O primeiro Inter com as ideias de Argel foi bem, mas o primeiro teste de fato será neste domingo
Ao montar o Internacional com quatro homens móveis à frente, Argel Fucks tenta repetir, de certo modo, algo que Roger Machado faz no rival Grêmio. Claro, ele precisará de muitas repetições de escalação, muita compreensão tática, dedicação e entrosamento por parte dos atletas para que o sistema funcione. Mas, embora o Ituano não tenha sido o teste ideal, os primeiros indícios foram positivos: sem um centroavante mais fincado, o Inter foi de fato mais movediço ontem à noite. D'Alessandro, Sasha, Vitinho e Valdívia são jogadores habilidosos, com boa condição de realizarem aproximações qualificadas, que desestabilizem as defesas adversárias. Entrosados, são capazes de dar a "intensidade", palavra tão na moda, que faltava às últimas equipes trabalhadas por Diego Aguirre - mas sobrava nas primeiras, sejamos justos.
Com o passar do tempo, talvez possamos parar, inclusive, de discutir geometria. O formato de 4-4-2 em quadrado é ultrapassado justamente por isso: definir figuras geométricas é coisa do passado. Ainda buscando se assentar no novo esquema, notou-se em determinados momentos uma preocupação excessiva de cada um dos homens ofensivos do Inter ontem em cumprir seu papel na disposição tática. Quem rompeu com esta lógica (Vitinho) foi justamente quem se sobressaiu, como as imagens deste texto deixam claro. Com o tempo, se as coisas forem andando bem, todos poderão se movimentar com mais liberdade, como fazem Giuliano, Douglas, Luan e Pedro Rocha no Humaitá. Ontem, quando houve aproximação (especialmente entre Valdívia e Vitinho), boas jogadas surgiram.
O que o treinador colorado fez ontem (e isso foi ontem, talvez mude de ideia) foi, isso sim talvez inspirado no tradicional adversário, buscar alternativas para deixar a equipe menos previsível. Ao sacar Lisandro López, uma necessidade diante de tantas atuações recentes ruins do argentino, é que essa ideia de time surgiu, por exemplo. Não se trata de aplicar uma solução de outro treinador de forma mágica, mas adaptar-se às circunstâncias e necessidades - por coincidência, usando uma formação que pode se assemelhar à do Tricolor, se insistir nela.
Vale lembrar também que é cedo para se animar. O Ituano, mesmo sem estar sequer na quarta divisão, decepcionou pela pobreza do futebol apresentado. Não testou o Inter defensivamente em momento algum da partida, e não impôs qualquer dificuldade para o Colorado chegar à sua área na maior parte do jogo. Ofereceu o controle do meio-campo, permitindo aos gaúchos ocuparem a intermediária ofensiva de forma tranquila. Um adversário mais robusto tende a complicar as coisas: um meio que começa por Rodrigo Dourado e Nílton é ótimo para o desarme, mas fraco na saída de jogo. Nenhum dos dois sabe começar uma armação de jogadas como Maicon, por exemplo, só para citar o Grêmio mais uma vez.
O maior teste até agora para Argel será o deste domingo. Contra o Atlético Paranaense, ele muito provavelmente manterá a formação de ontem, e diante um adversário que vai exigir intensa movimentação em termos ofensivos do Colorado e imporá enormes dificuldades defensivas, a começar pelos pontas Nikão e Marcos Guilherme, dois ótimos e insinuantes jogadores. Não será jogo para vermos se o sistema proposto pelo técnico dará resultado ou não, mas sim constatarmos o que precisa ser ajustado nele. Afinal, a ideia é boa, coincide com as potencialidades do grupo, e merece receber mais oportunidades.
Com o passar do tempo, talvez possamos parar, inclusive, de discutir geometria. O formato de 4-4-2 em quadrado é ultrapassado justamente por isso: definir figuras geométricas é coisa do passado. Ainda buscando se assentar no novo esquema, notou-se em determinados momentos uma preocupação excessiva de cada um dos homens ofensivos do Inter ontem em cumprir seu papel na disposição tática. Quem rompeu com esta lógica (Vitinho) foi justamente quem se sobressaiu, como as imagens deste texto deixam claro. Com o tempo, se as coisas forem andando bem, todos poderão se movimentar com mais liberdade, como fazem Giuliano, Douglas, Luan e Pedro Rocha no Humaitá. Ontem, quando houve aproximação (especialmente entre Valdívia e Vitinho), boas jogadas surgiram.
O que o treinador colorado fez ontem (e isso foi ontem, talvez mude de ideia) foi, isso sim talvez inspirado no tradicional adversário, buscar alternativas para deixar a equipe menos previsível. Ao sacar Lisandro López, uma necessidade diante de tantas atuações recentes ruins do argentino, é que essa ideia de time surgiu, por exemplo. Não se trata de aplicar uma solução de outro treinador de forma mágica, mas adaptar-se às circunstâncias e necessidades - por coincidência, usando uma formação que pode se assemelhar à do Tricolor, se insistir nela.
Vale lembrar também que é cedo para se animar. O Ituano, mesmo sem estar sequer na quarta divisão, decepcionou pela pobreza do futebol apresentado. Não testou o Inter defensivamente em momento algum da partida, e não impôs qualquer dificuldade para o Colorado chegar à sua área na maior parte do jogo. Ofereceu o controle do meio-campo, permitindo aos gaúchos ocuparem a intermediária ofensiva de forma tranquila. Um adversário mais robusto tende a complicar as coisas: um meio que começa por Rodrigo Dourado e Nílton é ótimo para o desarme, mas fraco na saída de jogo. Nenhum dos dois sabe começar uma armação de jogadas como Maicon, por exemplo, só para citar o Grêmio mais uma vez.
O maior teste até agora para Argel será o deste domingo. Contra o Atlético Paranaense, ele muito provavelmente manterá a formação de ontem, e diante um adversário que vai exigir intensa movimentação em termos ofensivos do Colorado e imporá enormes dificuldades defensivas, a começar pelos pontas Nikão e Marcos Guilherme, dois ótimos e insinuantes jogadores. Não será jogo para vermos se o sistema proposto pelo técnico dará resultado ou não, mas sim constatarmos o que precisa ser ajustado nele. Afinal, a ideia é boa, coincide com as potencialidades do grupo, e merece receber mais oportunidades.
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