Os extremos em xeque



Nenhuma derrota faz bem, ainda mais de goleada, mas algumas vêm quando podem vir. Foi o caso da sofrida pelo Inter hoje, diante do Atlético-PR. O resultado de 3 a 0 é duro: não reflete ao certo o que foi o jogo, que não foi tão dominado pelo Furacão assim. Mas ele ocorreu não por acaso, e sim por diversas falhas do Colorado, em todos os seus setores. E mais: ajuda a dar no elenco um certo choque de realidade. Há, sim, 17 ou até 18 titulares, mas não dois times em condições de ao menos G-4 no Beira-Rio, como os mais entusiasmados chegaram a dizer. Os reservas do Atlético-MG, por exemplo, fizeram papel bem melhor ontem.

Não era, de todo modo, a tarde do Inter. Teve gol contra de Paulão, nova lesão de Cláudio Winck, Vitinho escorregando ao bater falta, quatro bolas na trave no segundo tempo... Nem as entradas de Valdívia e Alex melhoraram as coisas. Talvez nunca mais tenhamos tantas jornadas infelizes ocorrendo juntas. Para piorar as coisas, era a tarde do Atlético-PR. Foi a melhor partida da equipe no ano, conjugada com a pior dos reservas colorados. Por isso, o 3 a 0, placar que não permite projetarmos um grande Brasileiro para o Atlético-PR, nem críticas oportunistas ou severas ao plantel do Inter, mas ajudam a botar o contrário em perspectiva.

Em tempo: até quando Vitinho e Anderson seguirão jogando essa bolinha quadrada? Atuação vexatória, especialmente do primeiro, que parecia estar fazendo um favor de estar em campo.

Cuiabá: apenas 12 mil torcedores foram à Arena Pantanal acompanhar a estreia com derrota do campeão brasileiro. Com times formados por reservas dos dois lados, o Corinthians chegou a ser dominado no começo do segundo tempo, mas foi mais eficiente e venceu por 1 a 0. Um bom começo de semana para a decisão contra o Guaraní.

São Paulo: 14 mil pessoas encararam a chuvarada em São Paulo e viram a vitória do mistão tricolor diante do Flamengo, por 2 a 1. O resultado só veio no segundo tempo, quando o misto esquentou.

Recife: apenas 4 mil pessoas foram à Ilha do Retiro, e quem ficou em casa certamente se arrependeu. O Sport que entrou em campo foi o embalado de fevereiro e março, não o cambaleante de abril. Comandado por um Diego Souza inspirado, estreou no Brasileiro enfiando convincentes 4 a 1 no Figueirense.

Florianópolis: muito esforçado, o Avaí superou suas dificuldades e arrancou um empate em 1 a 1 com o Santos, que jogou menos do que se esperava na estreia. Foram 8 mil à Ressacada.

Rio de Janeiro: estreia do pobre do campeão carioca. Em um jogo truncado, Vasco e Goiás não saíram do 0 a 0, o primeiro do Brasileirão 2015.

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