Tripolaridade

A polarização entre Real Madrid e Barcelona é, definitivamente, parte do passado do futebol espanhol. Porque o Atlético de Diego Simeone é gigante. Ele perde Diego Costa, Filipe Luís e Adrián, mas mantém o nível. Em nada lembra aquele clube apequenado, que não conseguiu vencer o rival por 14 anos consecutivos. Ganhou hoje pela quinta vez nos últimos dez jogos. Três das cinco derrotas em jogos oficiais do Real no ano foram para o rival citadino. Poderiam ser seis, não fosse a trágica perda do título continental nos acréscimos, em maio.

Cristiano Ronaldo ficou no banco, é verdade, bem como Casillas e Carvajal. Mas o Atlético também poupou três titulares hoje no Vicente Calderón. Colocou em campo um ainda inadaptado e fora de ritmo Fernando Torres, ídolo do clube, que só reestreou hoje pelo simbolismo do clássico. Os desfalques, portanto, se equivaliam. Do lado merengue lá estavam Benzema, Bale, James Rodríguez, Toni Kroos, Sérgio Ramos... E o Atlético foi sempre melhor. Mereceu os 2 a 0.

O resultado aproxima demais o time de Simeone das quartas de final da Copa do Rei. Um torneio valorizadíssimo pelo atual campeão espanhol e vice europeu, pois foi na final de 2013 que o Atlético bateu o Real por 2 a 1, acabou com o longo jejum em clássicos e voltou às grandes taças. A um ponto do rival no Campeonato Espanhol e bem encaminhado na Copa do Rei, tem tudo para seguir sorrindo nos próximos meses. O Barcelona que se cuide no próximo domingo.

Em tempo:
- Inter acerta a contratação de Nílton, que deve ser anunciado a tempo de subir para Bento Gonçalves no início da pré-temporada. Para quem não tem um primeiro volante de verdade há alguns anos, é uma notícia e tanto.

- O Colo Colo tenta se atravessar, mas Erazo deve mesmo jogar no Grêmio em 2015. Pela seleção equatoriana, fez uma Copa do Mundo bastante razoável. Serve no mínimo como alternativa a Rhodolfo e Geromel - e deve começar o ano como titular, já que o segundo segue em recuperação de cirurgia.

- As briguinhas de outdoor entre Atlético-MG e Cruzeiro diminuem o tamanho dos dois clubes, por mais que ambos vivam um momento muito especial. Dirigentes competentes, mas fanfarrões, é o que mais se vê em Belo Horizonte ultimamente. Uma pena.

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