Uma conversa com Osorio mudou a vida de Pato no São Paulo. Tá na hora de um papo com Ganso



Ainda não se sabe por quanto tempo durará a passagem de Alexandre Pato pelo São Paulo. Se chegar alguma proposta nesta janela, o Corinthians deverá vendê-lo, e o Tricolor não pode fazer nada a respeito. A situação era sabida desde que a troca por Jadson foi efetivada: Pato teria prazo de validade no Morumbi. Se jogasse realmente bem, chamaria a atenção do exterior de novo e poderia sair. Talvez ele nunca tenha estado tão perto disso, inclusive: além de viver sua melhor fase técnica na boa temporada que vem fazendo, o período coincide com a época de transferências na Europa.

Pato já tem 16 gols em 2015, um excelente número. Mas o crescimento de suas atenções é que chama a atenção. Não é apenas fruto da boa fase do time: na vexatória derrota para o Palmeiras, Pato arrepiou o Allianz Parque com ótimas jogadas quando o placar ainda estava em 0 a 0. Diante de Atlético Paranaense e Fluminense, outros dois resultados ruins do time de Osorio, foi um dos poucos que se salvou. Diante do Vasco, na última quarta, foi o grande destaque da noite, marcando um dos gols e dando passe para outro na vitória por 4 a 0 no Mané Garrincha.

O auge dele, porém, ocorreu neste domingo. Com dois gols e uma assistência, foi o nome do jogo vencido com dificuldades pelo São Paulo contra o Coritiba, em mais uma manhã de domingo de estádio lotado deste Brasileirão. O curioso ocorreu na saída de campo: revelou que pediu ao técnico Juan Carlos Osorio para jogar pela ponta esquerda. Foi atendido, e se destacou desta forma, participando de todos os gols da vitória por 3 a 1. O interessante é que em nada lembrou o Alexandre Pato desinteressado de outros tempos: chegou a afastar bola de bico da área tricolor em meio a uma tentativa de pressão do Coxa no primeiro tempo.

Aberto pela esquerda, Pato infernizou a vida do lateral Rodrigo Ramos neste domingo
O que se viu no Morumbi neste domingo foi o Pato que sempre se quis ver, o que seria titular da Seleção Brasileira: participativo, rápido, perigoso, objetivo, nada individualista para servir um companheiro, com visão de jogo e frio na hora de concluir. Um atacante completo, que jogou por ele, Luís Fabiano e Centurión, dois que tiveram boas atuações, mas foram claramente coadjuvantes.

O grande momento dele contrasta de forma evidente com a péssima fase de Ganso. Se o meia tivesse uma atuação ao menos mais interessada, a equipe paulista não sofreria para derrotar o esforçado, mas fraco, Coritiba. Ganso errou praticamente tudo o que tentou a manhã toda, foi bem substituído. Não se sabe ainda se sua irritação foi com Osorio ou pela má atuação que fez. Seja como for, caberia a ele um papo aberto e franco com o treinador colombiano. O crescimento de Pato nos últimos jogos é sinal claro de que pode valer muito a pena. Sair do estádio calado e não ter a humildade de trocar uma ideia com o técnico sobre suas más atuações em nada lhe acrescentarão.

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