguai em Montevidéu foram dois resultados duros. Um empate em Santiago cairia bem demais.
Foto: AFA.
Primeiro técnico de Neymar no Barcelona, quando ele ainda era um coadjuvante de Messi, Tata Martino sabe bem disso. Sua escalação provável é extremamente respeitosa: três volantes (Mascherano, Biglia e Banega), embora todos com boa saída de bola, e dois laterais que pouco apoiam (Roncaglia e Rojo). Di María, mantida a formação habitual, jogará na ponta esquerda. Porém, como não tem Messi e escalará dois homens de área (Lavezzi e Higuaín), é bem possível que Tata o escale como enganche. Daria articulação a um meio-campo bastante pesado.
Mas atenção: respeitar não é temer. Até por conta desse time mais robusto, o provável é que os argentinos exerçam uma forte pressão no início, para tentar abrir vantagem logo e, com o time mais corpulento que terá, tratar de administrar o resultado diante da leveza brasileira. Sair perdendo e abrir espaço para os contragolpes rivais (desta vez com Neymar, e não Hulk, como diante do Chile) seria trágico.
O Brasil, incrivelmente, está armado de forma mais ousada. Dunga irá de Neymar como falso nove e deve abrir Douglas Costa e Willian pelos lados, como eles tão bem andam desempenhando em seus clubes. Luiz Gustavo e Elias devem jogar mais presos, e Oscar centralizado. Melhor seria Elias e Oscar jogassem numa mesma linha, com tarefas defensivas e de chegada similares. É assim que o volante corintiano rende mais. Até porque depender só do meia do Chelsea na articulação é temerário, já que sua fase não é das melhores.
Seja como for, o empate é bom negócio para o Brasil. Numa eliminatória tão equilibrada, talvez menos que os habituais 30 pontos garantam o G-4. Neste caso, fazer o dever de casa sempre é 90% do caminho andado, e beliscar empates fora é valioso. Diante da Argentina, em Buenos Aires, venha ela do jeito que vier, é ainda mais importante.
La Paz: costumeiras azarãs, Bolívia e Venezuela já estão em situação delicada nas eliminatórias. Ambas perderam seus dois jogos iniciais. Na altitude, os bolivianos são favoritos hoje.
Quito: ao contrário de La Paz, a partida das 19h30 reúne duas equipes que estão com 100% de aproveitamento até agora. O embalado Equador, se vencer, consolida sua posição de sério postulante a uma vaga na Copa. Para o Uruguai, empatar em Quito será um imenso resultado. Não fosse Argentina x Brasil, seria o jogo mais chamativo da rodada.
Santiago: outro belo jogo, com favoritismo claro para o Chile, que começou vencendo seus dois jogos e é um dos favoritos a ir ao Mundial. Para a Colômbia, a má Copa América e a derrota pesada para o Uruguai em Montevidéu foram dois resultados duros. Um empate em Santiago cairia bem demais.
Foto: AFA.
Comentários
Agora é um jogo com favoritismo violento pro Chile.
Como as coisas mudam rapidamente...