Notas de Yucatán
Férias são sempre férias. Extremamente necessárias, revigorantes. Não tenho absolutamente nada para me queixar das que acabei de tirar, claro. Mas às vezes o futebol prega suas peças: os últimos oito dias foram repletos de grandes jogos, vários deles históricos no panorama do futebol gaúcho e brasileiro. E vi eles de longe, a quase 7 mil quilômetros de distância - e embora a internet aproxime bastante tudo hoje em dia, a distância física ainda separa, de certo modo.
Em Cancún, a maior torcida na semana em que lá estive, ou ao menos a mais barulhenta, era a do Atlético Mineiro. Logo que chegamos em solo mexicano, torcedores do Galo já buscavam desesperadamente uma conexão wi-fi para saber se haviam ou não superado o Flamengo. Superou, em mais uma destas façanhas que tem marcado o time de Belo Horizonte nos mata-matas desde o ano passado - "4 a 1, como contra o Corinthians", comemoravam eles. O jogo do Cruzeiro, soube mais tarde, foi igualmente emocionante. Um 3 a 3 arrancado nos minutos finais, e que proporcionou a tão sonhada final mineira da Copa do Brasil. Provavelmente a melhor noite do futebol nacional em 2014.
Domingo foi a vez do Gre-Nal, histórico por vários motivos. Foi o primeiro vencido pelo Grêmio na Arena, e a primeira goleada tricolor em clássicos desde 1990. Curiosamente, pelos mesmos 4 a 1 de 24 anos atrás. E mais uma vez com um camisa 11, Alán Ruiz (como fora Paulo Egídio), marcando dois gols nos 15 minutos finais. Este jogo sim, pude acompanhar. Não estava em voo, e foram as únicas duas ou três horas de chuva em toda a viagem. Chuvinha providencial, diria eu.
A vitória gremista se deu principalmente por uma questão de postura. Luiz Felipe sabe bem trabalhar isso: seu time entrou querendo o protagonismo, deixando o Inter em segundo plano, sem temer seus jogadores mais experientes e virtuosos, como há tempos deveria fazer e não se impunha - sem medo de perder e com muita vontade de ganhar, diria Luxemburgo. Marcou em cima, entrou ligado e, o principal, não se acomodou nem se acovardou nunca. Fez 1 a 0 e não se retrancou. Ampliou no começo do segundo tempo, voltando do intervalo disposto a matar logo a parada. Tomou um gol e não ficou atrás, nem desabou psicologicamente, como ocorreu nas três derrotas para o Inter de 2014. Felipão colocou peças ofensivas em campo e foi premiado com entradas espetaculares de Giuliano e Alán Ruiz. Seu time seguiu muito melhor que o rival, fez 4 a 1 e levou a Arena ao delírio. Resultado importante para G-4 e para lavar a alma tricolor, tão machucada que andava em confrontos com o eterno rival.
O Inter teve uma chance de se redimir, foi ao Morumbi. Saiu ganhando e cedeu o empate ao São Paulo, em jogo que não vi nada, mas cujo resultado foi melhor para os adversários que para ambos. E, no Aeroporto do Panamá, pude ver os 30 minutos finais da ótima vitória do Atlético sobre o Cruzeiro. Vitória que vi, claro, ao lado de dois atleticanos. Eles estão por todos os lados, empunhando orgulhosa e justificadamente a bandeira do Galo.
Muita coisa aconteceu nestes oito dias de futebol. Grandes jogos, clássicos históricos, decisões. Mas, sinceramente? A praia estava melhor.
Que venham estas últimas semanas de 2014!
Em Cancún, a maior torcida na semana em que lá estive, ou ao menos a mais barulhenta, era a do Atlético Mineiro. Logo que chegamos em solo mexicano, torcedores do Galo já buscavam desesperadamente uma conexão wi-fi para saber se haviam ou não superado o Flamengo. Superou, em mais uma destas façanhas que tem marcado o time de Belo Horizonte nos mata-matas desde o ano passado - "4 a 1, como contra o Corinthians", comemoravam eles. O jogo do Cruzeiro, soube mais tarde, foi igualmente emocionante. Um 3 a 3 arrancado nos minutos finais, e que proporcionou a tão sonhada final mineira da Copa do Brasil. Provavelmente a melhor noite do futebol nacional em 2014.
Domingo foi a vez do Gre-Nal, histórico por vários motivos. Foi o primeiro vencido pelo Grêmio na Arena, e a primeira goleada tricolor em clássicos desde 1990. Curiosamente, pelos mesmos 4 a 1 de 24 anos atrás. E mais uma vez com um camisa 11, Alán Ruiz (como fora Paulo Egídio), marcando dois gols nos 15 minutos finais. Este jogo sim, pude acompanhar. Não estava em voo, e foram as únicas duas ou três horas de chuva em toda a viagem. Chuvinha providencial, diria eu.
A vitória gremista se deu principalmente por uma questão de postura. Luiz Felipe sabe bem trabalhar isso: seu time entrou querendo o protagonismo, deixando o Inter em segundo plano, sem temer seus jogadores mais experientes e virtuosos, como há tempos deveria fazer e não se impunha - sem medo de perder e com muita vontade de ganhar, diria Luxemburgo. Marcou em cima, entrou ligado e, o principal, não se acomodou nem se acovardou nunca. Fez 1 a 0 e não se retrancou. Ampliou no começo do segundo tempo, voltando do intervalo disposto a matar logo a parada. Tomou um gol e não ficou atrás, nem desabou psicologicamente, como ocorreu nas três derrotas para o Inter de 2014. Felipão colocou peças ofensivas em campo e foi premiado com entradas espetaculares de Giuliano e Alán Ruiz. Seu time seguiu muito melhor que o rival, fez 4 a 1 e levou a Arena ao delírio. Resultado importante para G-4 e para lavar a alma tricolor, tão machucada que andava em confrontos com o eterno rival.
O Inter teve uma chance de se redimir, foi ao Morumbi. Saiu ganhando e cedeu o empate ao São Paulo, em jogo que não vi nada, mas cujo resultado foi melhor para os adversários que para ambos. E, no Aeroporto do Panamá, pude ver os 30 minutos finais da ótima vitória do Atlético sobre o Cruzeiro. Vitória que vi, claro, ao lado de dois atleticanos. Eles estão por todos os lados, empunhando orgulhosa e justificadamente a bandeira do Galo.
Muita coisa aconteceu nestes oito dias de futebol. Grandes jogos, clássicos históricos, decisões. Mas, sinceramente? A praia estava melhor.
Que venham estas últimas semanas de 2014!
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