Haja paciência
Dias difíceis vive o torcedor do Grêmio. O começo é pior do que o esperado no Gauchão, pois o time planejado tinha ao menos dois grandes centroavantes, e agora não conta com nenhum mais. A reestruturação é sempre complicada: foi assim em 2012, por exemplo, quando uma equipe que começou o ano com Naldo e Douglas Grolli acabou vingando somente mais tarde, no segundo semestre. A diferença para três anos atrás é que o clube contratou reforços quando viu que a qualidade era insuficiente. Agora, mesmo que a obrigação seja conter despesas, terá de fazer o mesmo.
O negócio será usar a criatividade, a mesma que trouxe nomes como Dudu, Alan Ruiz e Geromel no ano passado. O Grêmio só se desfez de peças, e contratou menos do que devia. Marcelo Oliveira vem dando boa resposta, Erazo ainda se entrosa, Galhardo busca uma regularidade. Mas é preciso trazer mais gente. Depender de Douglas, como se tem visto (e se previa), não dá. Os resultados deixam isso muito claro.
Enquanto os reforços não vêm, será preciso muita paciência. Ontem, o Tricolor não venceu o Brasil porque mostrou ser pior time, enquanto conjunto, o que é inaceitável. O mais grave é que foi, talvez, o melhor jogo do time desde a estreia. Luiz Felipe escalou um time lento, novamente. Retirou velocidade tirando Marcelo Oliveira do meio e o colocando na lateral, o que barrou a continuidade de Júnior pela ala. O Grêmio precisa de mais velocidade. Se no ano passado, com Dudu, já não era um time rápido, agora, sem ele, e com Douglas, fica lerdo como uma Forti Corse.
É claro que ainda faltam Giuliano, Ramiro e Geromel, que Walace recém voltou, mas estes nomes mudarão pouco o panorama. É preciso bem mais do que esperar a volta dos que mal jogaram e rezar para que a gurizada resolva. Lincoln, Júnior e Everton devem se tornar titulares em pouco tempo, mas precisam de nomes experientes disputando posição para evoluírem. Ter de resolver as coisas para um clube cuja exigência é grande é temerário.
O Grêmio do Brasileirão será diferente, com certeza. Mas a questão é que ele precisa, necessariamente, ser diferente. Enquanto não for, o temor de que o pior pode acontecer segue. E com toda a razão.
Em tempo:
- O Brasil de Rogério Zimmermann é, sem dúvida, o melhor time do interior gaúcho. No momento, sério candidato ao título estadual, já que o Grêmio não se acerta e o Inter tem olhos voltados para a América.
- E deu River na Recopa. Repetiu o 1 a 0 sobre o San Lorenzo, desta vez no Nuevo Gasómetro, e confirma ser o melhor time argentino da atualidade. Favoritaço à Libertadores, talvez o maior de todos.
- Corinthians passou fácil pelo Once Caldas. Goleou em casa, empatou em 1 a 1 fora. O grupo da morte está montado, com São Paulo, San Lorenzo e Danubio. Enquanto isso, o Deportivo Táchira frustrou o clássico paraguaio com o Guaraní, eliminando o Cerro Porteño. O grupo terá ainda Racing e Sporting Cristal.
- Clássico paulista acaba empatado em 0 a 0. Mesmo com o São Paulo em estágio bem mais adiantado, o Santos fez um enfrentamento bem decente na Vila Belmiro.
O negócio será usar a criatividade, a mesma que trouxe nomes como Dudu, Alan Ruiz e Geromel no ano passado. O Grêmio só se desfez de peças, e contratou menos do que devia. Marcelo Oliveira vem dando boa resposta, Erazo ainda se entrosa, Galhardo busca uma regularidade. Mas é preciso trazer mais gente. Depender de Douglas, como se tem visto (e se previa), não dá. Os resultados deixam isso muito claro.
Enquanto os reforços não vêm, será preciso muita paciência. Ontem, o Tricolor não venceu o Brasil porque mostrou ser pior time, enquanto conjunto, o que é inaceitável. O mais grave é que foi, talvez, o melhor jogo do time desde a estreia. Luiz Felipe escalou um time lento, novamente. Retirou velocidade tirando Marcelo Oliveira do meio e o colocando na lateral, o que barrou a continuidade de Júnior pela ala. O Grêmio precisa de mais velocidade. Se no ano passado, com Dudu, já não era um time rápido, agora, sem ele, e com Douglas, fica lerdo como uma Forti Corse.
É claro que ainda faltam Giuliano, Ramiro e Geromel, que Walace recém voltou, mas estes nomes mudarão pouco o panorama. É preciso bem mais do que esperar a volta dos que mal jogaram e rezar para que a gurizada resolva. Lincoln, Júnior e Everton devem se tornar titulares em pouco tempo, mas precisam de nomes experientes disputando posição para evoluírem. Ter de resolver as coisas para um clube cuja exigência é grande é temerário.
O Grêmio do Brasileirão será diferente, com certeza. Mas a questão é que ele precisa, necessariamente, ser diferente. Enquanto não for, o temor de que o pior pode acontecer segue. E com toda a razão.
Em tempo:
- O Brasil de Rogério Zimmermann é, sem dúvida, o melhor time do interior gaúcho. No momento, sério candidato ao título estadual, já que o Grêmio não se acerta e o Inter tem olhos voltados para a América.
- E deu River na Recopa. Repetiu o 1 a 0 sobre o San Lorenzo, desta vez no Nuevo Gasómetro, e confirma ser o melhor time argentino da atualidade. Favoritaço à Libertadores, talvez o maior de todos.
- Corinthians passou fácil pelo Once Caldas. Goleou em casa, empatou em 1 a 1 fora. O grupo da morte está montado, com São Paulo, San Lorenzo e Danubio. Enquanto isso, o Deportivo Táchira frustrou o clássico paraguaio com o Guaraní, eliminando o Cerro Porteño. O grupo terá ainda Racing e Sporting Cristal.
- Clássico paulista acaba empatado em 0 a 0. Mesmo com o São Paulo em estágio bem mais adiantado, o Santos fez um enfrentamento bem decente na Vila Belmiro.
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