Um clássico inesquecível no domingo e um jogaço que promete na quarta: o Brasileirão pega fogo
Num campeonato cheio de grandes jogos desde a 1ª rodada, o clássico entre Palmeiras e Corinthians superou todas os demais 229 que já foram disputados até agora. A partida no Allianz Parque foi tão boa que, felizmente, virou a manchete principal deste final de semana, superando os erros de arbitragem como assunto dominante - isso que houve equívocos graves no Fla-Flu, um jogo de proporções enormes. E o Fluminense tem mesmo todo o direito de esbravejar aos quatro ventos contra as catastróficas decisões do mineiro Ricardo Marques Ribeiro.
É que Palmeiras e Corinthians fizeram uma partida com todos os ingredientes que um grande clássico tem, exceto um: o de que o jogo entre os dois rivais é chato, estudado, excessivamente respeitoso. No Brasileirão 2015, aliás, a tônica tem sido de clássicos abertos, corajosos, com gols. Ontem, foram cinco só no primeiro tempo. Falhas das defesas? Sim, elas logicamente ocorreram, mas o 3 a 2 parcial se deveu muito menos a equívocos defensivos do que à qualidade apresentada pelos dois lados na hora da construção das jogadas. Por que na Europa um 3 a 3 é visto como um grande jogo e aqui significa uma pelada? Chega de coitadismo.
O Corinthians, por sua vez, mostrou ser muito mais do que um time simplesmente pragmático. A equipe de Tite joga desta forma quando está em vantagem, e por isso dá a errada e injusta impressão de ser um time médio bem treinado. Mas não: ontem, o Timão mostrou também uma incrível uma capacidade de reação, bem além das duas viradas que já construiu no Brasileirão, contra Internacional e Avaí. Teve a cabeça sempre no lugar e a frieza de nunca se abater com as três desvantagens a que esteve submetido ao longo da partida. O resultado, pode não parecer, mas foi ótimo: porque o Palmeiras jogou melhor, teve mais volume, mereceu mais a vitória. Não ter perdido, ter somado um ponto na casa de seu maior rival, foi muito positivo.
O Campeonato Brasileiro, que já viveu uma tarde espetacular ontem, promete ver uma noite de gala nesta quarta. Em campo, Corinthians e Grêmio farão outro confronto que tem tudo para ser inesquecível. É o duelo de dois times que não perdem há muito tempo; o duelo do melhor técnico brasileiro da atualidade contra um dos mais promissores dentre os novos - o do mestre Tite com seu pupilo Roger. O Tricolor Gaúcho, a exemplo do Timão, mostrou muita força ontem: mesmo cheio de desfalques novamente, saiu atrás e virou o placar sobre o Goiás, com gols construídos basicamente por seus reservas, algo impensável para quem supostamente não tem bom elenco. O Grêmio de Roger é muito forte: ganha quase sempre que joga bem e tem conseguido isso também quando não consegue joga bem. Com 44 pontos, está, como o Corinthians, praticamente garantido na Libertadores do ano que vem. O G-4, a rigor, tem apenas uma vaga em disputa.
A partida em Itaquera é, sim, decisiva. Claro, ainda faltarão 14 jogos depois do de quarta-feira, mas nunca a expressão "jogo de seis pontos" valeu tanto. Uma vitória corintiana praticamente retira o Grêmio da disputa pelo título. Porém, se quebrar esta longa invencibilidade de 15 jogos do Corinthians, o time gaúcho diminui para três a diferença entre ambos, reabrindo de vez o campeonato. O empate mantém a distância em seis, e deixa o Grêmio ainda perto, mas não de fato na briga. Pode não parecer, mas a igualdade no placar quarta é até mais negócio para o time de Roger do que para o Tite. Afinal, não perder em Itaquera é algo raro, e não tiraria de vez o Tricolor da disputa. Para a equipe paulista, porém, seria um segundo tropeço seguido, o que deve causar a aproximação do Atlético Mineiro, que recebe o Avaí em Belo Horizonte e pode, neste caso, diminuir para apenas três a diferença entre líder e vice.
O Campeonato Brasileiro de 2015, o melhor dos últimos anos, pega fogo. E a rodada deste meio de semana promete ser a melhor de todas até agora. Melhor até que a deste domingo.
É que Palmeiras e Corinthians fizeram uma partida com todos os ingredientes que um grande clássico tem, exceto um: o de que o jogo entre os dois rivais é chato, estudado, excessivamente respeitoso. No Brasileirão 2015, aliás, a tônica tem sido de clássicos abertos, corajosos, com gols. Ontem, foram cinco só no primeiro tempo. Falhas das defesas? Sim, elas logicamente ocorreram, mas o 3 a 2 parcial se deveu muito menos a equívocos defensivos do que à qualidade apresentada pelos dois lados na hora da construção das jogadas. Por que na Europa um 3 a 3 é visto como um grande jogo e aqui significa uma pelada? Chega de coitadismo.
O Corinthians, por sua vez, mostrou ser muito mais do que um time simplesmente pragmático. A equipe de Tite joga desta forma quando está em vantagem, e por isso dá a errada e injusta impressão de ser um time médio bem treinado. Mas não: ontem, o Timão mostrou também uma incrível uma capacidade de reação, bem além das duas viradas que já construiu no Brasileirão, contra Internacional e Avaí. Teve a cabeça sempre no lugar e a frieza de nunca se abater com as três desvantagens a que esteve submetido ao longo da partida. O resultado, pode não parecer, mas foi ótimo: porque o Palmeiras jogou melhor, teve mais volume, mereceu mais a vitória. Não ter perdido, ter somado um ponto na casa de seu maior rival, foi muito positivo.
O Campeonato Brasileiro, que já viveu uma tarde espetacular ontem, promete ver uma noite de gala nesta quarta. Em campo, Corinthians e Grêmio farão outro confronto que tem tudo para ser inesquecível. É o duelo de dois times que não perdem há muito tempo; o duelo do melhor técnico brasileiro da atualidade contra um dos mais promissores dentre os novos - o do mestre Tite com seu pupilo Roger. O Tricolor Gaúcho, a exemplo do Timão, mostrou muita força ontem: mesmo cheio de desfalques novamente, saiu atrás e virou o placar sobre o Goiás, com gols construídos basicamente por seus reservas, algo impensável para quem supostamente não tem bom elenco. O Grêmio de Roger é muito forte: ganha quase sempre que joga bem e tem conseguido isso também quando não consegue joga bem. Com 44 pontos, está, como o Corinthians, praticamente garantido na Libertadores do ano que vem. O G-4, a rigor, tem apenas uma vaga em disputa.
A partida em Itaquera é, sim, decisiva. Claro, ainda faltarão 14 jogos depois do de quarta-feira, mas nunca a expressão "jogo de seis pontos" valeu tanto. Uma vitória corintiana praticamente retira o Grêmio da disputa pelo título. Porém, se quebrar esta longa invencibilidade de 15 jogos do Corinthians, o time gaúcho diminui para três a diferença entre ambos, reabrindo de vez o campeonato. O empate mantém a distância em seis, e deixa o Grêmio ainda perto, mas não de fato na briga. Pode não parecer, mas a igualdade no placar quarta é até mais negócio para o time de Roger do que para o Tite. Afinal, não perder em Itaquera é algo raro, e não tiraria de vez o Tricolor da disputa. Para a equipe paulista, porém, seria um segundo tropeço seguido, o que deve causar a aproximação do Atlético Mineiro, que recebe o Avaí em Belo Horizonte e pode, neste caso, diminuir para apenas três a diferença entre líder e vice.
O Campeonato Brasileiro de 2015, o melhor dos últimos anos, pega fogo. E a rodada deste meio de semana promete ser a melhor de todas até agora. Melhor até que a deste domingo.
O primeiro gol do Corinthians começa com um feroz combate de Malcom. Ele é bem mais que um simples ponta habilidoso |
Ele ganha de Lucas e já procura Renato Augusto, que usa seu porte físico para proteger e fazer a tabela. Notem que Guilherme Arana percebe o lance de ataque promissor e se projeta ao ataque |
Malcom recebe de volta e toca para Arana na hora certa, evitando o impedimento. Como o lateral corintiano se projeta de trás, pega a defesa do Palmeiras de surpresa. Um golaço coletivo do Corinthians |
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