Cabeça a cabeça
É muito difícil apontar qualquer favoritismo no confronto entre Cruzeiro e River Plate. Por isso mesmo é tão tentador arriscar um prognóstico para este duelo de bicampeões. Para hoje, claro, há um leve favoritismo argentino, por jogar em casa. Este é, sem sombra de dúvida, o confronto em tese mais equilibrado das quartas de final da Libertadores, mas é dever não ficar em cima do muro e ponderar os pontos fortes e fracos dos dois lados para tentarmos chegar a uma conclusão - que, claro, pode ir por água abaixo na primeira furada de um zagueiro descuidado.
Por um lado, historicamente, os mineiros levam vantagem, e uma grande vantagem. São três finais sul-americanas vencidas pela equipe de Belo Horizonte contra os millonarios: a Libertadores de 1976, a Supercopa de 1991 e a Recopa, em 1999. Há, ainda, as quartas de final da Supercopa de 1992 e as da Mercosul de 1998, ambas com classificações da Raposa. São cinco mata-matas na história, todos vencidos pelo Cruzeiro. Não é pouca coisa.
Não sou daqueles que dizem que a história não entra em campo. Porém, sua importância precisa ser relativizada. E o fato é que o momento é um pouco mais pendente para o River. Ambos não fizeram uma grande primeira fase e passaram pelas oitavas em confrontos marcantes. O Cruzeiro eliminou o forte São Paulo nos pênaltis, algo importantíssimo para crescer. Porém, o time argentino tirou da competição "simplesmente" o Boca Juniors, que afora ser seu rival era também a melhor equipe do torneio. Isso sem falar no episódio do gás de pimenta, o tipo da coisa que, quando superada, faz qualquer time crescer.
Quanto à qualidade das equipes, é difícil apontar superioridade. Mas uma coisa é inegável: o River Plate é um time mais entrosado, pois se conhece há mais tempo. Manteve a base campeã argentina e da Sul-Americana em 2014, enquanto o Cruzeiro mexeu em meio time que acaba de ser bicampeão brasileiro. Isso é outra vantagem para os argentinos, e talvez seja a mais importante de todas pré-confronto. Porém, o fato de a decisão ser no Mineirão emparelha tudo novamente.
Nos aspectos de bola, portanto, vejo o River com um nariz de vantagem nesta corrida. Nos aspectos externos, o Cruzeiro é superior. Como a bola ainda é o que prevalece na maioria das vezes, os argentinos parecem um pouco mais preparados. Mas só um pouquinho, e só porque prometi, lá no início, não ficar em cima do muro.
Assunção: o Racing já foi ao Defensores del Chaco fazer o que fez o Corinthians - postar-se atrás e esperar o Guaraní propor jogo. Como o Timão, não deu certo: levou 2 a 0, mesmo placar dos paulistas, na primeira fase. Se for inteligente, o técnico Diego Cocca obrigará seu time a também jogar em Assunção. Os argentinos são tecnicamente superiores e decidem em casa. Um golzinho hoje no Paraguai pode lhes encaminhar de vez uma vaga para a semifinal. Começa às 19:45, um aperitivo especial para o jogão de Núñez, marcado para as 22:00;
Copa do Brasil: destaque de ontem para a boa vitória do Sport sobre o Santos, 2 a 1. O Botafogo, apesar das lambanças defensivas a la Matías Rodríguez, teve forças para buscar um 2 a 2 no Orlando Scarpelli diante do Figueirense, ficando perto das oitavas de final.
Por um lado, historicamente, os mineiros levam vantagem, e uma grande vantagem. São três finais sul-americanas vencidas pela equipe de Belo Horizonte contra os millonarios: a Libertadores de 1976, a Supercopa de 1991 e a Recopa, em 1999. Há, ainda, as quartas de final da Supercopa de 1992 e as da Mercosul de 1998, ambas com classificações da Raposa. São cinco mata-matas na história, todos vencidos pelo Cruzeiro. Não é pouca coisa.
Não sou daqueles que dizem que a história não entra em campo. Porém, sua importância precisa ser relativizada. E o fato é que o momento é um pouco mais pendente para o River. Ambos não fizeram uma grande primeira fase e passaram pelas oitavas em confrontos marcantes. O Cruzeiro eliminou o forte São Paulo nos pênaltis, algo importantíssimo para crescer. Porém, o time argentino tirou da competição "simplesmente" o Boca Juniors, que afora ser seu rival era também a melhor equipe do torneio. Isso sem falar no episódio do gás de pimenta, o tipo da coisa que, quando superada, faz qualquer time crescer.
Quanto à qualidade das equipes, é difícil apontar superioridade. Mas uma coisa é inegável: o River Plate é um time mais entrosado, pois se conhece há mais tempo. Manteve a base campeã argentina e da Sul-Americana em 2014, enquanto o Cruzeiro mexeu em meio time que acaba de ser bicampeão brasileiro. Isso é outra vantagem para os argentinos, e talvez seja a mais importante de todas pré-confronto. Porém, o fato de a decisão ser no Mineirão emparelha tudo novamente.
Nos aspectos de bola, portanto, vejo o River com um nariz de vantagem nesta corrida. Nos aspectos externos, o Cruzeiro é superior. Como a bola ainda é o que prevalece na maioria das vezes, os argentinos parecem um pouco mais preparados. Mas só um pouquinho, e só porque prometi, lá no início, não ficar em cima do muro.
Assunção: o Racing já foi ao Defensores del Chaco fazer o que fez o Corinthians - postar-se atrás e esperar o Guaraní propor jogo. Como o Timão, não deu certo: levou 2 a 0, mesmo placar dos paulistas, na primeira fase. Se for inteligente, o técnico Diego Cocca obrigará seu time a também jogar em Assunção. Os argentinos são tecnicamente superiores e decidem em casa. Um golzinho hoje no Paraguai pode lhes encaminhar de vez uma vaga para a semifinal. Começa às 19:45, um aperitivo especial para o jogão de Núñez, marcado para as 22:00;
Copa do Brasil: destaque de ontem para a boa vitória do Sport sobre o Santos, 2 a 1. O Botafogo, apesar das lambanças defensivas a la Matías Rodríguez, teve forças para buscar um 2 a 2 no Orlando Scarpelli diante do Figueirense, ficando perto das oitavas de final.
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