A vantagem do Inter é pequena, mas existe, e é importante pelo modo como joga o time
O clima ao final do jogo deixou claro: embora tenha aplaudido o desempenho do time, o torcedor do Inter deixou o Beira-Rio preocupado. O resultado de 2 a 1, de fato, não garante nada: todos queriam uma vitória sem tomar gol em casa, de preferência por escore amplo - ideia acentuada pelo começo avassalador da equipe. A sensação de que o Colorado deixou de matar o Tigres ontem existe, bem como a ideia de que era preciso ter feito um escore maior.
Tudo isso é verdade, mas representa apenas um dos dos lados da moeda, que é o de olhar simplesmente o resultado. O time gaúcho pode muito bem fazer gol no México. O gol qualificado, claro, incomoda, mas não pode ser sobrevalorizado neste caso, de vitória em casa contra um adversário reconhecidamente forte. Muito mais do que ter tomado gol no Beira-Rio, é o desempenho do Inter na maior parte do jogo de ontem o que deveria causar mais preocupação para a semana que vem.
A dúvida que existia antes do jogo, para muitos, era sobre qual Inter iria se apresentar: o da Libertadores ou o do Brasileiro. Pois viu-se um pouco de cada um. O começo foi avassalador como o dos jogos contra a Universidad de Chile, Atlético Mineiro ou o segundo Gre-Nal decisivo do Gauchão: o Colorado marcou gol cedo, no caso dois, a partir de uma forte pressão na saída de bola mexicana. O primeiro gol só surgiu de um presente de Arévalo Ríos porque ele foi pressionado. E se Valdívia levou mesmo sorte no segundo, é dever citar que ele surgiu de mais uma bola roubada no campo de ataque.
O problema é que esse ritmo não duraria muito tempo, ainda mais para um time que conta com muitos jogadores abaixo do ritmo ideal, como o Inter deste meio de julho. O grande mérito colorado foi ter aproveitado esse momento de fôlego inicial para sufocar os mexicanos e abrir uma ótima vantagem. Mas o gol de Ayala mudou tudo: o time gaúcho sentiu o gol e passou a apresentar problemas recorrentes em seus últimos jogos do Brasileirão, como o espalhamento em campo, lentidão na transição, insegurança defensiva, vulnerabilidade pelas laterais (Aquino fez o que quis com William a noite toda) e permissão ao adversário de controlar o meio.
Por isso a vantagem, embora pequena, é tão importante: com ela em mãos, o Internacional não vai precisar propor jogo em Monterrey. Poderá esperar o Tigres, tentar aproveitar erros do time mexicano, e assim marcar um gol, algo importantíssimo para anular a principal conquista asteca de ontem. Se tivesse de correr atrás de um resultado, o jogo ficaria à feição para o time de Tuca Ferretti. Com 2 a 1, tudo segue absolutamente aberto. Não é o ideal, mas foi o possível.
Tudo isso é verdade, mas representa apenas um dos dos lados da moeda, que é o de olhar simplesmente o resultado. O time gaúcho pode muito bem fazer gol no México. O gol qualificado, claro, incomoda, mas não pode ser sobrevalorizado neste caso, de vitória em casa contra um adversário reconhecidamente forte. Muito mais do que ter tomado gol no Beira-Rio, é o desempenho do Inter na maior parte do jogo de ontem o que deveria causar mais preocupação para a semana que vem.
A dúvida que existia antes do jogo, para muitos, era sobre qual Inter iria se apresentar: o da Libertadores ou o do Brasileiro. Pois viu-se um pouco de cada um. O começo foi avassalador como o dos jogos contra a Universidad de Chile, Atlético Mineiro ou o segundo Gre-Nal decisivo do Gauchão: o Colorado marcou gol cedo, no caso dois, a partir de uma forte pressão na saída de bola mexicana. O primeiro gol só surgiu de um presente de Arévalo Ríos porque ele foi pressionado. E se Valdívia levou mesmo sorte no segundo, é dever citar que ele surgiu de mais uma bola roubada no campo de ataque.
Pouco antes do segundo gol, note a dificuldade de sair do Tigres: em uma reles cobrança de lateral, o jogador que cobra o arremesso vê todos os companheiros marcados quase que homem a homem |
Por isso a vantagem, embora pequena, é tão importante: com ela em mãos, o Internacional não vai precisar propor jogo em Monterrey. Poderá esperar o Tigres, tentar aproveitar erros do time mexicano, e assim marcar um gol, algo importantíssimo para anular a principal conquista asteca de ontem. Se tivesse de correr atrás de um resultado, o jogo ficaria à feição para o time de Tuca Ferretti. Com 2 a 1, tudo segue absolutamente aberto. Não é o ideal, mas foi o possível.
Comentários
Será que pressionar o adversário na própria casa, como o Atlético mineiro fez aqui, não seria o ideal?