|
Guardiola, embasbacado após o gol de voleio de Lewandowski |
O jogo diante do Wolfsburg prometia sérias dificuldades ao Bayern München. Separados por apenas quatro pontos na tabela do Campeonato Alemão, o líder e o terceiro colocado repetiriam um duelo que, na temporada passada, acabou em goleada por 4 a 1 para o time verde sobre os favoritaços bávaros. O primeiro tempo confirmou todas as expectativas: diante de um Bayern pouco efetivo, quase sonolento, a equipe visitante foi para o vestiário do Allianz Arena ganhando por 1 a 0. Até Pep Guardiola resolveu mexer.
Mas não, não se trata aqui de endeusar uma substituição feita pelo catalão. Há quem até encontre mais motivos para criticá-lo por tê-la feito do que elogios. Afinal, por que manter Robert Lewandowski no banco de reservas? Na temporada que recém iniciou em agosto, somando Bayern e Seleção Polonesa, o artilheiro fizera seis gols em oito jogos, uma ótima média. Pep lançou mão dele hoje para dar mais agressividade ao Bayern. Mas a expressão de seu rosto aos 15 minutos do segundo tempo deixa claro que nem ele era capaz de ser tão otimista quanto ao rendimento do centroavante.
|
Lewandowski entrou no intervalo: cinco gols em nove minutos |
Neste
frame acima, aos 15 da etapa final, o placar já era de 5 a 1 para o Bayern. Todos os cinco gols da equipe foram marcados por Lewandowski. Aos cinco minutos, mostrou a carteirinha de centroavante ao marcar de carrinho, após um corte errado de Dante; no minuto seguinte, achou uma brecha entre o brasileiro e seu conterrâneo Naldo e mandou uma batida seca de fora da área; aos nove, teve tanto espaço que se deu ao luxo de errar duas vezes (uma na trave, outra espalmada pelo goleiro) para na terceira marcar; aos 11, bateu com estilo, de primeira, após cruzamento da esquerda; e não foi sua obra-prima, pois, aos 14, emendou um voleio espetacular após cruzamento de Götze, desta vez pelo lado direito.
Ao todo, Robert Lewandowski precisou de pouco mais de nove minutos para marcar cinco gols. E Guardiola obteve hoje mais um feito em sua brilhante carreira: o de ter realizado a substituição provavelmente mais bem sucedida de todos os tempos do futebol mundial (e sem Tupãzinho, Aílton ou Cocada!). Mas a corneta é inevitável: ele é banco desse Bayern, Pep?
Comentários
Apesar da jornada incrível, pergunto: ele é mesmo um ótimo atacante?
Nunca prestei atenção no futebol dele. Me parecia bom jogador, mas com esse tino pra gols?
Lembrando texto sobre esse jogo de 2013: http://www.cartanamanga.blogspot.com.br/2013/04/aprilfest.html