A tarde em que Paulão tirou o coelho da cartola
Quase nenhum resultado paralelo ajudou. Por isso, a inesperada e lindíssima bicicleta de Paulão foi tão importante. No jogo onde o Internacional rumava para um terrível 0 a 0, no qual basicamente só levou perigo através do chuveirinho, um de seus jogadores mais limitados tecnicamente tira um coelhaço da cartola, aos 33 minutos do segundo tempo. Uma vitória que emocionou D'Alessandro, levou a torcida das vaias ao grito de desafogo e mantém o Colorado no G-4, embora deva sair dele na próxima quarta ou quinta-feira.
Nos últimos 12 pontos disputados, o Inter fez sete. A média é razoável, um aproveitamento semelhante ao do time em todo o campeonato. A goleada no Gre-Nal é que soa terrível, além do desempenho fraco. Isso o time não melhorou. É verdade, o Colorado dominou o Goiás e criou várias chances de gol. É verdade, estava sem Nilmar, Alex e Aránguiz. Ainda assim, chegar ao 1 a 0 era o mínimo, a obrigação de quem quer vaga na Libertadores. A equipe de Abel Braga mostrou pobreza de alternativas e viu seu centroavante levar a melhor pelo alto sempre diante da zaga reserva dos goianos, mas ainda assim ter a imperícia de perder todas as oportunidades que lhe criaram ao longo do jogo.
Para piorar as coisas para Abelão, nenhuma das três trocas foi por opção técnica ou tática. Todas foram por lesão. Alan Costa, Bertotto e Alan Patrick somam-se a Alex e Nilmar, fora Juan e Wellington, na lista de desfalques. Por sorte, há uma semana até a próxima partida. Sábado, diante do Atlético Mineiro, talvez misto por prioridade à final da Copa do Brasil, a necessidade de vitória será tão grande quanto era ontem, com a diferença que o adversário será, mesmo incompleto, bem melhor. Portanto, será preciso jogar mais bola - embora, nesta altura dos acontecimentos, o "jogar bem" seja cada vez mais acessório.
O 3º lugar do Inter é ilusório porque é provisório. Grêmio e Corinthians têm os mesmos 60 pontos, mas com um jogo a mais por fazer. Quinta-feira esta normalidade de número de jogos será estabelecida: o Tricolor recebe o líder Cruzeiro na Arena, e o Timão, um dia antes, cruzará o país até Belém, onde encara este Goiás que tantas dificuldades trouxe ao Colorado ontem. Os adversários são de dificuldades diferentes, mas a necessidade de todos neste momento é só a de vencer. A briga pelo G-4 é acirradíssima. Nesta rodada, todos os cinco concorrentes que brigam por duas vagas venceram. A distância para o primeiro fora deste bolo, o Flamengo, é de 10 pontos. Nunca chegar à Libertadores foi tão difícil.
No caso colorado, há uma evidente desvantagem: o jogo a menos que terá por fazer. Porém, serão duas partidas em casa e uma fora. Além disso, há entredevoramentos importantes, onde no mínimo um rival perderá pontos: Fluminense x Corinthians, Corinthians x Grêmio - fora o próprio jogo contra o Galo, claro. Mesmo atrás dos demais, o Inter segue na briga. Graças à bicicleta de Paulão.
O único tropeço
O gol antológico de Paulão impediu que o Inter entrasse na turma de quem tropeçou lá na ponta de cima nesta rodada. O único time a cair nessa foi o Atlético Mineiro: ao empatar em 1 a 1 com o Figueirense, o Galo ficou para trás na briga pelo G-4. Com 58 pontos, deixou três equipes desgarrarem a 60. Para o Figueira, um ponto valioso fora de casa: a equipe catarinense está quatro pontos à frente da zona de rebaixamento, a quatro rodadas do fim.
A única... Vitória!
A 34ª rodada foi a mais desigual do Brasileirão. Se sete dos oito primeiros venceram, lá embaixo só o Vitória ganhou. E que resultado: o 1 a 0 na Chapecoense foi fora de casa, contra um concorrente direto. O gol de Dinei aos 35 do segundo tempo leva o Rubro-Negro Baiano a 37 pontos, e o faz ultrapassar a própria Chape, que volta à zona de rebaixamento após mais de um turno longe dela. Com 36, o time do oeste catarinense é hoje o 17º, à frente apenas dos ultradesesperados Botafogo (33), Bahia (31) e Criciúma (30).
A perigo de novo
Depois de ganhar de 1 a 0 do Bahia na Fonte Nova, o Palmeiras parecia livre do risco de queda. Pois o time paulista perdeu por 2 a 0 para o Atlético Mineiro em casa, e, ontem, levou outros 2 a 0, do rival São Paulo. Derrota em clássico é normal; o inaceitável era perder para o time reserva do Galo no Pacaembu. A equipe estreará a Arena Palestra em partida decisiva contra o Sport: quarta, o Palmeiras entrará apenas três pontos à frente da Chapecoense. Se não vencer, poderá entrar a última rodada na zona de rebaixamento, já que seus próximos adversários são Coritiba e Internacional, ambos fora de casa. O novo Parque já começará sua história carregado de tensão. Quanto ao São Paulo, o resultado impede que o Cruzeiro comemore o título de forma matemática nesta quinta-feira, mesmo que ontem tenha ganhado do Santos, e mesmo que vença o Grêmio na Arena também.
Não deu
O Brasil foi bravo, valente, mas, assim como o Juventude em 2013, termina com o vice-campeonato da Série D. Um novo empate em 0 a 0 com o Tombense, em Minas, forçou a decisão por pênaltis, e o time da casa levou a melhor. Menos mal: a disputa de penais que mais importava, contra o Brasiliense, foi vencida, e definiu o acesso. O título seria importante, mas subir de divisão era bem mais.
Nos últimos 12 pontos disputados, o Inter fez sete. A média é razoável, um aproveitamento semelhante ao do time em todo o campeonato. A goleada no Gre-Nal é que soa terrível, além do desempenho fraco. Isso o time não melhorou. É verdade, o Colorado dominou o Goiás e criou várias chances de gol. É verdade, estava sem Nilmar, Alex e Aránguiz. Ainda assim, chegar ao 1 a 0 era o mínimo, a obrigação de quem quer vaga na Libertadores. A equipe de Abel Braga mostrou pobreza de alternativas e viu seu centroavante levar a melhor pelo alto sempre diante da zaga reserva dos goianos, mas ainda assim ter a imperícia de perder todas as oportunidades que lhe criaram ao longo do jogo.
Para piorar as coisas para Abelão, nenhuma das três trocas foi por opção técnica ou tática. Todas foram por lesão. Alan Costa, Bertotto e Alan Patrick somam-se a Alex e Nilmar, fora Juan e Wellington, na lista de desfalques. Por sorte, há uma semana até a próxima partida. Sábado, diante do Atlético Mineiro, talvez misto por prioridade à final da Copa do Brasil, a necessidade de vitória será tão grande quanto era ontem, com a diferença que o adversário será, mesmo incompleto, bem melhor. Portanto, será preciso jogar mais bola - embora, nesta altura dos acontecimentos, o "jogar bem" seja cada vez mais acessório.
O 3º lugar do Inter é ilusório porque é provisório. Grêmio e Corinthians têm os mesmos 60 pontos, mas com um jogo a mais por fazer. Quinta-feira esta normalidade de número de jogos será estabelecida: o Tricolor recebe o líder Cruzeiro na Arena, e o Timão, um dia antes, cruzará o país até Belém, onde encara este Goiás que tantas dificuldades trouxe ao Colorado ontem. Os adversários são de dificuldades diferentes, mas a necessidade de todos neste momento é só a de vencer. A briga pelo G-4 é acirradíssima. Nesta rodada, todos os cinco concorrentes que brigam por duas vagas venceram. A distância para o primeiro fora deste bolo, o Flamengo, é de 10 pontos. Nunca chegar à Libertadores foi tão difícil.
No caso colorado, há uma evidente desvantagem: o jogo a menos que terá por fazer. Porém, serão duas partidas em casa e uma fora. Além disso, há entredevoramentos importantes, onde no mínimo um rival perderá pontos: Fluminense x Corinthians, Corinthians x Grêmio - fora o próprio jogo contra o Galo, claro. Mesmo atrás dos demais, o Inter segue na briga. Graças à bicicleta de Paulão.
O único tropeço
O gol antológico de Paulão impediu que o Inter entrasse na turma de quem tropeçou lá na ponta de cima nesta rodada. O único time a cair nessa foi o Atlético Mineiro: ao empatar em 1 a 1 com o Figueirense, o Galo ficou para trás na briga pelo G-4. Com 58 pontos, deixou três equipes desgarrarem a 60. Para o Figueira, um ponto valioso fora de casa: a equipe catarinense está quatro pontos à frente da zona de rebaixamento, a quatro rodadas do fim.
A única... Vitória!
A 34ª rodada foi a mais desigual do Brasileirão. Se sete dos oito primeiros venceram, lá embaixo só o Vitória ganhou. E que resultado: o 1 a 0 na Chapecoense foi fora de casa, contra um concorrente direto. O gol de Dinei aos 35 do segundo tempo leva o Rubro-Negro Baiano a 37 pontos, e o faz ultrapassar a própria Chape, que volta à zona de rebaixamento após mais de um turno longe dela. Com 36, o time do oeste catarinense é hoje o 17º, à frente apenas dos ultradesesperados Botafogo (33), Bahia (31) e Criciúma (30).
A perigo de novo
Depois de ganhar de 1 a 0 do Bahia na Fonte Nova, o Palmeiras parecia livre do risco de queda. Pois o time paulista perdeu por 2 a 0 para o Atlético Mineiro em casa, e, ontem, levou outros 2 a 0, do rival São Paulo. Derrota em clássico é normal; o inaceitável era perder para o time reserva do Galo no Pacaembu. A equipe estreará a Arena Palestra em partida decisiva contra o Sport: quarta, o Palmeiras entrará apenas três pontos à frente da Chapecoense. Se não vencer, poderá entrar a última rodada na zona de rebaixamento, já que seus próximos adversários são Coritiba e Internacional, ambos fora de casa. O novo Parque já começará sua história carregado de tensão. Quanto ao São Paulo, o resultado impede que o Cruzeiro comemore o título de forma matemática nesta quinta-feira, mesmo que ontem tenha ganhado do Santos, e mesmo que vença o Grêmio na Arena também.
Não deu
O Brasil foi bravo, valente, mas, assim como o Juventude em 2013, termina com o vice-campeonato da Série D. Um novo empate em 0 a 0 com o Tombense, em Minas, forçou a decisão por pênaltis, e o time da casa levou a melhor. Menos mal: a disputa de penais que mais importava, contra o Brasiliense, foi vencida, e definiu o acesso. O título seria importante, mas subir de divisão era bem mais.
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