As vantagens e desvantagens de São Paulo e Inter para este sábado decisivo
Em condições normais, o compromisso do Internacional (5º, 56) seria obviamente mais complicado que o do São Paulo (4º, 56) hoje à tarde. Mas a situação promete o contrário: enquanto o Tricolor Paulista vem massacrado após levar 6 a 1 do Corinthians, o Colorado chega embalado após tirar um enorme peso das costas por ter ganhado o último Gre-Nal. E os adversários só colaboram para que o cenário seja justamente o de mais dificuldades para os paulistas e nem tanto assim para os gaúchos.
Argel lembrou bem: o Fluminense (14º, 46) virá solto, sem compromisso, e o fato de entrar com muitos reservas significa um time formado por atletas dispostos a mostrarem seu valor. Citou até o 6 a 1 corintiano da semana passada, conquistado com sete suplentes em campo. Mas a situação agora é bem diferente: o time do Flu não chega animado por um título conquistado, não terá um Maracanã lotado a seu favor e, o principal, não é um time de reservas de alto nível e experiência. É uma gurizada, um Xerém FC, praticamente. Seria como se o Inter entrasse em campo com Bertotto, Silva, Bruno Baio, Alisson Farias e dois ou três mais experientes. Por melhor que seja a base do Flu, e por pior que venha sendo seu time titular, é uma grande diferença. Wellington Paulista no lugar de Fred também.
Já o São Paulo encara o Figueirense (16º, 40), que é mais fraco que o Flu, que terá de encarar o Morumbi, mas que tem a clara motivação de fugir do rebaixamento. Será o típico jogo de paciência: o São Paulo precisa saber que tem 90 minutos para fazer um gol, mas, se não marcá-lo cedo, poderá ter problemas ao longo do jogo, todos devidos à ansiedade. Vencer é inadiável, dado o favoritismo colorado no Maracanã. E a pressão será tremenda sobre os jogadores. Se o gol não sair logo, o Figueira verá sua estratégia de segurar o empate justificada, poderá ter cada vez mais espaços para contra-atacar e poderá até vencer o jogo, por mais que esta não seja a tendência.
A vantagem são-paulina é a escalação: no fiasco de Itaquera, Ganso, Luís Fabiano e Pato, todos jogadores importantes do sistema ofensivo, estiveram de fora. Hoje, eles voltam. Dificilmente o São Paulo perde pontos com os três no Morumbi. Já o Inter, mais uma vez, vai em trapilhos para o Rio: aos nove desfalques já conhecidos, soma-se o de Alisson Farias, o único reserva de certo destaque do meio pra frente. Em caso de o time precisar se modificar para vencer o jogo, isso é um enorme problema. Muriel no lugar de Alisson também.
Quanto ao horário, o ideal é que os jogos fossem disputados simultaneamente, mas a CBF coloca os interesses televisivos acima dos critérios de competitividade quase sempre. Vantagem? Depende do São Paulo: se ele vencer o Figueirense às 17h, o Inter joga pressionado às 19h30. Se não conseguir, o Colorado chega mais animado para o Maracanã. Jogar sabendo o que é necessário é quase sempre melhor, claro, mas é preciso cuidado com as tentações: se o São Paulo perde, por exemplo, ao Inter um empate já será teoricamente bom. E quem joga para empatar quase que invariavelmente perde.
Em tempo:
- O outro jogo do sábado reúne o desesperado Avaí (17º, 38) e a tranquila Ponte Preta (9º, 51) em Florianópolis. O Leão joga sabendo se poderá ultrapassar o rival Figueirense ou não. É na Ressacada, às 21h.
- Rodada decisiva da Série B tem jogos entre os quatro que subiram (Botafogo x América-MG, Santa Cruz x Vitória), mas, principalmente, decisão lá atrás: Ceará (17º, 42) x Macaé (15º, 43) fazem duelo direto contra o rebaixamento. O também ameaçado Oeste (16º, 43) recebe o Paysandu (7º, 59), em Osasco.
- A FGF acerta ao colocar seis mandos para cada um dos grandes na tabela do Gauchão 2016, com o Gre-Nal desta vez na Arena. O que chama a atenção é a dificuldade em inverter os mandos de 2015, tendência histórica do estadual. Mais uma vez, o Grêmio enfrentará Ypiranga, Lajeadense, Passo Fundo e Juventude nos mesmos estádios deste ano, enquanto o Inter fará o mesmo com estes quatro e mais o Novo Hamburgo - que, por algum motivo desconhecido, jogará com os grandes sempre fora de casa. Difícil de entender, mas menos pior que em outras temporadas, o que já é um consolo.
Argel lembrou bem: o Fluminense (14º, 46) virá solto, sem compromisso, e o fato de entrar com muitos reservas significa um time formado por atletas dispostos a mostrarem seu valor. Citou até o 6 a 1 corintiano da semana passada, conquistado com sete suplentes em campo. Mas a situação agora é bem diferente: o time do Flu não chega animado por um título conquistado, não terá um Maracanã lotado a seu favor e, o principal, não é um time de reservas de alto nível e experiência. É uma gurizada, um Xerém FC, praticamente. Seria como se o Inter entrasse em campo com Bertotto, Silva, Bruno Baio, Alisson Farias e dois ou três mais experientes. Por melhor que seja a base do Flu, e por pior que venha sendo seu time titular, é uma grande diferença. Wellington Paulista no lugar de Fred também.
Já o São Paulo encara o Figueirense (16º, 40), que é mais fraco que o Flu, que terá de encarar o Morumbi, mas que tem a clara motivação de fugir do rebaixamento. Será o típico jogo de paciência: o São Paulo precisa saber que tem 90 minutos para fazer um gol, mas, se não marcá-lo cedo, poderá ter problemas ao longo do jogo, todos devidos à ansiedade. Vencer é inadiável, dado o favoritismo colorado no Maracanã. E a pressão será tremenda sobre os jogadores. Se o gol não sair logo, o Figueira verá sua estratégia de segurar o empate justificada, poderá ter cada vez mais espaços para contra-atacar e poderá até vencer o jogo, por mais que esta não seja a tendência.
A vantagem são-paulina é a escalação: no fiasco de Itaquera, Ganso, Luís Fabiano e Pato, todos jogadores importantes do sistema ofensivo, estiveram de fora. Hoje, eles voltam. Dificilmente o São Paulo perde pontos com os três no Morumbi. Já o Inter, mais uma vez, vai em trapilhos para o Rio: aos nove desfalques já conhecidos, soma-se o de Alisson Farias, o único reserva de certo destaque do meio pra frente. Em caso de o time precisar se modificar para vencer o jogo, isso é um enorme problema. Muriel no lugar de Alisson também.
Quanto ao horário, o ideal é que os jogos fossem disputados simultaneamente, mas a CBF coloca os interesses televisivos acima dos critérios de competitividade quase sempre. Vantagem? Depende do São Paulo: se ele vencer o Figueirense às 17h, o Inter joga pressionado às 19h30. Se não conseguir, o Colorado chega mais animado para o Maracanã. Jogar sabendo o que é necessário é quase sempre melhor, claro, mas é preciso cuidado com as tentações: se o São Paulo perde, por exemplo, ao Inter um empate já será teoricamente bom. E quem joga para empatar quase que invariavelmente perde.
Em tempo:
- O outro jogo do sábado reúne o desesperado Avaí (17º, 38) e a tranquila Ponte Preta (9º, 51) em Florianópolis. O Leão joga sabendo se poderá ultrapassar o rival Figueirense ou não. É na Ressacada, às 21h.
- Rodada decisiva da Série B tem jogos entre os quatro que subiram (Botafogo x América-MG, Santa Cruz x Vitória), mas, principalmente, decisão lá atrás: Ceará (17º, 42) x Macaé (15º, 43) fazem duelo direto contra o rebaixamento. O também ameaçado Oeste (16º, 43) recebe o Paysandu (7º, 59), em Osasco.
- A FGF acerta ao colocar seis mandos para cada um dos grandes na tabela do Gauchão 2016, com o Gre-Nal desta vez na Arena. O que chama a atenção é a dificuldade em inverter os mandos de 2015, tendência histórica do estadual. Mais uma vez, o Grêmio enfrentará Ypiranga, Lajeadense, Passo Fundo e Juventude nos mesmos estádios deste ano, enquanto o Inter fará o mesmo com estes quatro e mais o Novo Hamburgo - que, por algum motivo desconhecido, jogará com os grandes sempre fora de casa. Difícil de entender, mas menos pior que em outras temporadas, o que já é um consolo.
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