No jogo que não deveria ter ocorrido, o Grêmio mereceu a vitória e ficou à beira da Libertadores
A noite de ontem não deveria ter sido de futebol, mas a falta de sensibilidade de quem gere o esporte no nosso país impera absoluta. O clima em Porto Alegre não era para jogo, mas para luto e reconstrução: se semana passada as chuvas fortes já alagaram boa parte do Rio Grande do Sul, a tempestade de quarta à noite (graças a Deus não havia jogo marcado para a capital dois dias atrás) arrasou o que ainda estava de pé. Incluindo a Vila Farrapos, ao lado da Arena do Grêmio, que, bem feito, recebeu só 10 mil pessoas ontem à noite, num jogo que poderia ser de 35 mil se fosse adiado para uma data mais adequada.
O jogo em si, dentro de campo, foi talvez a única coisa positiva que tenha ocorrido em toda a cidade ontem, mesmo que sua realização tenha sido inadequada e irresponsável. Grêmio e Santos fizeram o que deles se espera: o time sensação do turno contra o então melhor do returno. Um confronto aberto, interessante, com variações, muito bem jogado. De muitos passes e pouquíssimas faltas. Chances bem trabalhadas que resultaram numa única injustiça: o de termos visto apenas um gol, o da justa vitória do time gaúcho, que foi mesmo melhor que o Peixe. E de bola parada, suprema ironia para dois dos times que melhor sabem jogar pelo chão atualmente no país.
Feliz com a boa atuação de seu time após os tão esperados 11 dias de parada no Brasileiro, Roger Machado faz bem em manter a ideia de título, por mais remota que ela seja. Porque a tentação de dizer que o Grêmio está praticamente de férias é grande diante do panorama atual: nove pontos atrás do Corinthians, nove à frente do Santos e do São Paulo, o Tricolor muito dificilmente será campeão ou não irá à Libertadores do ano que vem. Está praticamente sem objetivos de tabela para os próximos dois meses, mas é justamente aí que mora o perigo: relaxar a ponto de quem vem atrás tirar a diferença.
Ainda assim, é muito difícil que isso aconteça. Não apenas pelo discurso do treinador, mas também o dos atletas, que falaram exatamente o mesmo logo após o apito final da boa vitória de ontem. E pela situação em si do campeonato: em nenhum momento os perseguidores mais próximos colocaram em risco a 3ª posição gremista na tabela. Desde a 18ª rodada, a diferença nunca é inferior a quatro pontos. Chegou, agora, ao seu máximo. E Santos, São Paulo e Palmeiras, os mais próximos, além de não enfrentarem mais o Tricolor nas rodadas finais, têm a disputa paralela da Copa do Brasil neste fim de outubro. Mesmo que relaxe por três jogos seguidos e veja os rivais encostarem, o Grêmio ainda assim estará em vantagem. Com sete times em disputa por uma vaga, o perde-ganha será enorme ali atrás.
Neste cenário de absoluta tranquilidade, mirar primeiro o Atlético Mineiro em busca do vice-campeonato é um objetivo ainda plausível. São cinco pontos de distância, com um jogo entre ambos em Porto Alegre por ser realizado. O Grêmio jamais conseguiu ultrapassar o Galo, mas é o que dá para ser feito. Porque secar o Corinthians, como talvez muitos tenham tentado ontem, diante do fraco Goiás, é perda de tempo.
O jogo em si, dentro de campo, foi talvez a única coisa positiva que tenha ocorrido em toda a cidade ontem, mesmo que sua realização tenha sido inadequada e irresponsável. Grêmio e Santos fizeram o que deles se espera: o time sensação do turno contra o então melhor do returno. Um confronto aberto, interessante, com variações, muito bem jogado. De muitos passes e pouquíssimas faltas. Chances bem trabalhadas que resultaram numa única injustiça: o de termos visto apenas um gol, o da justa vitória do time gaúcho, que foi mesmo melhor que o Peixe. E de bola parada, suprema ironia para dois dos times que melhor sabem jogar pelo chão atualmente no país.
Feliz com a boa atuação de seu time após os tão esperados 11 dias de parada no Brasileiro, Roger Machado faz bem em manter a ideia de título, por mais remota que ela seja. Porque a tentação de dizer que o Grêmio está praticamente de férias é grande diante do panorama atual: nove pontos atrás do Corinthians, nove à frente do Santos e do São Paulo, o Tricolor muito dificilmente será campeão ou não irá à Libertadores do ano que vem. Está praticamente sem objetivos de tabela para os próximos dois meses, mas é justamente aí que mora o perigo: relaxar a ponto de quem vem atrás tirar a diferença.
Ainda assim, é muito difícil que isso aconteça. Não apenas pelo discurso do treinador, mas também o dos atletas, que falaram exatamente o mesmo logo após o apito final da boa vitória de ontem. E pela situação em si do campeonato: em nenhum momento os perseguidores mais próximos colocaram em risco a 3ª posição gremista na tabela. Desde a 18ª rodada, a diferença nunca é inferior a quatro pontos. Chegou, agora, ao seu máximo. E Santos, São Paulo e Palmeiras, os mais próximos, além de não enfrentarem mais o Tricolor nas rodadas finais, têm a disputa paralela da Copa do Brasil neste fim de outubro. Mesmo que relaxe por três jogos seguidos e veja os rivais encostarem, o Grêmio ainda assim estará em vantagem. Com sete times em disputa por uma vaga, o perde-ganha será enorme ali atrás.
Neste cenário de absoluta tranquilidade, mirar primeiro o Atlético Mineiro em busca do vice-campeonato é um objetivo ainda plausível. São cinco pontos de distância, com um jogo entre ambos em Porto Alegre por ser realizado. O Grêmio jamais conseguiu ultrapassar o Galo, mas é o que dá para ser feito. Porque secar o Corinthians, como talvez muitos tenham tentado ontem, diante do fraco Goiás, é perda de tempo.
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